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Alberto Saraiva comemorou os 25 anos do Habib´s em
2013. A empresa, que nasceu como uma lanchonete de
comida rápida ao estilo árabe, atingiu a marca de 7,6
bilhões de esfihas vendidas – número suficiente para servir
a todos os habitantes do planeta – e já contabiliza 430
unidades espalhadas por todo o Brasil. O fast food só perde,
em faturamento, para a gigante Mc Donald´s e continua
a conquistar novos clientes com produtos de qualidade
e preço (muito) baixo. “Preço baixo sempre foi nosso
diferencial. Está no DNA da empresa”, revela o Dr. Alberto.
Homenageado pela Alshop em janeiro com o Prêmio
Empresário do Ano (veja mais nas próximas páginas),
Saraiva falou à revista Al Shop sobre empreendedorismo,
gestão e sustentabilidade.
Como slogan “preço baixo
e qualidade”, Alberto
Saraiva transformou o
Habib´s namaior rede de
fast food árabe; conheça
o empresário que comanda
um grupo que faturamais
de R$ 2 bilhões por ano
Empresário do Ano
QUAIS SÃO AS SUAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS EMPRESARIAIS?
ALBERTO SARAIVA:
Sempre sonhei grande, sou
extremamente persistente, trabalho no mínimo 12 horas por
dia e procuro me cercar dos melhores profissionais em suas
respectivas áreas. Também acredito muito em motivação. O
Habib’s 2025, nosso principal programa de incentivo, é um
dos maiores do país. Os melhores profissionais das lojas são
premiados com automóveis zero quilômetro e muitos outros
prêmios. Imagine o que é para um garçom, por exemplo,
ganhar um prêmio desses. Em dezembro de 2013, fretamos o
maior e mais moderno navio da MSC Cruzeiros inteiramente
para funcionários do nosso escritório central e das lojas.
Levamos mais de 4.000 pessoas para uma viagem luxuosa, da
qual jamais se esquecerão e com a qual muitos nem sonhavam.
Sabendo que serão recompensados nesse nível, a dedicação e a
qualidade do que fazem são, naturalmente, elevados.
O SENHOR CONSTRUIU A MAIOR REDE
DE FAST FOOD ÁRABE, A PARTIR DE UM
INVESTIMENTO INICIAL DE APENAS US$ 30
MIL. COMO ISSO ACONTECEU?
ALBERTO SARAIVA:
Nos anos 1970, minha família veio
do interior do Paraná e montou uma padaria em São Paulo.
Num domingo, fui buscar meu pai no trabalho e o encontrei
morto, assassinado durante um assalto. Não sabia o que fazer,
para onde ir, como tocar o negócio sozinho. Numa madrugada,
tomei um taxi e desabafei com o motorista. Foi aí que ouvi o
conselho que mudou minha vida. O taxista disse: “Filho não
desista. É preciso caminhar!”.
Aquelas eram as mesmas palavras que meu pai costumava
dizer e me deram forças para continuar. Decidi manter a
padaria e trancar temporariamente os estudos da faculdade de
medicina para sustentar a família. A situação do negócio era
complicada e precária e havia outros concorrentes na região.