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Copom reduziu Selic para 3,0% e sinalizou que há espaço para corte adicional na próxima reunião.

Na decisão de redução de 0,75 p.p., tomada por unanimidade, o Comitê reconheceu que cenário global está bastante desafiador e que os dados mostram que a contração da economia doméstica será maior do que aquela prevista inicialmente. As projeções de inflação, por sua vez, estão todas abaixo das metas de 2020 e 2021. Assim, o BC explicitou que considera um “último ajuste” no próximo encontro, não maior do que o realizado na reunião atual, ainda que as projeções do modelo do próprio Banco Central autorizem uma Selic terminal entre 1,75% e 2,25% e o comunicado tenha indicado que o atual momento “prescreve um estímulo monetário extremamente elevado”. Contudo, segundo o Copom, essa queda será condicional à evolução da conjuntura e, de modo particular, ao cenário fiscal, que piorou como resposta à pandemia. Nesse sentido, o BC afirma que frustrações com a agenda de reformas podem elevar o prêmio de risco e pressionar a inflação futura, além de elevar a taxa estrutural de juros. Um ponto importante no comunicado é que houve uma discussão sobre a possibilidade de se fazer um corte maior, equivalente ao estímulo percebido como necessário neste momento, mas que a opção foi por um movimento mais moderado, até mesmo porque o balanço de riscos está mais incerto.