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Outro incidente atrapalhou as vendas de Natal: os “rolezinhos
no shopping”. As ações, combinadas pela internet, reuniram
milhares de adolescentes nos centros de compras. Segundo
eles, a intenção era gerar mais relacionamento mas, para
lojistas e consumidores, a ‘invasão’ dos malls gerou temor –
resultando no fechamento das lojas. De olho nessa “ameaça”,
a Alshop se reuniu com a secretaria de segurança de São
Paulo exigindo monitoramento das redes sociais e reforço na
segurança dos empreendimentos. A ação surtiu efeito rápido e,
com a ajuda da polícia, novos eventos do tipo foram coibidos.
Outra solicitação da Alshop foi a disponibilização, pela
prefeitura de São Paulo, de espaços onde esses adolescentes
possam se reunir e realizar os encontros regados à música funk.
E é no quesito segurança que a Alshop apresentou uma grande
novidade: atendendo a um pleito da entidade, o Governo do
Estado de São Paulo irá liberar policiais fardados para a ronda
nos shoppings centers. “Mostramos para o Governo que o
shopping, além de um centro de compras, pode ser visto como
um equipamento urbano, utilizado pela população para o lazer e
o entretenimento”, esclareceu Sahyoun, ratificando que o salário
adicional desses policiais será pago pelos empreendimentos e
que eles cumprirão a tarefa na hora extra permitida por lei – ou
seja, fora do horário da sua jornada normal.
A previsão para a atuação dos policiais nos shoppings tenha
início em fevereiro ou março. A data coincide com a realização
do 5º Fórum de Segurança, realizado anualmente pela Alshop
para a proposição de novas ações nesse setor. O Fórum será
realizado em 25 de fevereiro.
Para reverter esse período de baixo crescimento das vendas,
a Alshop aposta na regionalização dos empreendimentos.
Cidades de até 100 mil habitantes têm ganhado a preferência
das administradoras de shoppings centers para o lançamento
de novos malls. A ideia é aproveitar (e estimular) o potencial
de compras da população local, oferecendo um mix de lojas
regionais com outras nacionais, dando ênfase para as franquias.
“Precisamos atrair novos varejistas para os centros de compra,
de forma a evitar que os empreendimentos sejam lançados com
PRESIDEnTE
MANDE SUA PERGUNTA PARA:
NABIL SAHYOUN
RUA SAMUEL MORSE, 120 - 13º CJ 132
04576-060 - BROOKLIN - SÃO PAULO - SP - BRASIL
+55 11 3284.8493
Segurança
Regionalização
vacância. A falta de lojistas é um dos principais entraves para o
lançamento desses shoppings”, reforçou Nabil, explicando que,
se necessário, algumas inaugurações serão postergadas.
A “interiorização” já pode ser notada nas regiões Sul e
Sudeste, onde já há mais centros de compras no interior do
que nas capitais. Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e
Santa Catarina contabilizam 173 shoppings, sendo que 116
localizados em cidades do interior contra 57 nas capitais.
No Sudeste, acontece o mesmo fenômeno; a região já dispõe
de 268 empreendimentos em cidades menores, contra 181
instalados nas capitais.
Nabil lembra que os 153 shoppings em construção atualmente
– e com previsão de lançamento para os próximos três ou
quatro anos – receberão investimento de R$ 18 bilhões.
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