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Preços ao produtor seguem em deflação

Conforme divulgado nesta manhã pela FGV, o IGP-DI recuou 1,01% em abril, em linha com o esperado e acentuando a queda de 0,34% do mês anterior.

Destaque para os preços no atacado, já que tanto os produtos agropecuários quanto industriais ampliaram a deflação, em virtude da queda dos preços de matérias-primas.

As principais influências baixistas foram soja e milho, entre os produtos agrícolas, e minério de ferro e óleo diesel na indústria.

Além disso, IPC e INCC desaceleraram em relação ao último mês. Em doze meses, o índice registra queda de 2,57%.

Fonte: Bradesco-DEPEC

 

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Comunicação do Copom segue compatível com longo período de aperto monetário

O Banco Central decidiu manter inalterada a taxa Selic em 13,75% ao ano, conforme o esperado.

No comunicado da decisão, o colegiado avaliou que a conjuntura segue demandando paciência e serenidade e não deu sinais de que o ciclo de cortes poderá começar em breve.

Na avaliação do cenário, as mudanças em relação à última comunicação foram motivadas pelo ambiente externo, cujas adversidades têm apresentado impactos limitados sobre as condições financeiras, pela maior resiliência do mercado de trabalho brasileiro e pelas expectativas de inflação, que se elevaram “marginalmente” desde então.

As projeções de inflação do Copom permaneceram em 5,8% e 3,6% no cenário de referência, para 2023 e 2024, respectivamente, mas a estimativa para o IPCA do ano que vem passou de 3,0% para 2,9% no cenário alternativo, no qual a Selic é mantida constante.

No balanço de riscos, o BC reconheceu que a apresentação da proposta do arcabouço fiscal reduziu parte das incertezas advindas da política fiscal, mas enfatizou que sua aprovação não possui relação mecânica com a convergência de inflação.

Por fim, o colegiado não descartou a possibilidade de retomar o ciclo de ajuste, caso necessário, porém avalia esse como um “cenário menos provável”.

Em nossa avaliação, embora a desancoragem das expectativas e a incerteza maior que a usual da conjuntura limitem o espaço para comunicações mais acomodatícias, seguimos projetando início do ciclo de corte de juros em setembro e a taxa Selic encerrando o ano em 12,25%, a depender da evolução dos dados.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Processo de desinflação segue em curso, ainda que IPCA-15 tenha mostrado alguma resiliência dos núcleos

O IPCA-15 avançou 0,57% em abril, desacelerando em relação a alta de 0,70% do mês anterior e acumulando 4,20% no acumulado em doze meses.

O destaque positivo dessa leitura foi o alívio da inflação de alimentos, em função das quedas de preços de carnes e produtos in natura.

Para o ano, projetamos alta de 2% dos preços de alimentação no domicílio, com viés de baixa.

Por outro lado, a surpresa altista em itens que compõem o núcleo traz alguma cautela com o processo de desinflação, sobretudo no setor de serviços.

Os preços de serviços ganharam força neste mês, inclusive nas medidas subjacentes, revertendo o sinal de março.

Os bens industriais, da mesma forma, cederam menos do que o esperado, com maior pressão em artigos de residência e automóveis.

Ao mesmo tempo, a dinâmica de preços no atacado segue com dinâmica benigna, contratando algum alívio à frente.

O IGP-M, conhecido nesta manhã, registrou queda de 0,95% em abril, abaixo do esperado (-0,74%), com deflação de produtos agrícolas e industriais.

Em resumo, o IPCA-15 de abril mostrou certa deterioração da inflação subjacente na margem, com persistência da inflação de serviços e alguns bens, enquanto o IGP-M sugere uma dinâmica positiva para a inflação de alimentos e bens industriais ao longo dos próximos meses.

Estimamos que o IPCA irá desacelerar até junho, voltando a subir e encerrando o ano ao redor de 6,2%.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Governo Federal oficializou proposta para novo marco fiscal

Foi apresentada ontem ao Congresso Nacional a proposta completa para o novo arcabouço fiscal, que irá substituir o Teto de Gastos.

Em linhas gerais, os mecanismos previstos para estabilização da dívida são os mesmos apresentados pelo Ministério da Fazenda há algumas semanas: regra para despesa, atrelada ao crescimento da receita líquida, com bandas de resultado primário.

Contudo, a proposta final excluiu a possibilidade de punição por não cumprimento da regra.

O texto tramitará como projeto de lei complementar, que requer maioria absoluta de votos para aprovação (257 votos na Câmara e 41 no Senado).

Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira, o relator da
matéria será anunciado nesta quarta-feira, no início da tarde.

