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Copom cortou Selic para 5,5% e, ao revisar as projeções de inflação para baixo, sinalizou novas quedas adiante

A decisão de ontem foi unânime entre os participantes e veio em linha com o esperado. Considerando a postura acomodatícia nas principais economias do mundo, o comunicado descreveu o cenário global como favorável aos emergentes, embora tenha reconhecido os riscos de desaceleração mais intensa.

Em relação ao ambiente doméstico, indicou baixas preocupações com a inflação, removendo a percepção de assimetria de riscos altistas, e revisou para baixo as projeções para o IPCA. Em seu modelo, com taxa de câmbio em R$/US$ 4,05 e Selic em 5,0%, a inflação fica abaixo do centro da meta neste e no próximo ano, abrindo espaço para novos cortes de juros.

Quanto à atividade, o BC segue avaliando a recuperação em ritmo gradual, sem mencionar as recentes surpresas positivas com indicadores. Ao nosso ver, a comunicação reitera nossa expectativa de que a Selic chegará a 4,75% no final deste ano, reconhecendo a possibilidade de que a taxa possa chegar abaixo desse nível ao final do ciclo.