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EXPECTATIVAS AUMENTAM EM RELAÇÃO AO MERCADO DE TRABALHO E EMPRESARIAL

CRIAÇÃO LÍQUIDA DE 47 MIL VAGAS FORMAIS EM JULHO SURPREENDEU POSITIVAMENTE, MAS REFORÇOU CENÁRIO DE MELHORA BASTANTE LENTA DO MERCADO DE TRABALHO.

 

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, registraram criação líquida de 47.319 vagas formais de trabalho em julho. Esse resultado surpreendeu positivamente as expectativas do mercado (criação de 25 mil vagas) e a nossa (estabilidade no saldo líquido). Descontados os efeitos sazonais, segundo nossas estimativas, foram criados 7,9 mil postos na passagem de junho para julho, acelerando em relação ao saldo negativo de aproximadamente 20,0 mil vagas no mês anterior. O número de admitidos avançou 5,7% na margem, enquanto o de desligados cresceu 3,2%. No sentido oposto, o salário médio dos admitidos mais que devolveu a alta observada em junho e recuou na margem, mantendo-se em um patamar baixo. Dessa forma, o resultado de julho é compatível com um quadro de melhora do mercado de trabalho, ainda que de forma bastante lenta, e continua sugerindo ausência de pressões inflacionárias advindas dos salários. Para os próximos meses, avaliamos que a tendência de recuperação se manterá de forma gradual e volátil.

 

 

SONDAGEM INDUSTRIAL CNI APONTOU AVANÇO NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL EM JULHO, BEM COMO MELHORA NAS EXPECTATIVAS EMPRESARIAIS.

 

A Sondagem da Indústria, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou avanço de 1,4 ponto do indicador de produção na passagem de junho para julho, alcançando os 52,2 pontos, patamar acima do nível neutro, de 50 pontos. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o índice avançou 1,7 ponto. Já a utilização da capacidade instalada (UCI) aumentou 0,4 ponto percentual na margem, atingindo 50,8%, nível ligeiramente abaixo do registrado em julho de 2017. Os estoques, por sua vez, ficaram acima do nível neutro, indicando pequeno acúmulo de inventários. No que tange às percepções empresariais em agosto, a Sondagem captou melhora na margem em todos os indicadores, com exceção do de quantidade exportada. A melhora na confiança neste mês, capturada pela CNI, reforça a tendência de retomada da produção industrial nos próximos meses e indica, ainda que de forma bastante gradual, a recuperação da atividade econômica. Essa melhora deve ser lida com cautela, pois não foi corroborada pelo indicador de confiança capturado pela FGV, que registrou recuo neste mês. O conjunto dos indicadores, contudo, continua sugerindo que a produção industrial, apurada pelo IBGE, registrou recuou no mês passado, após a forte elevação de junho.