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O mercado de shopping centers está passando por um
momento de grande expansão nos últimos anos; isso não
é mais novidade e a expectativa é de chegar em mais
de 550 unidades até o fim deste ano. É um modelo que
se desenvolveu muito no país nos últimos anos e agora
enfrenta uma fase mais competitiva e precisa aperfeiçoar
a gestão e garantir diferenciais para conseguir atrair e
manter público e lojistas.
Na medida em que a oferta de áreas de locação é muito
grande, o shopping center deixa de ser apenas um local
de exposição de lojas e produtos e passa a ser um centro
composto de equipamentos de serviços e entretenimento,
como restaurantes, galerias de arte, eventos, academias – bem
como a frequente integração com prédios residenciais, hotéis
e escritórios – tudo em um só lugar. Esse ecossistema faz com
que esses empreendimentos recebam um público visitante
cada vez maior e mais frequente.
Mesmo com todos esses equipamentos, regiões estratégicas
e população economicamente ativa, o mercado de shopping
centers no Brasil poderia ser mais eficiente. Atualmente,
não explora todo o seu potencial por que não o conhece. Na
maioria dos casos, mesmo em grandes grupos, não é utilizada
nenhuma ferramenta que permita conhecer o fluxo de pessoas
dentro do shopping, por exemplo.
Mesmo com diversas iniciativas e investimento para atrair
público, o mercado é muito carente de tecnologias que
permitam medir o volume de acessos e gerar dados que
possam valorizar lojas e espaços e programar melhor sua
rotina operacional. Além de saber exatamente quantas
pessoas frequentam o shopping, horários de pico de visitação,
áreas mais acessadas – saber o perfil dos usuários é uma
ferramenta valiosa. Conhecer a faixa etária e o gênero do seu
público, em diferentes horários e dias da semana, pode ser
uma informação importante para a definição do mix de lojas,
ações promocionais e valorização de espaços para os lojistas.
Mas por que é importante saber com precisão esses dados?
Pode parecer trivial, mas a gama de possibilidades vai muito
Não é nada de outro mundo; mesmo sistemas que já são
usados pela maioria dos shoppings são fontes de informações
preciosas que acabam não sendo utilizadas, pois não
há integração e trabalhar dados se torna impraticável.
Frequentemente o sistema de estacionamento está isolado;
dados de vendas estão em tabelas avulsas; o quadro de
funcionários via planilha e o acesso de visitantes não existe.
Mais do que conhecer novas informações importantes, como o
fluxo de pessoas (que muitos ainda não sabem), é fundamental
poder cruzar com informações que o shopping já tem para
conseguir atuar nos indicadores de performance e gerar ações
que promovam resultados e economia. Existem ferramentas
disponíveis e acessíveis para o mercado brasileiro e elas serão
um fator diferencial nos próximos anos, tendo em vista o
cenário competitivo que já existe e que tende a se intensificar.
Sidnei Raulino é diretor de operações e cofundador de Seed e já atuou por
10 anos na implantação e desenvolvimento de projetos para as principais
redes de Shopping Center do Brasil.
PROPOSTAS
Oshoppingcenterdofuturo
*Por Sidnei Raulino
MÉTRICAS OFFLINE
INFORMAÇÃO PRECIOSA
além de apenas conhecer a performance do equipamento.
Para o gestor de marketing, por exemplo, é importante saber
se as campanhas estão fazendo efeito e elevando o número
de visitantes (caso esse seja o objetivo da campanha). Para
o gestor operacional, monitorar em detalhes os horários de
maior fluxo, por ambiente, permite aumentar ou diminuir
o quadro de funcionários, sempre buscando eficiência e
economia sem perder a qualidade do serviço.
Existem ferramentas como a Seed que permitem aos
empreendedores e gestores o cruzamento de dados que antes
demandavam muito tempo, em tempo real, permitindo um
acompanhamento constante e servindo de suporte para a
tomada de decisões e ações. Simples, rápido e muito eficiente
para os gestores que precisam agir com a velocidade que os
tempos de hoje exigem.