Ainda não há data definida para votação em plenário, mas a expectativa inicial é que ocorra na primeira quinzena de maio.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Conab reforçou expectativa de safra recorde de grãos no Brasil neste ano

Divulgada ontem, a 7ª estimativa para a safra 2022-23 continuou prevendo um forte incremento na produção brasileira de grãos, que pode registrar novo recorde no período, atingindo 312,5 milhões de toneladas.

Essa estimativa incorpora um aumento de 0,9% em relação ao levantamento anterior e de 14,7% na comparação com a safra 2021-22. Com esse desempenho, esperamos que o setor agrícola contribua de maneira significativa para o crescimento do PIB brasileiro deste ano, em especial no primeiro trimestre, com efeitos ainda sobre a desinflação de alimentos.

Além disso, o setor externo também está sendo beneficiado com o aumento das exportações de grãos – começamos a ver tais efeitos nos dados preliminares da balança comercialde abril, mês de pico da sazonalidade dos embarques de soja.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Varejo continua apresentando resiliência

As vendas do varejo avançaram 0,2% em janeiro ante dezembro, conforme divulgado ontem pelo IBGE.

No conceito restrito, que exclui o setor automotivo e de materiais de construção, a alta foi de 3,8%, com destaque para os hipermercados.

Ainda que as vendas de veículos tenham recuado na margem, os dados da Fenabrave apontam para uma recuperação nos meses seguintes.

Por fim, chamou a atenção o avanço de 2,9% das vendas de materiais de construção, a despeito dos efeitos contracionistas da política monetária sobre os investimentos neste setor.

Em nossa leitura, esses dados reforçam a avaliação de que o consumo das famílias continuará dando sustentação para o crescimento do PIB neste ano, especialmente diante do ganho real de rendimentos, contrabalanceando os efeitos contracionistas da política monetária.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Produção de veículos ganhou força em março

A despeito de paralisações reportadas no setor, os dados divulgados ontem pela Anfavea mostraram uma recuperação da produção e das vendas de automóveis.

A produção avançou 13,2% entre fevereiro e março, a segunda alta consecutiva nessa métrica, impulsionada tanto pela fabricação de veículos leves como de pesados.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o resultado representa uma alta de 20%. Com isso, o setor voltou para cima dos 200 mil veículos produzidos por mês, mas ainda segue abaixo dos níveis observados no quarto trimestre de 2022.

A despeito dos sinais mais benignos no curto prazo, o cenário para a demanda do setor segue desafiador, em meio à política monetária ainda em campo restritivo e inflação elevada.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Ministério da Fazenda divulgou ontem as diretrizes do novo marco fiscal

O arcabouço combina uma regra para despesa, atrelada ao crescimento da receita líquida, com bandas de resultado primário.

Em nossa avaliação, a regra impõe limites para a despesa mais rígidos do que o esperado em nosso cenário base, levando a uma queda do gasto em relação ao PIB no médio prazo.

Se cumprido, portanto, o arcabouço pode levar a uma consolidação fiscal um pouco mais rápida do que projetávamos.

Ainda que a regra de primário presente no arcabouço evidencie que a busca por receitas será parte da consolidação fiscal, a regra de despesa apresentada sugere que também haverá algum controle do gasto.

O desafio será acomodar um volume grande de despesas contratado para os próximos anos, sobretudo diante da volta dos limites constitucionais de saúde e educação, do novo piso para investimentos e da política de reajuste do salário mínimo.

A divulgação do texto oficial nas próximas semanas será importante, sobretudo para avaliar os mecanismos de fiscalização do cumprimento das regras apresentadas.

Fonte: Bradesco-DEPEC

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Comunicação do Banco Central segue indicando pouco espaço para corte de juros.

Em decisão anunciada ontem, o Copom manteve inalterada a taxa Selic em 13,75% ao ano, conforme o esperado.

Na atualização do balanço de riscos, o colegiado reconheceu os riscos baixistas para a inflação vindos do sistema financeiro internacional e da desaceleração das concessões de crédito no mercado doméstico que se configuraram desde a última decisão, no início de fevereiro.

Contudo, o comitê enfatizou suas preocupações com a deterioração adicional das expectativas de inflação, que já não se situam mais em torno da meta de 3%, inclusive em horizontes mais longos.

Em seu cenário de referência, as projeções para a inflação se elevaram de 5,6% para 5,8% em 2023 e de 3,4% para 3,6% em 2024.

Assim, o comitê reiterou que irá perseguir a consolidação do processo de desinflação e de ancoragem das expectativas, retomando, inclusive, o ciclo de ajuste, caso necessário.

Em nossa leitura, o comunicado da decisão é compatível com nossa expectativa de início do ciclo de corte de juros no segundo semestre, com a Selic encerrando o ano em 12,25% ao ano.

Fonte: Bradesco-DEPEC