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IPCA surpreendeu para cima, mas inflação de serviços segue em desaceleração

O IPCA subiu 0,59% em outubro, acima da nossa projeção e do mercado, ambas de 0,5%. Em relação à nossa projeção, a surpresa foi concentrada em preços administrados e alguns bens industriais, como perfumes e eletrodomésticos, que usualmente apresentam maior volatilidade nesse período em decorrência da Black Friday.

Com a alta de bens industriais, os núcleos avançaram na margem, para próximo de 0,55% na média. Porém, a inflação de serviços segue desacelerando e surpreendendo para baixo, sobretudo nas medidas subjacentes (que exclui itens mais voláteis).

Apesar do patamar relativamente elevado, as medidas de núcleo e serviços subjacentes têm se mostrado mais benignas nas últimas leituras do IPCA. Em nossa avaliação, isso dá algum conforto ao BC em manter os juros no patamar atual, mas ainda não é suficiente para adiantar a discussão de corte da Selic, dadas as incertezas ainda presentes no balanço de riscos.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Copom manteve a taxa básica de juros inalterada em 13,75%

Conforme esperado, o Copom manteve a taxa básica de juros inalterada em 13,75%. O comitê reforçou sua atenção à trajetória corrente e esperada da inflação, que se encontra em patamar ainda elevado, apesar do alívio recém-observado em algumas aberturas, bem como uma moderação no ritmo de crescimento econômico.

Reiterou que seguirá vigilante, a fim de avaliar se a estratégia de manter a taxa de juros elevada por um período prolongado será adequada para assegurar a convergência da inflação em torno da meta, com o horizonte relevante situado em seis trimestres adiante. Caso o cenário de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta não se confirmem, o comitê reforçou que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste.

Na nossa avaliação, o comunicado endossa o fim do ciclo de altas de juros, mas o cenário base do comitê ainda não possibilita a reversão do patamar restritivo da política monetária dentro de um futuro próximo. Portanto, mantemos nossa visão de que os cortes de juros devem ocorrer apenas a partir de meados do próximo ano.

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 Confiança empresarial aponta para moderação da indústria

O Índice de confiança da indústria recuou 0,8 ponto em setembro, para 99,5 pontos, conforme divulgado pela FGV. O resultado refletiu a piora da percepção sobre a situação atual, com redução da demanda em todas as categorias, exceto bens não duráveis, enquanto o índice de expectativas ficou praticamente estável na margem.

O nível de utilização da capacidade instalada recuou de 82,2% para 80,8% no período, voltando para o patamar de maio.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Conta corrente registrou déficit maior do que o esperado na passagem do segundo para o terceiro trimestre

O Banco Central divulgou os dados do setor externo, com a publicação das notas referentes a junho e julho. Em junho, a conta corrente foi superavitária em US$ 1,3 bilhão e foi impulsionado pelo forte superávit na balança comercial, enquanto o investimento direto no país foi de US$ 5,2 bilhões no mês.

Já em julho, a conta corrente registrou déficit de US$ 4,1 bilhões, superior ao déficit projetado por nós, de US$ 2,6 bilhões. O investimento direto no país permaneceu elevado e foi de US$ 7,7 bilhões. Vale destacar que em ambos os meses divulgados, o fluxo em renda fixa foi positivo, acumulando US$ 1 bilhão no período e interrompendo a dinâmica de saída observada até então.

Em suma, os dados do balanço de pagamentos, somados aos da balança comercial até setembro, colocam um viés de baixa para a nossa projeção de déficit de US$ 26 bilhões em 2022, mas não alteram a percepção de que as contas externas brasileiras permanecem bem ajustadas e com o déficit em conta corrente sendo financiado com folga pelo elevado volume de investimento direto.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Silver Week: 67 Shoppings e mais de 11 mil lojas aderem à semana de promoções e descontos

A Silver Week 2022, idealizada pelo Fórum de Longevidade, será uma semana com conteúdos e ações voltadas para o público 50+, e tem como objetivo principal promover a visibilidade e valorização do público sênior na economia brasileira. 

A primeira edição acontece essa semana, de 29 de setembro a 09 de outubro, e entre os shoppings que integram a Silver Week estão alguns associados da ALSHOP como o Shopping Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé, Shopping Praça da Moça, Taubaté Shopping e Minas Shopping que representam juntos mais de 2.500 lojas.

A ALSHOP é uma das apoiadoras desse movimento e vem incentivando seus mais de 40.000 lojistas associados. E para ser uma empresa parceira da semana Silver Week, podem participar micro, pequenas, médias e grandes empresas de todos os setores como: saúde, gastronomia, varejo, hotelaria e entre outros, que desejarem realizar descontos e promoções atrativas. Além disso, as empresas que se cadastrarem recebem todo o material de divulgação e marketing. 

