O conhecido jeitão dos magazines, no qual o cliente costuma se virar sozinho em meio às arara, está ficando para trás na C&A. Agora, os produtos são encontrados com mais facilidade não só pela nova lógica de disposição como também pela assessoria personalizada prestada por funcionários. Como nas butiques, os vendedores vão se encarregar de buscar o que o cliente precisa, além de sugerir opções. Com isso, um dos símbolos destes magazines, o controle nos provadores, tende a desaparecer na C&A.
Pelo sistema atual, o cliente mostra a um atendente todas as roupas que deseja provar. O funcionário, por sua vez, entrega uma placa com o número de peças que ficarão sob a responsabilidade do consumidor. Na saída, o funcionário confere se o cliente retornou com todas as peças. Na unidade da C&A do Shopping Center Norte, na capital paulista, os provadores agora estão liberados da fiscalização. E, se durante uma das provas, a cliente precisar de ajuda, é só apertar a campainha ao lado do espelho para que uma consultora de moda treinada pela C&A venha ao seu encontro. Na saída, um pequeno lounge foi montado para que qualquer acompanhante da cliente possa esperar com mais conforto.
“Ser bem tratado é um valor forte para o consumidor. E quando o varejista faz isso para a baixa renda o resultado é enorme”, diz Nuno Fouto, coordenador do Programa de Administração de Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (FIA). Mas as mudanças não param por aí. Agora é como se a C&A tivesse uma loja de sapatos dentro de cada uma das suas unidades. Neste espaço, uma atendente ajudará as consumidoras na busca do modelo e número certos. Sentada no pufe, tendo a sua volta prateleiras de sapatos e acessórios, a cliente tem a sensação de estar em butique especializada.
“Lojas como a C&A oferecem muitas opções de produtos. Para agregar valor, a varejista está procurando reduzir a dificuldade que o consumidor tem na hora de fazer uma escolha em meio a tantas opções”, diz Fouto.

