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Arrecadação federal avançou em maio, com destaque para tributos associados à massa salarial

Conforme divulgado ontem, a arrecadação somou R$ 176,8 bilhões em maio, uma alta de 2,9% na comparação interanual.

O movimento é explicado, sobretudo, pelo aumento da arrecadação de impostos relacionados ao mercado de trabalho e à massa salarial, como receitas previdenciárias e imposto de renda.

Além disso, a arrecadação de tributos relacionados ao consumo voltou a se recuperar, possivelmente já refletindo as medidas anunciadas pelo governo federal (reoneração dos combustíveis e mudança de cálculo dos créditos tributários do Pis/Cofins).

Ao longo do ano, a arrecadação deve seguir em trajetória gradual de recuperação. Por um lado, a queda das commodities deverá reduzir as receitas associadas ao lucro das empresas (IRPJ e CSLL) e aquelas não administradas pela Receita Federal, como royalties e participações.

Por outro, a resiliência do mercado de trabalho e as medidas tributárias anunciadas sustentam o aumento da
arrecadação.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, mas não trouxe sinalizações de início iminente de corte de juros no comunicado

Em relação à evolução do cenário, o colegiado avaliou que os indicadores recentes seguem compatíveis com uma trajetória de desaceleração da atividade econômica nos próximos trimestres, embora o forte desempenho do setor agropecuário tenha favorecido o resultado do PIB do primeiro trimestre.

A inflação ao consumidor, por sua vez, seguiu acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta em diversas medidas subjacentes, de acordo com o BC, que também alertou para a reaceleração das métricas de 12 meses em um futuro próximo.

As projeções do Copom para o IPCA no cenário de referência
passaram de 5,8% para 5,0% em 2023 e de 3,6% para 3,4% em 2024.

O colegiado optou por remover do comunicado as projeções do cenário de Selic constante ao longo de todo o horizonte.

Em relação à comunicação anterior, o Copom fez poucas mudanças na avaliação do balanço de riscos.

Do lado dos riscos de alta para a inflação, cabe destacar que o colegiado avalia que há alguma incerteza “residual” sobre o desenho final do arcabouço fiscal.

Do lado baixista, o BC seguiu elencando o risco de uma queda adicional dos preços das commodities em moeda local, mas qualificou que acredita que parte importante desse movimento já foi verificado.

Por fim, o comitê avaliou que a conjuntura atual segue demandando cautela e parcimônia.

De acordo com a comunicação, os próximos passos dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária, e das expectativas de inflação, destacadamente para os prazos mais longos.

Embora, em nossa avaliação, os dados de inflação tenham evoluído de maneira mais favorável desde a última reunião, o Copom trouxe poucos elementos que indiquem início iminente do ciclo de redução de juros.

Seguimos antevendo o início da flexibilização monetária em setembro, mas não descartamos um corte de juros em agosto, caso a evolução das variáveis destacadas pelo Copom continue favorável.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Choque de oferta no setor agrícola seguiu impulsionando atividade econômica no início do segundo trimestre

Em abril, o IBC-Br avançou 0,6% na margem, bastante acima do esperado pelo mercado (+0,1%).

Na comparação interanual, o indicador cresceu 3,3%. Em nossa leitura, a surpresa positiva foi explicada pelo desempenho do setor agropecuário, em especial por conta da safra de grãos recorde, já que a indústria, o comércio e o setor de serviços apresentaram variação negativa no período, segundo as pesquisas do IBGE divulgadas ao longo deste mês.

Para os próximos meses, esperamos desaceleração gradual da atividade econômica, refletindo a dissipação do choque agrícola e a moderação do consumo e dos investimentos.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional cresceu 11,1% em abril na comparação interanual.

O resultado divulgado ontem pelo Banco Central corresponde a uma desaceleração em relação ao ritmo de 12,1% observado em março.

Na abertura por categoria de recursos, o crédito livre desacelerou de 10,7% para 8,8%, enquanto o direcionado avançou de 14,3% para 14,7.

Na abertura por segmento, a maior parte da desaceleração foi explicada pelo crédito às pessoas jurídicas.

Para os próximos meses, esperamos continuidade da desaceleração gradual do crédito do sistema, em linha com o aperto da política monetária e com a moderação gradual da atividade econômica.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Novo regime fiscal foi aprovado na Câmara

O texto base foi aprovado com 372 votos favoráveis, 108 contrários e uma abstenção.

Em relação ao último parecer do relator (dep. Cláudio Cajado), o texto trouxe mudanças marginais.

