iPhone é arma para manter cliente pós-pago

A briga pelo cliente da telefonia móvel é tamanha que players do mercado começam a oferecer iPhones grátis, aparelhos que não saem por menos de R$ 1,3 mil, para manter clientes pós-pagos em sua base por mais um ano. Mesmo assim, as bases de pré-pago continuam crescendo e, mesmo que não respondam por uma arrecadação menor, representam clientes mais vulneráveis a deixar a base da operadora em razão dos preços de outra. A consultoria Teleco indica que mais de 82,6% dos celulares do Brasil são pré-pagos.

A posição das operadoras é neutra em relação ao avanço dos telefones a crédito. Luca Luciani, presidente da TIM, diz que o crescimento das classes C, D e E no País é a grande oportunidade de crescimento das bases de pré-pago e que “dizer que o pós-pago é melhor é uma simplificação”. Segundo o executivo, o avanço desses clientes permite rentabilizar com grandes volumes. “Mais que criar barreiras, é importante entender o perfil do cliente e oferecer produtos adequados”, afirma. Para ele, clientes pós-pagos fora de perfil aumentam a inadimplência.