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Mas o desenho retrô se espalhou por toda a casa: não só os
aparatos que compõem a cozinha, mas para a decoração em
geral. Ele surge como um suporte para os novos produtos, que
inovam, sim, em tecnologia e na utilização das matérias primas
mais modernas e eficazes. “Percebo que existem ligações
com conceitos, formas, elementos e cores que remetem ao
passado, mas com muito mais tecnologia e com acabamento
diferenciado, esmerado. Isso é o que chamamos de transitar
pelas diferenças”, diz Rufca, lembrando que as referências
ao passado podem funcionar de maneiras diferentes com
determinados clientes, devido às memórias de cada um.
As cores, por exemplo, podem levar um utensílio com
desenho super moderno a ganhar ares retrô. “Em alguns
contextos, as cores podem trazer essa memória de
antigamente, estando relacionadas a um período passado”. É
o que acontece com as matizes mais sólidas, principalmente
os tons de vermelho, amarelo, branco e preto, e até os
acabamentos em aço inox. Já os tons pastel e o metálico
sugerem modernidade e vaguardismo, e criam uma interação
nos artigos com desenho mais vintage.
“O design não é eterno, também é passa por fases. Mas não dá
pra mensurar quanto tempo essa tendência irá durar”, afirma
o especialista, assegurando, entretanto, que quanto mais itens
tiverem a mesma proposta estética, mas tempo a “onda”
demora para passar. “Quando vemos que outros produtos
que compõem o ambiente doméstico seguem a mesma linha
– como mobiliário, aparelhos de som, TV´s, etc – podemos
afirmar que a tendência vai ficar”, pondera.
Da cozinha para os outros ambientes
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