Veículos populares lideram vendas no País

Quase todos os segmentos de veículos cresceram em 2009, mas foram os modelos populares de automóveis, caminhões e tratores que lideraram as vendas, justamente os que tiveram maiores incentivos governamentais.

Nos três casos que envolvem veículos mais baratos em cada categoria, os negócios superaram os resultados totais de mercado.

A tendência deve ser mantida neste ano, avaliam representantes da indústria.

O desempenho também corrobora análises de que muitos consumidores tiveram acesso ao primeiro veículo justamente com a aquisição de modelos que as montadoras chamam “de entrada”, ou seja, os mais baratos de cada categoria.

A venda total de automóveis aumentou 12,8% em 2009 na comparação com 2008, mas o segmento de modelos com motor 1.0 registrou crescimento de 17,4%.

O consumo de carros com motor acima de 1.0 até 2.0 cresceu 8,4% e os mais potentes, acima de 2.0, avançou 1,2%.

Na área de caminhões, a categoria dos leves cresceu 9,7%, enquanto a de médios caiu 6,4%, a de semipesados, 9,7%, e a de pesados, 20%.

No total das vendas, o segmento amargou queda de 10,2%.

A faixa de semileves, composta basicamente por vans de grande porte, caiu 26%.

O segmento de máquinas agrícolas cresceu 1,5%, resultado só atingido porque os tratores de pequeno porte, com até 75 cavalos de potência, apresentaram incremento de 23,5% nas vendas.

Com isso, os negócios com tratores em geral aumentaram 4,7%.

Os tratores de esteira caíram 14,2%, os cultivadores 5%, colheitadeiras, 14,4% e retroescavadeiras, 8,6%.

“O principal fator que impulsionou as vendas dos carros com motorização 1.0 foi a redução de preço proporcionada pela concessão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) zero por parte do governo para esse segmento, que vigorou até setembro”, diz Fabricio Biondo, gerente-executivo de Planejamento de Marketing da Volkswagen do Brasil.

Em novembro, a alíquota do imposto foi ampliada para 1,5% e em novembro para 3% e permanecerá nesse nível até março.

Em abril, se não houver nova prorrogação de corte, voltará aos 7% previstos na legislação tributária.