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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 2,9% em 2023

Informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º). Em termos nominais, totalizou R$ 10,9 trilhões no ano.

O crescimento foi muito próximo ao de 2022, quando a atividade econômica brasileira teve alta de 3%. Mais uma vez, contudo, o último trimestre do ano mostrou uma desaceleração da economia e fechou estável em relação ao trimestre anterior (0%). (veja mais abaixo)

O PIB teve dinâmicas diferentes no primeiro e segundo semestres. Na primeira metade do ano, a atividade econômica foi puxada por uma safra excepcional de grãos. Com o desempenho recorde da produção de soja e milho, a agropecuária registrou alta de 15,1% no ano, um recorde da série histórica que se inicia em 1996.

A agropecuária também ajudou o resultado de outros setores, como as exportações (9,1%), a indústria de alimentos e segmentos específicos do setor de serviços, que são beneficiados pela cadeia de produção e logística do campo.

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Resultados fiscais Banco Central do Brasil

O setor público consolidado registrou em 2023 déficit primário de R$249,1 bilhões (2,29% do PIB), ante superávit de R$126,0 bilhões (1,25% do PIB) em 2022.

No mês de dezembro, o setor público consolidado teve déficit primário de R$129,6 bilhões, ante déficit de R$11,8 bilhões em dezembro de 2022, ressaltando-se o impacto do pagamento de precatórios (R$92,4 bilhões).

No mês, o Governo Central e os governos regionais foram deficitários, na ordem, em R$127,6 bilhões e R$2,9 bilhões, enquanto as empresas estatais tiveram superávit de R$942 milhões.

Em 2023, os juros nominais do setor público consolidado, apropriados pelo critério de competência, alcançaram R$718,3 bilhões (6,61% do PIB), ante R$586,4 bilhões (5,82% do PIB) em 2022.

Em dezembro, os juros nominais atingiram R$63,9 bilhões, ante R$59,0 bilhões em dezembro de 2022.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$967,4 bilhões (8,90% do PIB) em 2023, ante R$460,4 bilhões (4,57% do PIB) em 2022.

Em dezembro, o déficit nominal atingiu R$193,4 bilhões, comparativamente a R$70,8 bilhões em dezembro do ano anterior.

O déficit primário do setor público consolidado em 2023, 2,29% do PIB, foi o primeiro resultado deficitário desde 2020 (9,24% do PIB).

Os juros nominais do setor público consolidado em 2023, 6,61% do PIB, elevaram-se pelo terceiro ano seguido, e alcançaram o maior percentual desde 2015 (8,37% do PIB).

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Arrecadação Federal em 2023

Arrecadação federal somou R$ 2,3 trilhões em 2023. Com a arrecadação de dezembro alcançando R$ 231 bilhões, o resultado do ano passado ficou 0,1% abaixo do observado em 2022, em termos reais.

Ao longo do ano, a arrecadação do IRPJ/CSLL foi o destaque negativo, enquanto a associada ao mercado de trabalho e à massa salarial apresentaram bom desempenho.

Por fim, os tributos ligados ao consumo se recuperaram, sustentados pela reoneração dos combustíveis e pela recomposição da base de cálculo do PIS/Cofins.

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Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e sinalizou que manterá o ritmo de cortes

O comunicado trouxe poucas novidades em relação ao anterior e a principal mudança aconteceu no cenário externo, que agora é descrito como adverso, em função da elevação da curva de juros norte-americana e das novas tensões geopolíticas.

Em relação ao cenário doméstico, o comitê enfatizou que os dados de atividade econômica estão consistentes com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres, enquanto os preços ao consumidor mantiveram a trajetória de desinflação, mas salientou que as medidas subjacentes ainda se situam acima da meta.

A principal alteração nas projeções de inflação do Banco Central ocorreu para este ano, passando de 5,0% para 4,7%.

Para os próximos anos, as projeções sofreram ligeiras revisões altistas, de 3,5% para 3,6% em 2024 e de 3,1% para 3,2% em 2025.

O comitê avalia que o ritmo atual de cortes é consistente com uma política monetária restritiva, ainda necessária para o processo de desinflação e convergência das expectativas para a meta, reforçando que, se confirmado o cenário esperado, esse ritmo é apropriado para as próximas reuniões.

Em nossa avaliação, a despeito da piora do cenário externo, o Banco Central seguirá reduzindo a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Assim, seguimos projetando taxa Selic terminal de 11,75% e 9,25% ao ano em 2023 e 2024, respectivamente.

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Preços no atacado seguem com dinâmica benigna

Conforme divulgado nesta manhã pela FGV, o IGP-M subiu 0,37% em setembro, acima do esperado pelo mercado (0,35%) e da nossa projeção (0,34%), revertendo a queda de 0,14% registrada no mês anterior.

