País tem 4.980 poupanças com saldo acima de R$ 1 milhão

A caderneta de poupança atraiu 4.980 investidores com aplicações superiores a R$ 1 milhão no ano passado. Essa quantidade de aplicadores é 30,29% maior do que a observada em 2008 (3.822), segundo dados do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), publicados no site do Banco Central (BC).

De acordo com o economista Carlos Eduardo de Freitas, ex-diretor do BC, os investidores milionários foram atraídos pela rentabilidade da poupança e pela praticidade de poder aplicar e retirar o dinheiro livremente. “A poupança tem conveniência operacional”, destacou.

Atualmente, a poupança rende a taxa referencial (TR) mais 6% ao ano, rendimento próximo do Certificado de Depósito Bancário (CDB) – oferecido pelos bancos com prazo de vencimento. “A rentabilidade de um CDB, se tirar o imposto de renda, deve estar entre 6,8% a 6,9%. Têm fundos de investimentos de DI (Depósito Interfinanceiro, que são remunerados de acordo com a taxa básica de juros, a Selic) que também estão com remuneração abaixo de 7%, já descontado o imposto de renda”, afirmou Freitas.

Além disso, para Freitas, muitos investidores migraram para a poupança por acharem que a Selic cairia mais no ano passado. Atualmente, a taxa básica de juros está em 8,75% ao ano e, de acordo com analistas do mercado financeiro, deve fechar 2010 em 11,25% ao ano. Por conta dessa perspectiva de alta, Freitas não considera que deverá aumentar o número de grandes aplicadores em poupança neste ano.

No ano passado, o governo anunciou que iria tributar os rendimentos de aplicações em poupança acima de R$ 50 mil. O objetivo era evitar a migração de grandes investidores para as cadernetas de poupança, em momento de queda da Selic. Entretanto, o governo desistiu de aplicar a medida. “O governo se preparou para colocar em prática, só que percebeu, provavelmente, que estávamos no piso da Selic”, afirmou Freitas.

Segundo os dados do BC, o volume dos investimentos acima de R$ 1 milhão somou R$ 19,810 bilhões no ano passado, crescimento de 32,17% em relação a 2008 (R$ R$ 14,988 bilhões). Apesar disso, as aplicações com valores menores continuaram a representar a maioria dos investidores.

Os clientes com aplicações de até R$ 100 representaram, no ano passado, 54,18% dos depositantes. Já aqueles que aplicaram acima de R$ 1 milhão corresponderam a apenas 0,005%. Em 2009, os depósitos de poupança totalizaram R$ 319,4 bilhões.

iPhone é arma para manter cliente pós-pago

A briga pelo cliente da telefonia móvel é tamanha que players do mercado começam a oferecer iPhones grátis, aparelhos que não saem por menos de R$ 1,3 mil, para manter clientes pós-pagos em sua base por mais um ano. Mesmo assim, as bases de pré-pago continuam crescendo e, mesmo que não respondam por uma arrecadação menor, representam clientes mais vulneráveis a deixar a base da operadora em razão dos preços de outra. A consultoria Teleco indica que mais de 82,6% dos celulares do Brasil são pré-pagos.

A posição das operadoras é neutra em relação ao avanço dos telefones a crédito. Luca Luciani, presidente da TIM, diz que o crescimento das classes C, D e E no País é a grande oportunidade de crescimento das bases de pré-pago e que “dizer que o pós-pago é melhor é uma simplificação”. Segundo o executivo, o avanço desses clientes permite rentabilizar com grandes volumes. “Mais que criar barreiras, é importante entender o perfil do cliente e oferecer produtos adequados”, afirma. Para ele, clientes pós-pagos fora de perfil aumentam a inadimplência.

