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classe C migrou para uma classe social acima.
E o que você faz quando ganha mais? Compra um
smartphone! (item de consumo mais desejado entre os
jovens de 15 a 24 anos, pertencentes às classes B, C e D).
Hoje, 80 milhões de brasileiros usam o smartphone e 41
milhões acessam a internet pelo celular. A boa notícia é:
esse consumidor pode ser atingido pela sua marca e comprar
o seu produto mesmo sem sair de casa. A má: ele também
pode ser atingido pelo concorrente.
COMO O VAREJISTA/EMPRESÁRIO PODE
VENCER O PRÉ-CONCEITO QUE TEM EM
RELAÇÃO A ESSE PÚBLICO?
HUGO RODRIGUES:
O varejista brasileiro precisa
parar de correr atrás da classe A. Esse consumidor compra
em Miami; esse consumidor ele já perdeu. Uma pesquisa
do Data Popular mostra que 17 milhões de brasileiros entre
16 e 24 anos frequentam os centros de compra, em média,
3,3 vezes por mês. Metade é da classe média que tem poder
de consumo de R$ 129,9 bilhões, muito mais que os R$ 80
bilhões da classe alta. Se o empresário não tem a intenção de
atingir um nicho muito segmentado da sociedade, é melhor
parar de ter preconceito com essa classe.
COMO OTIMIZAR AS VENDAS PARA A
CLASSE C?
HUGO RODRIGUES:
Hoje, 60% dos consumidores
da classe C não gostam do jeito que são abordados
na loja. Levando-se em conta que mais de 80% das decisões
são tomadas no PDV, só há uma solução: trabalhar a
equipe de vendas, melhorar o atendimento. Também é
fundamental ter um bom site de e-commerce. Todo o
consumidor hoje é conectado. Se não é, a sua família
é e o influencia na hora da compra.
A PUBLICIDADE E O MARKETING
ESTÃO SEMPRE EM EVOLUÇÃO.
EM QUAIS CONCEITOS E AÇÕES OS
EMPRESÁRIOS/VAREJISTAS DEVEM
ESTAR LIGADOS? POR QUÊ?
HUGO RODRIGUES:
Mobile marketing, geolocalização
e novas tecnologias em geral vão, cada vez mais, se unir à
criatividade para atingir o consumidor. Abraçar as causas
certas também ajuda na interação. A sustentabilidade, por
exemplo, é um conceito de forte penetração, especialmente
com as gerações mais novas.
HÁ OUTROS PÚBLICOS ESPECÍFICOS
NOS QUAIS PODEM INVESTIR? QUAIS
E POR QUÊ?
HUGO RODRIGUES:
Claro, tudo depende da marca. A
Ferrari continua a investir na estratégia de diferenciação e a
buscar um público A++++.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS ERROS
COMETIDOS PELAS MARCAS DE
VAREJO EM TERMOS DE MARKETING,
PUBLICIDADE E COMUNICAÇÃO?
HUGO RODRIGUES:
Tentar parecer ser algo que ela
não é, virar as costas para a classe C, não ter um bom site de
vendas e não investir em atendimento. Tudo isso faz parte
do marketing, da publicidade e da comunicação de qualquer
marca, produto ou serviço.