As principais influências baixistas entre os produtos agrícolas concentraram-se em pecuária, sobretudo bovinos, leite in natura e ovos.

Por sua vez, apesar de ganhar força na margem, a indústria apresentou queda intensa no preço de carne bovina. Em doze meses, o índice registra queda de 5,96%

Fonte: Bradesco DEPEC

 

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Crédito do Sistema Financeiro Nacional manteve trajetória de desaceleração em julho

Conforme divulgado ontem pelo Banco Central, no mês passado, a carteira de crédito do SFN cresceu 8,2% na comparação com o mesmo período de 2022.

Trata-se de uma desaceleração em relação ao ritmo de +9,2% observado em junho, explicada tanto pela moderação do crédito direcionado (de 12,9% para 12,5%), como, principalmente, do crédito livre (de 6,8% para 5,5%).

Na abertura por segmento, destaque negativo para as concessões às pessoas jurídicas, especialmente nas operações com recursos livres.

Por outro lado, as concessões às pessoas físicas seguiram relativamente resilientes, refletindo, entre outras coisas, o impulso vindo das vendas financiadas de veículos, reagindo ao programa de descontos do Governo Federal.

Para os próximos meses, esperamos continuidade da desaceleração do mercado de crédito, em linha com a moderação da atividade econômica.

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Desenho final do arcabouço fiscal foi aprovado na Câmara

Depois de mudanças feitas pelos senadores no final de junho, a proposta retornou à Câmara dos Deputados.

A apreciação e votação das mudanças foi dividida em duas partes.

Na primeira, por 379 votos a 64, os deputados aprovaram as alterações do Senado que retiram das regras de gastos do arcabouço o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal.

Na segunda, por 423 votos a 19, a Câmara rejeitou o artigo que permitia ao Governo Federal enviar, na proposta de orçamento do próximo ano, montante de despesas adicionais considerando a projeção da inflação até o fim do ano.

Embora tenha sido incluído durante a tramitação no Senado, foi entendido que esse artigo deveria acompanhar a LDO de 2024, e não no texto do Novo Regime.

Por fim, foi rejeitada a alteração que permitia gastos com ciência e tecnologia fora do limite de despesas.

O texto agora irá para sanção do Presidente da República.

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Déficit fiscal se intensificou em junho, como esperado

O resultado primário do setor público, divulgado na sexta-feira, ficou negativo em R$ 48,9 bilhões no mês, um pouco abaixo do esperado pelo Depec (-48,2 bi) e inferior à mediana das expectativas (-45,5 bi).

O resultado reflete, principalmente, o déficit de R$ 46,5 bilhões do Governo Central.

Conforme sugerido pelos dados da Receita Federal e do Tesouro, há uma desaceleração relevante das receitas, sobretudo àquelas atípicas e as relacionadas ao setor de petróleo.

Ao mesmo tempo, chama atenção a resiliência das receitas associadas à massa salarial, sobretudo previdenciárias.

As despesas avançam, em linha com esperado, com destaque para os aumentos reais de gastos com previdência, Bolsa Família, e com o FAT (este último reflexo da mudança no calendário de pagamentos do abono salarial).

Os governos regionais apresentaram um déficit de R$ 927 milhões, abaixo da nossa estimativa (- R$ 3 bilhões).

Até o final do ano, os entes devem continuar apresentando déficits mensais, encerrando 2023 com um superávit próximo de R$ 5 bilhões, após +65 bilhões no ano passado.

Por fim, a despeito do déficit elevado, os dados de junho do Banco Central mostraram estabilidade da dívida bruta, com o efeito da apropriação de juros compensado pelo crescimento nominal do PIB e pela apreciação cambial.

Mantemos nossos principais números do cenário fiscal: déficit primário próximo de 1% do PIB e relação dívida/PIB próxima de 76%.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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IBC-Br aponta para arrefecimento da economia no segundo trimestre

O IBC-Br (proxy mensal do PIB calculada pelo BC) apresentou queda de 2,0% em maio, resultado ligeiramente abaixo do projetado pelo Depec (-1,4%) e surpreendendo negativamente o mercado (-0,1%).

Na comparação interanual, o indicador apresentou alta de 2,1%. Com o resultado de maio, o IBC-Br deixa um carrego estatístico de +0,3% para o segundo trimestre.

Esse comportamento está alinhado com nossa expectativa de desaceleração do PIB ao longo do ano, mas ainda com um crescimento ligeiramente positivo no segundo trimestre (0,3%).

Fonte:Bradesco-DEPEC