Uma marca que tem a comemorar com a
internacionalização é a Emagrecentro. Com
200 unidades no Brasil dedicadas à saúde,
beleza e bem-estar, o proprietário Edson
Ramuth vislumbrou a oportunidade de levar
a sua rede a outros cantos do mundo. “Aqui,
NOVAS FRONTEIRAS
a obesidade atinge metade da população. Em
outros países, esse índice chega aos 70, 80%”,
elucida Ramuth. Depois dessa constatação,
o empresário fez uma pesquisa e descobriu
que nos EUA, por exemplo, a maior rede
de emagrecimento e cuidados estéticos
chega a apenas 90 unidades. Identificou a
oportunidade de expansão dos negócios e
partiu para a internacionalização.
Para tal, Ramuth contou com o apoio da Cia
do Franschise e da APEX, com a qual divide
o escritório americano. E já contabiliza duas
unidades fora do Brasil: uma no Panamá e outra
na Colômbia – os EUA são o próximo passo.
“O empreendedor brasileiro precisa não ter
medo, procurar informações e encarar o desafio,
pois vale a pena o risco”, comemora ele.
Friedheim lembra que quem está pensando
em internacionalização pode procurar a ABF
ou a Agência Brasileira de Promoção de
Exportações e Investimentos (APEX), que
além que promover as marcas no exterior,
possui um programa específico para franquias.
“A Agência realiza missões no exterior para
apresentar as marcas brasileiras, participa
de feiras de negócios, prepara estudos de
mercado e oferece infraestrutura – como
escritórios para os empresários se reunirem
com parceiros locais – em diversos lugares
do mundo”, lembra o executivo. Além disso,
os empreendedores brasileiros podem buscar
apoio de consultorias especializadas, como
a Global Franchise e a Cia do Franchise nos
primeiros passos para a concretização da sua
presença em outros países.
Há inúmeras vantagens nessa decisão, como
desfrutar de legislações que, embora mais
severas, são bem mais simples do que a nossa.
A carga tributária e as leis trabalhistas, ambas
muito mais brandas do que as brasileiras, são
outros pontos favoráveis à internacionalização.
“Não é fácil, não é barato. Mas se você escolhe
bem – o local e o parceiro – tem muitas chances
reais de crescimento”, finaliza Friedheim.
brasileiras, embora nossas marcas ainda
não tenham presença expressiva na Ásia
e no Oriente Médio. Os especialistas são
unânimes em afirmar que a Copa do Mundo,
inclusive, trouxe bastante benefícios para
o segmento, por servir de “vitrine” para
as marcas nacionais, principalmente as de
vestuário e gastronomia.
As redes de serviço, especialmente as de
ensino de idiomas, também têm obtido
bastante sucesso no exterior. Nascimento
tem uma teoria para isso: a relação
custo x benefício das marcas brasileiras.
“Concebemos modelos de negócios mais
simples, com retorno mais rápido. Enquanto o
mundo trabalha com um payback de 30 a 40
meses, as nossas empresas apresentam retorno
em menos de 20 meses”, garante.
Para conseguir êxito na implantação dessas
redes, é muito importante que o conceito
seja adaptado à cultura de cada país. De
acordo com D’Almeida, essa adequação é
fundamental para o sucesso do negócio. “Ao
entrar em um estabelecimento, seja para
comprar um item ou até mesmo para comer,
o americano, por exemplo, sempre busca algo
que faça parte da sua cultura, algo com que
ele se identifique, que seja um referencial. As
marcas brasileiras que querem ganhar esse
público precisa investir nessa adequação. No
caso de uma franquia de alimentação, por
exemplo, uma saída para atrair esse público
é incluir no cardápio produtos tipicamente
americanos”, comenta.