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Questão de transparência
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Melissa lembra que a sustentabilidade “precisa estar
no DNA da empresa, gerando ações consistentes e
transversais, atingindo todas as áreas da organização”.
Como exemplos bem sucedidos, a especialista cita a
Natura, que desenvolve programas em diversas regiões do
Brasil de manejo sustentável das matérias-primas utilizadas
na composição dos seus produtos, e a Faber-Castell.
“A sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental
estão entre os principais pilares da Faber-Castell. Os
resultados positivos nestes segmentos refletem os
DNA Verde
“A maquiagem verde precisa ser combatida. Sabemos
que muitas empresas para estarem em cima da onda
verde, utilizam-se destes artifícios pouco éticos.
Assim, encontramos exemplos de todos os tipos e
segmentos”, pondera Figueiredo. “As empresas erraram
tanto na divulgação das ações sustentáveis que o tema
acabou ficando chato”, acredita a Diretora Executiva
da Sustentrends, Melissa Szuster Wagman. Segundo
ela, o marketing verde deve “dar poder de decisão
ao consumidor. O ideal seria agir com transparência,
inclusive informando ações que possam não ser tão
largamente aceitáveis pelos consumidores”, pontua.
investimentos da companhia nessas áreas ao longo
dos anos”, informa a gerente de Comunicação
Corporativa da Empresa, Elaine Mandado. “Entre os
projetos que alinham produção e desenvolvimento
sustentável, estão a criação e manutenção de áreas de
reflorestamento e reservas nativas; programas para o
reaproveitamento dos materiais utilizados na fábrica e
em seus escritórios, bem como o programa de coleta
de instrumentos de escrita para evitar o descarte desses
materiais no meio-ambiente”, enumera a executiva.
A empresa também controla a emissão de Gases de
Efeito Estuda (GEE) em todas as operações controladas
pela matriz brasileira. Além disso, utiliza fontes de
energias alternativas e renováveis, o que resultou na
conquista do primeiro lugar no ranking divulgado pela
Bloomberg New Energy Finance (Bnef) em 2012. “As
ações de sustentabilidade da Faber-Castell transcendem
a questão do marketing e fazem parte dos pilares de
atuação da própria companhia”, resume Elaine.
“É a rentabilidade que dá sustentação ao negócio”,
lembra Figueiredo. “Muitas empresas têm buscado
garantir a sustentabilidade com ética e responsabilidade
social. E é papel do varejista ajudar o consumidor a
tomar a decisão mais adequada no ponto de venda”,
dispara o especialista. Uma questão de transparência!