Serra diz que é candidato e convida Aécio para ser vice

O governador de São Paulo, José Serra, confirmou à cúpula do PSDB que é candidato à Presidência da República. O tucano deixou clara a disposição de concorrer em jantar com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, e em conversas com senadores. Mesmo assim, lideranças do partido receiam que ele recue. Na aproximação com Aécio, nome que Serra quer como vice, o tucano paulista participa hoje da inauguração do novo complexo administrativo de Minas Gerais.

Aécio se comprometeu a obter a vitória do PSDB em Minas e defendeu o nome de Tasso Jereissatti (CE) para vice. Horas depois do jantar com Serra, numa conversa com os senadores do partido, repetiu seus argumentos. E apelou: “Por favor, não insistam no meu nome para a vice”.

Ontem (03/03), em homenagem a Tancredo Neves, Serra criticou a tese da “herança maldita” usada pelo PT contra a gestão Fernando Henrique Cardoso. Disse que o PT se beneficiou do Plano Real, do Proer e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Movimento de câmbio fechou fevereiro negativo em US$ 399 milhões

O movimento de câmbio nos bancos fechou fevereiro com saída líquida de US$ 399 milhões, informou o Banco Central (BC). O resultado negativo decorreu de fortes saídas no câmbio comercial pelo aumento na contratação de importações. As operações de comércio exterior tiveram saldo negativo de US$ 2,285 bilhões. Já a contratação de moeda estrangeira nas operações cambiais financeiras registraram sobras no valor de US$ 1,886 bilhão.

Em fevereiro, os contratos de exportação somavam US$ 10,085 bilhões, superados pelas importações, que ficaram em US$ 12,371 bilhões. Nas transações financeiras, os ingressos nas várias modalidades de captação externa somaram US$ 23,765 bilhões. As remessas em pagamentos de compromissos no exterior totalizaram US$ 21,879 bilhões no mesmo período. No ano, o fluxo de câmbio acumulava sobras de US$ 676 milhões, uma vez que, em janeiro, houve saldo positivo em US$ 1,075 bilhão, mostrou o BC.

Salad Creations do Shopping Tamboré lança promoção ?Imbatíveis?

?Imbatíveis?. Esse é o tema da promoção que a loja da Salad Creations do Shopping Tamboré, em São Paulo, está realizando especialmente para os consumidores que frequentam o local. São três deliciosas saladas a um preço imbatível: R$ 10,90. As saladas foram criadas especialmente para esta unidade da Salad Creations e tem como objetivo atingir um público maior de consumidores, que podem ainda escolher um wrap para acompanhar a promoção.

A Salad Creations oferece uma nova alternativa de alimentação rápida, com deliciosas saladas, wraps frescos ou grelhados e sopas super cremosas, tudo elaborado para um público exigente. São 40 ingredientes, 15 tipos de molhos, saladas “Exclusivas do Chef”, e ainda uma opção para quem prefere criar sua própria salada. Mini-pães e cookies sempre recém assados também estão no cardápio.

Além do Tamboré, a Salad Creations está presente em São Paulo nos shoppings: Ibirapuera, Pátio Higienópolis, Eldorado, e na recém inaugurada unidade do Shopping Villa Lobos.

Shoppings do Tatuapé, em São Paulo, realizam liquidação

Os complexos Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé, ambos na capital paulista, oferecem produtos a preços irresistíveis e consolidam a estação Tatuapé do metrô como um pólo de compras da região.

Até 7 de março, as lojas dos Shoppings Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé estão oferecendo produtos a preços arrasadores, desde os setores têxteis até eletroeletrônicos e eletrodomésticos. A promoção “Etiqueta Maluca” tem objetivo claro: apresentar ótimas opções para os consumidores, que estão cada vez mais exigentes, e, assim, consolidar a estação Tatuapé do Metrô como um verdadeiro pólo de compras da região.

Os dois empreendimentos de fácil acesso, já que são interligados à estação Tatuapé do Metrô por uma passarela, também preparam uma campanha publicitária especialmente para o período. Serão veiculados anúncios nos guias O Estado de S.Paulo e da Folha, e nos jornais Destak e Metrô News, spots nas rádios Alpha FM e Gazeta FM, além de peças para mídia indoor e comunicação interna. As peças criativas também estarão nas sancas e nos painéis de trem e de estação do Metrô. A criação é da agência FabraEQuinteiro.

