Página 55 - Revista Alshop nº 222
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TECNOLOGIA
A interpretação desse dado permitirá que os varejistas façam
ofertas instintivas ao indivíduo e melhorem os layouts da loja
baseados em padrões comerciais emergentes. “Isso também
funcionaria para decisões inteligentes de estoque, onde
dispositivos de rastreamento de roupas da loja podem revelar
os itens através de uma rede de lojas que estão atraindo mais
interesse ou quando se demanda determinados tamanhos, mas
que estão fora do estoque”, reforça Jordão.
Na mesma linha, o rastreamento de itens permitirá que os
varejistas forneçam informações muito mais claras para os
clientes sobre a entrega de suas compras, desde informações
sobre quando o item saiu do depósito até o rastreamento
de entrega em tempo real. O Diretor da Salesforce reforça
o poder de interconexão do ponto de venda físico com a
loja virtual: “o e-commerce é um componente dessa nova
estratégia, conforme explicado no exemplo anterior. Não há
competição, há uma relação muito importante entre eles”.
A Burberry é um grande exemplo do uso dessa ferramenta
no varejo. “Para a Burberry, nada é mais importante do que
a marca. Eles percebem que devem ter uma experiência de
marca consistente em todos os canais”, ressalta Obregron.
Não só a marca tem que ter a mesma aparência, mas cada
cliente precisa ter uma experiência consistente e conectada.
Quando um cliente vê um produto no site ou no Facebook, a
Burberry o apresenta com as mesmas informações, preço e
promoção através de múltiplos canais.
“E se o produto for comprado, sua informação estará
disponível para um associado na loja, no site e através de um
aplicativo móvel”, enumera o executivo, que completa: “não
é um problema fácil de resolver, porque cada sistema precisa
estar em sincronia por trás do cliente”.
A falta de segurança é uma das desvantagens da
interconectividade gerada pela Internet das Coisas. A
Internet Identity, companhia de segurança em informática
sediada em Washington, nos EUA, observa que “tendo
dispositivos conectados à Internet pode ser que hackers
tomem controle de aplicativos dentro de casas para causar
incêndios ou de veículos para matar pessoas”.
Já o advogado Dane Avanzi, Superintendente do Instituto
Avanzi - OnG de defesa dos direitos do Consumidor de
Telecomunicações - aponta dois problemas que podem
surgir com a popularização dessa estratégia. O primeiro, é
a demanda crescente por energia elétrica - necessária para
suportar bilhões de dispositivos interligados por redes wi-fi
e para suportar a gigantesca infraestrutrura de data centers
e redes de telecomunicações. Outro gargalo é ambiental:
segundo Avanzi, o espectro radioelétrico é um recurso
natural escasso, finito e não renovável.
Todos esses pontos devem ser analisados atentamente e
solucionados à medida que a Internet das Coisas se torne
uma realidade para todo o varejo mundial. Por enquanto, a
grande pergunta é: você já está utilizando esses recursos no
seu ponto de venda? Não? Então está na hora de começar.
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– edemarca
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