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Foi-se o tempo em que os artigos de cozinha serviam, apenas,
para auxiliar as donas de casa a prepararem as refeições com
mais rapidez. Hoje, eles fazem as vezes de utensílios, objetos
de decoração e, de quebra, resgatam as melhores memórias
de épocas remotas, como a infância. Cada vez mais empresas
lançam itens com assinatura de designers famosos e aderem
ao “Design Retrô”. O objetivo, é claro, é criar um diferencial
e aumentar a competitividade da marca. Mas o resultado é
muito mais amplo: um gostinho de felicidade.
“A essência do design é trabalhar a qualidade visual e
interação do usuário com o produto. Por trás da estética,
existe uma série de características que fundamentam
determinado desenho”, esclarece Coordenador do curso de
Design de Produto do Centro Universitário Belas Artes de
São Paulo, Sidney Rufca. Ele pontua que as indústrias de
utensílios e eletrodomésticos e eletrônicos passaram a investir
em design quando as tecnologias, matérias primas e, até
mesmo o preço, começaram a ficar muito equiparados.
A estratégia é se diferenciar pelo desenho. “Ter um ‘algo mais’
torna a relação do usuário com o acessório mais agradável – e
menos mecânica. Assim, os produtos são emocionalmente
mais atrativos e não se assemelham a uma mera ferramenta que
auxilia a realização de uma tarefa”, avalia.
Muitos designers famosos contribuíram para a revolução
estética dos artigos domésticos: dos Irmãos Humberto
e Fernando Campana – que assinam um saca-rolhas
desenvolvido pela Tramontina – ao tarimbado Marcelo
Rosenbaum (que cria desde móveis até itens de decoração),
muitos profissionais acrescentaram funcionalidade e
ergonomia aos utensílios usados por donas e donos de casa
em momentos de dedicação ao lar. Assim, surgiram produtos
mais leves e bonitos.
COMO O DESIGN AJUDA A MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA
E A RESGATAR AS BOAS MEMÓRIAS DO PASSADO
Redesign
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