Página 62 - Revista Alshop nº 222
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PROPOSTAS
Mais uma vez o Brasil foi bem representado por várias
delegações dos mais diferentes segmentos do varejo na
Euroshop, realizada em fevereiro em Dusseldorf, Alemanha.
Isso demonstra nosso interesse em conhecer as tendências e
novidades. Observando a reação das pessoas do meu grupo
pude perceber um misto de deslumbramento, principalmente
dos que foram pela primeira vez; por outro lado, os que foram
na última edição relataram não ter visto nada de inédito, mas
evoluções de soluções já conhecidas.
Dentre as evoluções o quesito iluminação destacou-se. O
LED continua dominando como solução do presente e futuro
para iluminação de lojas, ganhando agora mais variação de
temperaturas de cor, o que significa que cada vez há mais
opções para trabalhar a iluminação que irá realçar a cor do
produto a ser vendido e interferirá na atmosfera de loja. Por
exemplo, se um supermercado deseja que a carne pareça mais
fresca, poderá optar por um led que tenha uma temperatura de
cor que realce o tom vermelho, fazendo com que a aparência
da mesma denote frescor.
Importante entender que na feira ficou bem clara a abordagem
profissional necessária em cada quesito que compõe o ponto
de venda. Não se trata de fazer um projeto luminotécnico
só para chegar à quantidade de luz necessária para o cliente
enxergar o produto, trata-se de impactar e buscar influenciar o
cliente objetivando vendas adicionais. À medida que o cliente
visualiza a carne e tem uma percepção de qualidade e frescor,
isso afetará o processo de compra.
Além da percepção do produto, a iluminação contribui muito
para a atmosfera de loja. Nunca antes houve tantas opções
para deixar uma loja aconchegante, vibrante ou relaxante ou
para trocar de cor facilmente por meio de leds, tais como o
RGB. Todas essas soluções já são conhecidas e o que devemos
observar é um maior uso do que está sendo chamado de “a
evolução do LED”: o OLED (Organic Light Emitting Diode),
Design de lojas
COMO AS SOLUÇÕES APRESENTADAS NA EUROSHOP 2014 CONTRIBUIRÃO NA
CONCORRÊNCIA DA LOJA FÍSICA COMA VIRTUAL
Por Kátia Bello*
ATMOSFERA VENDÁVEL
que além da alta eficiência, gera a luz fazendo uso de lâminas
muito finas, que possibilitam transformar tetos, paredes,
móveis ou outros objetos em fontes de luz.
Assim como na iluminação, há varias soluções de
intercambialidade, como por exemplo, manequins que trocam
o rosto facilmente. Com um único investimento no corpo
do manequim é possível mudar sua expressão dando mais
mobilidade ao vitrinista e gerando sempre novidade na loja.
Talvez essa possa ser uma boa síntese para descrever o
conteúdo visto na Euroshop 2014, muitas ferramentas para
os designers de lojas poderem gerar ambientação e novidades
no ponto de venda mudando desde a iluminação até o rosto
dos manequins. Talvez aí resida um dos trunfos para o PDV
concorrer com o e-commerce.
As pessoas só terão bons motivos para ir às lojas que
proporcionem novidades e soluções focadas em seu público-
alvo. Por que o consumidor do futuro irá às lojas que
simplesmente colocam produtos em prateleiras? Por que
gastará seu tempo procurando itens que seriam achados muito
mais facilmente com um clique, sem sair de casa?
Os consumidores de hoje necessitam de espaços que realmente
emocionem e façam mais do que abrigar pessoas e produtos.
Cada vez mais os consumidores serão atraídos por lojas que
proporcionem interação valiosa e real experiência de compra!
Kátia Bello é arquiteta e sócia-diretora da Opus Design (
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