Chamamos atenção para alguns elementos que tornam o orçamento menos rígido, como a possibilidade de contingenciamento de investimentos, limitado a 25%.

Em relação às despesas de 2024, o texto manteve a possibilidade de um aumento acima da regra de 70% da receita líquida.

Esse aumento dependerá, agora, da projeção de aumento de receitas do governo para o próximo ano.

Por fim, seguirá o contingenciamento obrigatório das despesas e alguns gatilhos ao não cumprimento da meta de superávit primário.

Em resumo, a redação manteve os elementos do texto anterior, com algum reforço para o cumprimento das regras e uma flexibilização maior do gasto no curto prazo.

O texto agora segue para o Senado.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Agropecuária e consumo das famílias impulsionaram atividade econômica no primeiro trimestre

Divulgado na sexta-feira, o IBC-Br recuou 0,1% na passagem de fevereiro para março, conforme o esperado, mas avançou 5,6% na comparação interanual, bem acima do esperado pelo mercado (+3,7).

No primeiro trimestre como um todo, o IBC-Br avançou 2,4% ante o período imediatamente anterior.

Além do forte desempenho do consumo das famílias, inclusive no comércio varejista, que possui segmentos mais sensíveis à política monetária, esse resultado refletiu a dinâmica bastante positiva observada no setor agrícola, com destaque para a safra de grãos recorde esperada para a atual temporada.

Desse modo, a evolução dos indicadores vem confirmando nossa leitura de resiliência da atividade econômica neste semestre, a despeito do aperto monetário. Para o PIB do primeiro trimestre, a ser divulgado no início de junho, esperamos alta de 1,5% na margem.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Produção Industrial apresentou resultado acima do esperado em março

A alta na margem foi de 1,1%, o que corresponde a uma variação interanual de 0,9%, ambos acima das expectativas de mercado, compensando em parte resultados mais fracos nos meses anteriores.

A surpresa se justificou por uma forte alta nos bens de capital, na indústria extrativa e em insumos típicos da construção civil.

O resultado sugere uma evolução estável da indústria no fechamento do 1º trimestre, mas reforça a dinâmica resiliente do setor, sinalizando que os investimentos devem apresentar tração relevante ao longo do ano e contribuir positivamente para o PIB.

Fonte: Bradesco = DEPEC

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Preços ao produtor seguem em deflação

Conforme divulgado nesta manhã pela FGV, o IGP-DI recuou 1,01% em abril, em linha com o esperado e acentuando a queda de 0,34% do mês anterior.

Destaque para os preços no atacado, já que tanto os produtos agropecuários quanto industriais ampliaram a deflação, em virtude da queda dos preços de matérias-primas.

As principais influências baixistas foram soja e milho, entre os produtos agrícolas, e minério de ferro e óleo diesel na indústria.

Além disso, IPC e INCC desaceleraram em relação ao último mês. Em doze meses, o índice registra queda de 2,57%.

Fonte: Bradesco-DEPEC

 

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Comunicação do Copom segue compatível com longo período de aperto monetário

O Banco Central decidiu manter inalterada a taxa Selic em 13,75% ao ano, conforme o esperado.

No comunicado da decisão, o colegiado avaliou que a conjuntura segue demandando paciência e serenidade e não deu sinais de que o ciclo de cortes poderá começar em breve.

Na avaliação do cenário, as mudanças em relação à última comunicação foram motivadas pelo ambiente externo, cujas adversidades têm apresentado impactos limitados sobre as condições financeiras, pela maior resiliência do mercado de trabalho brasileiro e pelas expectativas de inflação, que se elevaram “marginalmente” desde então.

As projeções de inflação do Copom permaneceram em 5,8% e 3,6% no cenário de referência, para 2023 e 2024, respectivamente, mas a estimativa para o IPCA do ano que vem passou de 3,0% para 2,9% no cenário alternativo, no qual a Selic é mantida constante.

No balanço de riscos, o BC reconheceu que a apresentação da proposta do arcabouço fiscal reduziu parte das incertezas advindas da política fiscal, mas enfatizou que sua aprovação não possui relação mecânica com a convergência de inflação.

Por fim, o colegiado não descartou a possibilidade de retomar o ciclo de ajuste, caso necessário, porém avalia esse como um “cenário menos provável”.

Em nossa avaliação, embora a desancoragem das expectativas e a incerteza maior que a usual da conjuntura limitem o espaço para comunicações mais acomodatícias, seguimos projetando início do ciclo de corte de juros em setembro e a taxa Selic encerrando o ano em 12,25%, a depender da evolução dos dados.

Fonte: Bradesco-DEPEC