Além dos preços baixos, os complexos têm mais uma novidade para atrair a atenção dos consumidores: as atividades circenses. Durante dois dias da promoção, dias 5 e 6 de março, artistas de circo, palhaços, mágicos e malabaristas, entre outros, prometem divertir os visitantes e interagir com eles! A atração também conta com a Arara da Alegria: palhaços saem pelas lojas recolhendo sacolas e depois envolvem os clientes numa divertida brincadeira, mostrando a eles que tudo está muito barato! Os produtos em liquidação dependem da disponibilidade de estoque de cada estabelecimento e os descontos variam de loja para loja.

Terremoto muda planos do presidente eleito do Chile

A uma semana de assumir o governo de um país organizado, com as contas públicas em ordem e a perspectiva de retomada de crescimento após a crise mundial, o presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, viu a natureza dos desafios à sua frente mudar após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter que matou mais de 800 pessoas e destruiu imóveis e parte da infraestrutura no centro-sul do país, no último sábado (27/02). Especialistas consideram que Piñera, um bilionário que levou a direita de volta ao poder após 20 anos, terá de adaptar seu programa de governo pelo menos durante um ano para responder à tragédia.

Para o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, da Fundação Getúlio Vargas, a principal mudança será na atuação direta do governo, um passo inesperado para Piñera, um empresário identificado com o livre mercado. “Um efeito tragicamente curioso é que um governo que, a rigor, tenderia a uma atuação menos presente na economia, que seria mais liberalizante, terá que ser muito mais interventor do que planejava inicialmente”.

O próprio presidente eleito já disse que será necessário mudar alguns de seus planos para responder às emergências e preparar a reconstrução, mas fez questão de dizer que será necessário o esforço de todos os cidadãos e também do setor privado. “Isto não compete apenas ao Estado, mas a toda a sociedade chilena, pois centenas de milhares de chilenos estão sendo brutalmente golpeados por este terremoto. Eles não só necessitam da ajuda do governo, mas da solidariedade de toda a sociedade chilena”, disse Piñera no domingo (28/02), após reunião com a presidente em fim de mandato, Michelle Bachelet. Nessa mesma reunião, os líderes se esforçaram para mostrar a colaboração entre os dois principais grupos políticos do Chile, depois de críticas iniciais do presidente eleito à resposta do atual governo ao terremoto. O apoio de Piñera à presidente é visto como uma preparação para a ajuda que o futuro governo espera do grupo político de Bachelet, a coalização de centro-esquerda Concertación.

“As condições mudaram da noite para o dia, de forma muito traumática, e toda essa catástrofe não atinge apenas um partido ou outro. Isso gera uma enorme capacidade de solidariedade, de união nacional. Enquanto o país estiver concentrado nas consequências do terremoto, haverá uma fase de diminuição de conflitos”, diz o cientista político José Álvaro Moisés, da USP (Universidade de São Paulo).

Além do atendimento emergencial às vítimas, que mobiliza os esforços nos últimos dias, as autoridades trabalham no levantamento dos efeitos do terremoto sobre a infraestrutura do país, contabilizando casas, pontes e viadutos destruídos.O plano de governo de Piñera previa 600 mil ?soluções habitacionais?, incluindo construções, ampliações e reformas, e agora o governo estima em 1,5 milhão o número de moradias danificadas pelo tremor.

Couto, da FGV, diz que a necessidade de investimentos em reconstrução não pode ser vista como uma consequência positiva nem mesmo do ponto de vista econômico. “Algum efeito terá a expansão do uso de recursos, mas evidentemente é uma perda, porque o crescimento será feito sem a base que seria dada pelas condições de infraestrutura que se perderam. Esse dinheiro poderia estar sendo utilizado para acrescentar novas estruturas”.

