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Copom reduziu a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e sinalizou que manterá o ritmo de cortes

O comunicado trouxe poucas novidades em relação ao anterior e a principal mudança aconteceu no cenário externo, que agora é descrito como adverso, em função da elevação da curva de juros norte-americana e das novas tensões geopolíticas.

Em relação ao cenário doméstico, o comitê enfatizou que os dados de atividade econômica estão consistentes com o cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres, enquanto os preços ao consumidor mantiveram a trajetória de desinflação, mas salientou que as medidas subjacentes ainda se situam acima da meta.

A principal alteração nas projeções de inflação do Banco Central ocorreu para este ano, passando de 5,0% para 4,7%.

Para os próximos anos, as projeções sofreram ligeiras revisões altistas, de 3,5% para 3,6% em 2024 e de 3,1% para 3,2% em 2025.

O comitê avalia que o ritmo atual de cortes é consistente com uma política monetária restritiva, ainda necessária para o processo de desinflação e convergência das expectativas para a meta, reforçando que, se confirmado o cenário esperado, esse ritmo é apropriado para as próximas reuniões.

Em nossa avaliação, a despeito da piora do cenário externo, o Banco Central seguirá reduzindo a taxa Selic em 0,5 ponto percentual. Assim, seguimos projetando taxa Selic terminal de 11,75% e 9,25% ao ano em 2023 e 2024, respectivamente.

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Preços no atacado seguem com dinâmica benigna

Conforme divulgado nesta manhã pela FGV, o IGP-M subiu 0,37% em setembro, acima do esperado pelo mercado (0,35%) e da nossa projeção (0,34%), revertendo a queda de 0,14% registrada no mês anterior.

As principais influências baixistas entre os produtos agrícolas concentraram-se em pecuária, sobretudo bovinos, leite in natura e ovos.

Por sua vez, apesar de ganhar força na margem, a indústria apresentou queda intensa no preço de carne bovina. Em doze meses, o índice registra queda de 5,96%

Fonte: Bradesco DEPEC

 

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Economia

Crédito do Sistema Financeiro Nacional manteve trajetória de desaceleração em julho

Conforme divulgado ontem pelo Banco Central, no mês passado, a carteira de crédito do SFN cresceu 8,2% na comparação com o mesmo período de 2022.

Trata-se de uma desaceleração em relação ao ritmo de +9,2% observado em junho, explicada tanto pela moderação do crédito direcionado (de 12,9% para 12,5%), como, principalmente, do crédito livre (de 6,8% para 5,5%).

Na abertura por segmento, destaque negativo para as concessões às pessoas jurídicas, especialmente nas operações com recursos livres.

Por outro lado, as concessões às pessoas físicas seguiram relativamente resilientes, refletindo, entre outras coisas, o impulso vindo das vendas financiadas de veículos, reagindo ao programa de descontos do Governo Federal.

Para os próximos meses, esperamos continuidade da desaceleração do mercado de crédito, em linha com a moderação da atividade econômica.

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Desenho final do arcabouço fiscal foi aprovado na Câmara

Depois de mudanças feitas pelos senadores no final de junho, a proposta retornou à Câmara dos Deputados.

A apreciação e votação das mudanças foi dividida em duas partes.

Na primeira, por 379 votos a 64, os deputados aprovaram as alterações do Senado que retiram das regras de gastos do arcabouço o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o Fundo Constitucional do Distrito Federal.

Na segunda, por 423 votos a 19, a Câmara rejeitou o artigo que permitia ao Governo Federal enviar, na proposta de orçamento do próximo ano, montante de despesas adicionais considerando a projeção da inflação até o fim do ano.

Embora tenha sido incluído durante a tramitação no Senado, foi entendido que esse artigo deveria acompanhar a LDO de 2024, e não no texto do Novo Regime.

Por fim, foi rejeitada a alteração que permitia gastos com ciência e tecnologia fora do limite de despesas.

O texto agora irá para sanção do Presidente da República.

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Déficit fiscal se intensificou em junho, como esperado

O resultado primário do setor público, divulgado na sexta-feira, ficou negativo em R$ 48,9 bilhões no mês, um pouco abaixo do esperado pelo Depec (-48,2 bi) e inferior à mediana das expectativas (-45,5 bi).

O resultado reflete, principalmente, o déficit de R$ 46,5 bilhões do Governo Central.

Conforme sugerido pelos dados da Receita Federal e do Tesouro, há uma desaceleração relevante das receitas, sobretudo àquelas atípicas e as relacionadas ao setor de petróleo.

