A equipe de análise do HSBC está otimista com o setor de varejo do Brasil. Os analistas Francisco Chevez, Manisha Chaudhry e Alexandre Gartner, destacam como catalisadores o aumento do consumo dos brasileiros, impulsionado pelos melhores salários e taxas de emprego, além das facilidades de crédito.
“Os excelentes resultados do primeiro trimestre indicam números ainda melhores à frente, em nossa opinião. Acreditamos que a indústria de vestuário está entrando em uma fase de expansão acelerada da área de vendas, para se equiparar à demanda crescente. Os balanços saudáveis devem permitir que os ambiciosos planos de investimentos se concretizem”, falam.
Para o HSBC, as empresas que mais devem se beneficiar deste bom momento são a Marisa (AMAR3) e a Hering (HGTX3), ambos com a recomendação de overweight (acima da média de mercado). “Continuamos otimistas a respeito da Marisa e ela continua sendo um de nossos dois nomes favoritos nesse segmento. Seu lançamento de dois novos formatos lhe dá a vantagem de sair na frente no segmento de vestuário no Brasil”, comenta a equipe de research.
Para eles, a empresa deve ter um crescimento de 50% em seu Ebitda (geração de caixa), assim como em seu lucro por ação este ano. O preço-alvo para AMAR3 também aumentou de R$ 24 para R$ 26, com potencial de valorização de 29% ante o último fechamento (R$ 20,10).
Já no caso da Hering, Chevez, Chaudhry e Gartner avaliam que a companhia é a segunda em preferência, com a continuidade de penetração da marca e expansão de seu modelo de franquia. “Classificamos as ações como overweight e elevamos nosso preço-alvo de R$ 50 para R$ 58”, falam.
O time de análise do HSBC também mostra boa expectativa para os papéis da Lojas Renner (LREN3), devido ao provável lançamento de 80 a 100 novas lojas da companhia nos próximos cinco anos. Apesar de manter a recomendação em “neutra’, eles aumentaram o preço-alvo para os papéis de R$ 50 para R$ 54. “Porém, encontramos oportunidades de crescimento e avaliação mais atrativas em outros nomes”, adicionam.
Por fim, em sua avaliação sobre a Guararapes Confecções (GUAR3), os analistas do banco veem a empresa cada vez mais competitiva, mas com baixa liquidez por causa das duas classes de ativos e, portanto, limitada em termos de alternativa de investimento. “Classificamos as ações dela como neutras com preço-alvo de R$ 76”, falam.