Notabilizado nas duas últimas décadas por um consenso entre as principais forças políticas, de governo e oposição, em torno da estabilidade econômica, com controle da inflação e estímulo ao comércio exterior, o Chile precisará de uma união política ainda mais forte no início do novo governo. Segundo especialistas, isso pode afetar a capacidade de Piñera de imprimir uma marca pessoal à sua administração.

Inflação para baixa renda marca 0,9% em fevereiro, aponta FGV

O Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para a baixa renda, teve alta de 0,90% no mês de fevereiro, com queda de 0,42 ponto percentual sobre o resultado de janeiro.

Nos últimos 12 meses, a variação acumulada para o índice é de 5,07%. Das sete classes de despesas analisadas pela FGV, seis apresentaram desaceleração em fevereiro. O principal destaque foi a redução da alta dos transportes, cujo aumento recuou de 5,06% para 2,67%, por conta da redução da alta da tarifa de ônibus urbano (2,83%, contra 5,39% em janeiro).

Em contrapartida, a FGV informou que o grupo alimentação continou a registrar forte alta, com os preços subindo 1,41% no mês passado, contra 1,33% de janeiro. A principal contribuição para este movimento partiu do item açúcar Refinado (5,77% para 12,24%).

Setor de franquias prevê crescimento de 15% para 2010, diz ABF

O setor de franquias prevê alta entre 15% e 16% no faturamento em 2010, segundo levantamento realizado e divulgado na quarta-feira (03/03) pela ABF (Associação Brasileira de Franchising). A pesquisa apontou também que, em números de novas marcas, a expectativa é de crescimento de 10% a 12%, enquanto em números de unidades a variação pode ficar entre 8% e 10%.

?Com tantos pontos inaugurados no ano passado, é natural que o faturamento aumente ainda mais esse ano?, explica o diretor executivo da ABF, Ricardo Camargo. Ele afirma ainda que as microfranquias, negócios de até R$ 50 mil de investimento, e a exploração de novas cidades são apostas do setor para 2010.

No ano passado, o setor de franchising faturou R$ 63 bilhões, o que representa uma alta de 14,7% em relação a 2008. No período, foram abertas 264 novas redes, uma expansão de 19,1%, totalizando 1.643 redes. Já o número de unidades passou de 71.954 para 79.988, o que representa alta de 11%.

Para ABF, os principais responsáveis pelo crescimento do setor foram o aumento das unidades e redes, bem como do poder de compra das classes B e C.?O ritmo de inauguração de centros de compras e a exploração de regiões praticamente inexploradas garantiram o ritmo de crescimento em quase todas as áreas de atuação das franquias?, disse Camargo.

Em relação à abertura de novos postos de trabalho, foram registradas 72 mil contratações. Atualmente, o setor é responsável por mais de 700 mil empregos diretos. Em 2009, os segmentos de franquias que mais cresceram em faturamento foram o de Acessórios Pessoais e Calçados, registrando aumento de 41,2%, em comparação com 2008, seguido pelo setor de Vestuário, com alta de 37,5%, e Informática e Eletrônicos (28,9%).

Já em ampliação das redes, destacaram-se o setor de Hotelaria e Turismo, que expandiu 33,3%, Acessórios Pessoais (30,7%) e Veículos (23,5%). Em número de unidades, o segmento de Acessórios Pessoais e Calçados foi novamente o que mais cresceu, com 23,5%, seguido pelo de Alimentação, com 22,3%, e pelo de Móveis Decoração e Presentes, com 21,8%.

A expansão internacional também aumentou no ano passado, contabilizando 65 redes nacionais que já operam no exterior. ?A exportação de produtos e marcas agregam valor à balança comercial do País e, por isso, é foco do governo federal. Para as redes, as oportunidades geradas nos últimos anos estão se traduzindo em negócios?, finaliza Camargo.