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Julio Takano, sócio da KT Soluções para o Varejo, acredita
que o RFID e todas as outras tecnologias desenvolvidas
para o varejo tragam agilidade para os processos internos –
HUMANIZAÇÃO
IDentification), que usa ondas de radiofrequência na
transmissão dos dados armazenados em um chip localizado nas
etiquetas das peças. Gonçalez afirma que essas soluções podem
ser usadas por todos os setores do varejo em que a decisão de
compra tem forte componente emocional, especialmente os de
vestuário, artigos esportivos e joias, entre outros segmentos
O ponto inicial é o desenvolvimento de um projeto/consultoria
de RFID para a definição de que tipo de etiqueta de RFID
é mais viável para que tipo de produtos e operações, bem
como os equipamentos envolvidos (antenas, leitores,
microcomputadores e outros), levantamento dos processos e
testes em ambiente real para obtenção de informações – como
tempo para implantação, os valores envolvidos, a estimativa do
ROI. Enfim, um estudo aprofundado quanto à viabilidade da
utilização da tecnologia de RFID ao negócio.
“Essa tecnologia veio para ficar; são inúmeros os benefícios
empresariais alcançados com ela. Independentemente do
Brasil, em vários outros países a utilização da tecnologia de
RFID está ganhando grande volume. Em 2014 notamos que
vários varejistas já implantaram a solução de RFID em suas
operações, como é o caso da Macy’s”, exemplifica Romano.
Bloomingdales, Ralph Lauren, WalMart, Jcpenney e American
Apparel também estão utilizando a tecnologia, principalmente
para controle de inventário.
“Agora, não estou mais falando sozinha! O mundo acordou para
as vantagens da aplicação a tecnologia e já conseguiu ver o seu
ROI. Daqui para frente, não há mais volta!”, decreta Regiane, que
há mais de 20 anos pesquisa e tem apostado nessa tecnologia - e já
recebeu prêmios internacionais pela sua atuação em RFID.
Romano afirma que a implantação dessa tecnologia dá ao
varejista “uma ferramenta de competitividade e controle que,
provavelmente, seus concorrentes ainda não têm. Quem sair na
frente provavelmente terá muitos benefícios – é a relação custo
x benefício do pioneirismo”, diz o executivo.
como inventário e balanço – mas ressalta que os varejistas
precisam utilizar as informações captadas por esses
dispositivos para incrementar o relacionamento com os
consumidores. “O varejo ainda não sabe como utilizar
essas tecnologias, ainda tem que contar com a memória
do vendedor”, diz o especialista. Para ele, o segredo é
interiorizar que esses recursos são um meio, uma ferramenta
para melhorar o contato com os clientes.
“Tem que dar a conotação da humanização, gerar
relacionamento. Se o consumidor provou quatro peças
de roupa, por exemplo, e só levou uma, é necessário
que os recursos tecnológicos possam ser ativados e esse
consumidor avisado quando os itens deixados na loja
estiverem em promoção”, argumenta. “Ele precisa se
comportar como os vendedores campeões, fazer o cliente se
sentir lembrado”, finaliza Takano.
Afinal, a experiência só está completa se o consumidor
puder extrair o melhor dela. E a tecnologia só pode ser
aprovada se trouxer conveniência para os dois lados.