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“Ele apreciava o mobiliário escandinavo
e isso fica claro na sua obra, que tem uma
comunicação efetiva direta com o usuário.
Sergio acrescentou uma brasilidade ao
desenho que apreciava e sempre foi muito
fiel ao que acreditava, independente de
modismos”, declara Mendes.
“Trabalhei anos com ele e depois ele abriu a
Sergio Rodrigues Equipamentos de Interior
e me convidou para ser sócia. Foi um grande
desafio”, lembra Joice Joppert, da Objeto
Brasil. “Além de trabalhar juntos e aprender
muito com ele e sua experiência de vida,
ficamos muito amigos”, diz ela, saudosa. “Ele
sempre foi muito brincalhão, amigo, solidário.
E sempre teve um espírito muito lúdico, de
criança. Essa liberdade é muito importante,
essa despreocupação é que sempre resulta os
limites da criatividade. O legado que ele nos
deixa é a alegria de viver e criar”, conclui.
A saga que lhe coube viver não foi só a
sua, mas a do seu país e da atividade a qual
se dedicou. Soube vencer as dificuldades
com persistência, capacidade de trabalho,
obstinação, energia e com seu ilimitado
talento. Sergio Rodrigues foi um desbravador,
não só do design no Brasil, mas também do
design do Brasil. Um designer que acreditou
nos valores próprios do país e que busca ser
expressão, na forma, desses valores.
Legado
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