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ALSHOP alerta sobre necessidade da reativação da economia em conferência com Rodrigo Maia

 

Uma conferência realizada nesta manhã analisou os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. A ALSHOP esteve presente com o presidente Nabil Sahyoun e a participação do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, presidentes de entidades ligadas à UNECS (União Nacional das Entidades do Comércio e Serviço), o deputado Efrarim Filho que preside a Frente Parlamentar em Defesa do Comércio, Serviço e Empreendedorismo, presidentes de 8 entidades ligadas ao comércio e serviços além de deputados e senadores que analisaram medidas urgentes de retomada da economia duramente prejudicada pela pandemia.

 

Situação vai piorar se o comércio não abrir

 

“Já sabemos que há 15 mil lojas que não vão mais abrir e tiveram que demitir 120 mil pessoas o que vai piorar se governadores e prefeitos não determinarem a reabertura da economia. Mais de 4.000 municípios tem condições de permitir a reabertura pois tem baixa ocupação de UTI’s. Percebemos que a OMS sempre fez a recomendação para que as pessoas ficassem em casa, mas nos últimos 15 dias a mesma organização tem dito o contrário em países frágeis como o Brasil”, disse Nabil Sahyou.

 

O presidente da ALSHOP lembrou de medidas propostas para a reabertura das lojas com todos os cuidados e protocolos de distanciamento social especialmente em municípios que podem abrir. Nabil lembrou que governadores estão radicalizando a questão e “não estão fazendo nada para apoiar o setor produtivo enquanto a iniciativa privada está morrendo sem que façam nada”.

 

“Quero propor em caráter de urgência que os deputados aqui presentes apresentem um projeto de lei que proponha a redução de salário para os servidores públicos, em dinheiro que podemos usar para a saúde e para reativar nossa economia. Peço aos deputados que conversem com seus governadores e que tenham encontros de paz e diálogo, especialmente aos governantes que usam a saúde como política”, completou.

 

Crédito facilitado em outros países e restrito no Brasil

 

George Pinheiro, presidente da UNECS, comentou as condições específicas de crédito oferecidas às empresas nos Estados Unidos e diversos países da Europa. “Nos EUA há uma linha de crédito de US$ 600 bilhões com 95% de risco de inadimplência, tomando como exemplo. Há informações de que o comércio em São Paulo não abrirá antes de julho o que será um verdadeiro desastre. Precisamos pressionar o governo federal, mas principalmente os estados”, disse. Pinheiro destacou que a posição oficial da UNECS é que o governo precisa tomar medidas urgentes pela reativação da economia. “A sobrevivência da iniciativa privada depende disso, com medidas urgentes da Frente Parlamentar e do Congresso”, finalizou.

 

Recursos precisam “chegar na ponta”, disse Rodrigo Maia

 

“A nossa economia é defensiva e tem uma equipe conservadora. É importante que o governo use esses recursos para que possa chegar na ponta, nas pequenas e micro empresas, para que a gente tenha uma perda menor.”, disse Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados que estima uma volta da economia ao estágio normal em 24 meses.

 

Deputados e senadores que participaram do encontro virtual falaram sobre projetos de lei que respondem aos impactos negativos causados pela pandemia.

 

70 dias sem faturamento ou plano de reabertura

 

Dirigentes lembraram que em média o comércio chega a 70 dias de paralisação enquanto a média mundial é de 50 dias sem atividades. Este período sem atividades penaliza pequenas empresas que são a maioria no comércio, e cujas demissões seguem em ritmo acelerado.

 

George Pinheiro, presidente da UNECS, alertou para o acelerado processo de falência das empresas e da necessidade de união dos poderes “precisamos que o governo entenda que o momento é necessário para colocar recursos na economia para que possamos sair do outro lado do rio com as empresas funcionando”. “É tão importante salvar as empresas micro, médias, pequenas, tema que precisa ser levado ao congresso ou teremos milhões de empresas falidas e muito desemprego e com isso o governo não terá controle sobre a situação política”, completou.