Ao mesmo tempo, chama atenção a resiliência das receitas associadas à massa salarial, sobretudo previdenciárias.

As despesas avançam, em linha com esperado, com destaque para os aumentos reais de gastos com previdência, Bolsa Família, e com o FAT (este último reflexo da mudança no calendário de pagamentos do abono salarial).

Os governos regionais apresentaram um déficit de R$ 927 milhões, abaixo da nossa estimativa (- R$ 3 bilhões).

Até o final do ano, os entes devem continuar apresentando déficits mensais, encerrando 2023 com um superávit próximo de R$ 5 bilhões, após +65 bilhões no ano passado.

Por fim, a despeito do déficit elevado, os dados de junho do Banco Central mostraram estabilidade da dívida bruta, com o efeito da apropriação de juros compensado pelo crescimento nominal do PIB e pela apreciação cambial.

Mantemos nossos principais números do cenário fiscal: déficit primário próximo de 1% do PIB e relação dívida/PIB próxima de 76%.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Economia

IBC-Br aponta para arrefecimento da economia no segundo trimestre

O IBC-Br (proxy mensal do PIB calculada pelo BC) apresentou queda de 2,0% em maio, resultado ligeiramente abaixo do projetado pelo Depec (-1,4%) e surpreendendo negativamente o mercado (-0,1%).

Na comparação interanual, o indicador apresentou alta de 2,1%. Com o resultado de maio, o IBC-Br deixa um carrego estatístico de +0,3% para o segundo trimestre.

Esse comportamento está alinhado com nossa expectativa de desaceleração do PIB ao longo do ano, mas ainda com um crescimento ligeiramente positivo no segundo trimestre (0,3%).

Fonte:Bradesco-DEPEC

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Economia

Projeto da Reforma Tributária foi aprovado na Câmara

Em uma sessão longa e com quórum elevado, a Câmara dos deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição que visa reformar a tributação sobre consumo.

A proposta foi aprovada com folga, com 382 votos no primeiro turno da votação e 375 no segundo.

O texto agregará 5 tributos federais e estaduais em dois IVAs (Imposto sobre valor agregado), um de competência federal (CBS) e outro dos entes federados (IBS).

Apesar de novas concessões a alguns setores, os principais pontos da PEC-45, que vem sendo discutida há anos, foram mantidos.

As mudanças propostas têm o potencial de simplificar o sistema tributário, reduzir sua cumulatividade e mitigar a guerra fiscal no âmbito subnacional.

Ao longo do dia serão votados destaques em segundo turno. Em seguida, o projeto segue para o Senado.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Economia

Balança comercial seguiu forte no primeiro semestre

O saldo comercial registrou superávit de US$ 10,6 bilhões em junho, novo recorde histórico para o mês.

As exportações seguem em patamar elevado, enquanto as
importações perdem força na margem.

Destaque para o bom desempenho das exportações de grãos e petróleo, a despeito dos preços mais baixos no mercado internacional.

No ano, a balança acumula saldo de US$ 45,5 bilhões. Para 2023, projetamos um superávit próximo de US$ 75 bilhões.

Fonte:Bradesco-DEPEC

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Os eventos dessa semana reforçaram cenário de provável queda dos juros já em agosto

Na ata da última reunião, o Copom disse que a avaliação predominante é que haverá espaço para iniciar um “processo parcimonioso de inflexão” na próxima reunião.

O ciclo de cortes deve ser gradual e dependerá da continuidade da melhora da inflação corrente e das expectativas.

Nesse sentido, entendemos que a manutenção da meta de inflação dos próximos anos reduziu o risco de desancoragem das expectativas.

As metas de 2024 e 2025 foram confirmadas e a de 2026 foi definida também em 3%. Além disso, como vinha sendo sinalizado, o CMN decidiu substituir o regime de ano-calendário para um de metas contínuas.

Vale destacar que, no Relatório de Inflação, divulgado no quinta-feira, o Banco Central projeta IPCA em 3,1% ao final de 2025, no cenário em que a Selic é reduzida para 9%.

Já esperávamos uma evolução de cenário que poderia abrir espaço para antecipação do início dos cortes de juros para agosto, com redução da inflação corrente, sinais de desaceleração gradual da atividade e redução dos riscos de cauda do cenário fiscal.

Agora, com a manutenção do centro da meta em 3%, esperamos uma redução do desvio das expectativas de inflação de médio prazo em relação ao centro da meta.

Esses elementos devem permitir o início do ciclo de cortes em agosto, iniciando com – 0,25 p.p..

Fonte: Bradesco-DEPEC