Página 68 - Revista Al Shop nº 226

68
O setor de franchising é um dos mais expressivos da
economia brasileira, sendo que, somente em 2013, o segmento
movimentou R$ 115 bilhões. Esse cenário promissor vem
abrindo portas para as redes também no mercado internacional,
que se mostra receptivo às franquias brasileiras. Segundo dados
da Associação Brasileira de Franchising (ABF), cerca de 4,8%
das marcas nacionais operam também no exterior. Segundo
Wagner Lopes D’Almeida, diretor da Global Franchise Latin
America, braço em Miami de uma das principais consultorias
de franchising do Brasil, investir em outros países aumenta a
valorização e a capacidade de atendimento da marca.
“Investir no mercado internacional é uma ótima opção para
as redes que desejam explorar novos mercados, pois a marca
e seus conceitos são elevados a nível mundial. Outro fator
extremamente positivo é que o negócio passa a gerar receitas
em moeda estrangeira, além de criar uma escala de consumo em
proporções bem mais elevadas do que a do mercado brasileiro”,
explica D’Almeida.
Apesar de promissora, a internacionalização de uma marca
precisa levar em conta alguns fatores, como a identificação
dos mercados mais atrativos, o planejamento e a execução da
expansão, a adequação do modelo de negócio à cultura local e
o registro da marca no país onde deseja se instalar.
André Friedheim, Diretor Internacional da Associação
Brasileira de Franchising, aponta que ter estratégia é
fundamental para o sucesso da iniciativa de internacionalizar
uma marca. Ele afirma que o primeiro passo que o empresário
deve tomar é definir o tipo de negócio que irá estabelecer
no interior: Master Franquia, Desenvolvedor de Área, Joint
Venture ou uma Franquia Unitária.
Para qualquer uma das escolhas, a parceria com um empresário
ou executivo local é indispensável. “O parceiro correto conhece
o mercado local, os hábitos de consumo, a legislação e os
shopping centers. Isso facilita e acelera a entrada no mercado
internacional”, declara Friedheim.
“Muitos países exigem, em sua legislação, a presença de um
parceiro local”, reforça Marcos Nascimento, presidente da Cia
de Franchising. “Esse parceiro pode ser um executivo, que irá
tocar o negócio localmente e para o qual o franqueador dará
uma pequena porcentagem da companhia”, diz.
No geral, os conceitos de negócios e os produtos
brasileiros têm uma boa aceitação em todos os continentes,
especialmente nas Américas e Europa. Atualmente, Argentina
e China, nessa ordem, são os países mais receptivos às redes
MERCADO
Franquias brasileiras ganham
o mundo
MENOS BUROCRACIA, MENOS IMPOSTOS E UM NOVO MERCADO A SER EXPLORADO
ENCHEM OS OLHOS DAS MARCAS BRASILEIRAS, QUE FAZEM SUCESSO NO EXTERIOR
PASSO A PASSO