Categorias
Economia Notícias

Banco Central corta Selic em 0,75 p.p., para 2,25%, e mantém porta aberta para “ajuste residual”

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (17) cortar a Selic em mais 0,75 ponto percentual, para 2,25% ao ano, renovando a menor taxa básica de juros da história.

Esta foi a oitava redução seguida na taxa básica de juros e era amplamente esperada pelos analistas

A questão passou a ser os próximos encontros. Com um cenário ainda incerto por conta da pandemia e os dados da economia doméstica mostrando que o país segue em dificuldades, apesar da melhora do ambiente externo, os analistas se mostravam divididos antes da reunião sobre para onde vão os juros.

Apesar de na última reunião o Banco Central ter afirmado que faria apenas mais este corte, que seria no máximo de 0,75 p.p. diante do atual cenário, ainda há muita expectativa de que a Selic possa terminar 2020 em níveis ainda mais baixos.

No comunicado de hoje, a autoridade monetária destaca que vê o atual nível de estímulo como compatível com o cenário de crise, mas não fechou totalmente a porta para eventuais novos cortes de juros.

“O Copom entende que, neste momento, a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconhece que o espaço remanescente para utilização da política monetária é incerto e deve ser pequeno”, diz o comunicado do Copom.

“Para as próximas reuniões, o Comitê vê como apropriado avaliar os impactos da pandemia e do conjunto de medidas de incentivo ao crédito e recomposição de renda, e antevê que um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual”, continua o texto.