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O comércio varejista lidera a retomada recente

  • A economia brasileira vem mostrando retomada parcial desde maio, com velocidades distintas setorialmente, liderada pelo comércio. As medidas de preservação de emprego e renda foram essenciais para a expansão do consumo de bens de primeira necessidade, em um primeiro momento, e de duráveis, em um segundo.
  • A indústria está sendo beneficiada pela demanda doméstica, com alguns segmentos também se beneficiando das exportações. A construção também tem reagido aos estímulos monetário e fiscal, registrando retomada mais rápida, e o agronegócio, de forma geral, foi favorecido pela boa demanda externa e pelas transferências governamentais que sustentaram o consumo interno.
  • Por outro lado, o setor de serviços está atrasado nesse ciclo, como esperado, especialmente aqueles prestados às famílias, mais afetados por medidas de distanciamento social e que, em alguns casos, permanecem operando abaixo da capacidade máxima durante a pandemia.
  • Para 2021, a aceleração da atividade será mais gradual do que o previsto para o segundo semestre deste ano, com o fim dos programas governamentais. A partir de então, outros fatores passam a ganhar relevância para determinar o ritmo de crescimento. Entre os principais, citamos a distribuição de uma vacina, a formação de poupança das famílias durante a pandemia e a retomada do emprego.
  • Esperamos que o comércio e a indústria ainda sejam os destaques. O agronegócio e a construção civil continuarão com bom desempenho, beneficiados pela demanda externa e pelas boas condições de crédito, respectivamente. O setor de serviços ganhará tração à medida em que as regras de distanciamento sejam cada vez mais flexibilizadas, mas sem a distribuição de uma vacina, dificilmente teremos o segmento operando a plena capacidade.

Fonte: Bradessco – DEPEC