“Para os lojistas, essa semana traz a oportunidade de conhecer melhor e estreitar o relacionamento com o público 50+, fortalecendo até os programas de fidelidade  que geram maior proximidade entre o consumidor e o varejista”, revela Luis Augusto Ildefonso, diretor institucional da ALSHOP. 

Por esse público apresentar um alto potencial de consumo, essa será uma nova data do varejo, e a ideia principal é trazer visibilidade com campanhas, atividades e promoções de produtos e serviços focado nos consumidores sênior, a geração prateada. 

“A ALSHOP apoia esse movimento por acreditar que essa data será uma oportunidade de impulsionar as vendas dos lojistas dos shoppings, uma vez que o mês de setembro não tem nenhuma data comemorativa que aqueça o comércio. E como esse público está envelhecendo cada dia mais com saúde e conectado com a tecnologia, essa será uma data para celebrar a ‘maior idade’”, finaliza, o diretor da ALSHOP. 

A Silver Week faz parte do Longevidade Expo+Fórum que vem se firmando como o grande catalisador das atividades focadas no público 50+. O equilíbrio entre eventos de negócios e de conteúdo confere à Longevidade Expo+Fórum a função de ser o agente a interligar oferta e demanda, consumidores, produtos e serviços, cidadãos e iniciativa privada à políticas públicas, pessoas à pessoas, promovendo socialização, conhecimento, debate e negócios.

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Copom manteve a taxa de juros em 13,75%, com comunicação mais dura e dissenso na decisão

Foram dois votos para elevação a 14,0%. Como esperado,
o comitê reiterou sua preocupação com a inflação, apesar da queda de
combustíveis, e destacou a atividade forte, reconhecendo uma possível
ociosidade menor do que estimada em seu cenário de referência.

Apesar da pausa, o comitê sinalizou que se manterá vigilante, com juros altos por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação. Além disso, caso não se confirme a trajetória de desinflação e convergência das expectativas, o Copom indicou que não hesitará em retomar o ciclo de alta.

Em nossa avaliação, ao explicitar essa possibilidade, o BC sinaliza que em seu cenário base os cortes de juros não devem ser rápidos, enquanto a inflação seguir elevada e as expectativas distantes da meta.

Mantemos, assim, nosso cenário de que o ciclo de alta de juros está encerrado e os cortes devem ocorrer apenas a partir de meados do próximo ano.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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O comércio varejista perdeu força na passagem do segundo para o terceiro trimestre

O resultado das vendas no varejo de julho,  surpreendeu negativamente ao registrar queda de 0,8% na margem. Trata-se da terceira queda consecutiva, interrompendo a tendência de alta observada desde o início do ano.

Tal movimento pode ser reflexo dos efeitos defasados da política monetária sobre o consumo, uma vez que o varejo associado ao crédito teve uma queda maior do que o associado à renda. Dentre as aberturas, a única que apresentou crescimento em julho foi o setor de combustíveis e lubrificantes, em linha com a deflação observada no período.

As vendas no varejo ampliado recuaram 0,7%, com queda tanto das vendas de automóveis quanto de materiais de construção.

Fonte: Bradesco – DEPEC

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Economia brasileira manteve um ritmo forte de crescimento no segundo trimestre do ano

O PIB registrou alta de 1,2% entre o primeiro e o segundo
trimestre, acima da mediana do mercado (0,9%) e da nossa projeção (1,0%), conforme divulgado pelo IBGE.

Pelo lado da oferta, a maior contribuição foi do setor de serviços, ainda que a indústria e a agropecuária também tenham apresentado variação positiva. Pela ótica da demanda, destaque para o crescimento de 4,8% dos investimentos e 2,6% do consumo das famílias, impulsionado pelo bom desempenho do mercado de trabalho e pela liberação dos recursos do FGTS no período.

Olhando à frente, esperamos que a atividade econômica apresente alguma acomodação no terceiro trimestre, refletindo os efeitos defasados da política monetária.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Apesar da desaceleração em julho, criação de empregos formais inicia o terceiro trimestre em patamar ainda elevado

Segundo os dados do Caged,  houve criação líquida de 219 mil vagas de trabalho formal em julho, abaixo do esperado (260 mil). Descontando os efeitos sazonais, o dado equivale a 237 mil novas vagas, após 252 mil observadas no mês anterior.

Ainda que seja uma desaceleração, o ritmo de criação de empregos formais ainda permanece forte. Destaque para o emprego na indústria e na construção civil que, embora mais correlacionados com a política monetária, mantiveram um número relevante de criação de vagas.

Fonte: Bradesco-DEPEC