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Copom levou a Selic a 4,5%, não se comprometendo com a próxima decisão.

O destaque do comunicado foi a redução de suas projeções de inflação. Mesmo incorporando um câmbio mais depreciado nos modelos (R$/US$ 4,20), as projeções apontam para uma inflação abaixo do centro da meta em 2020 e 2021. No cenário de mercado, com câmbio a R$/US$ 4,10 e Selic de 4,5% no final de 2020, o Banco Central projeta uma inflação de 3,5% no ano que vem (abaixo da meta central de 4,0%). No balanço de riscos, foram mantidos dois elementos principais: por um lado, o atual grau de estímulo pode elevar a inflação, ao aumentar a incerteza sobre os canais de transmissão, e, por outro, a elevada ociosidade pode continuar produzindo inflação abaixo do centro da meta.

 Apesar das revisões baixistas de inflação, o BC reforçou a necessidade de cautela na condução da política monetária. O comitê enfatizou que os próximos passos dependerão da evolução do cenário, preservando alto grau de flexibilidade para sua atuação futura. Tendo em vista nosso cenário base, acreditamos que o BC continuará tendo espaço para corte adicional de juros no início do ano que vem, levando a Selic a 4,25%.