Lupi defende juros baixo para crescimento do emprego

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu nesta quinta-feira (18/02) taxas de juros mais baixas para estimular o setor produtivo e a geração de empregos no País.

Ao divulgar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ele descartou risco “de bolha inflacionária” e avaliou que não há motivos para aumento dos juros.

“Cada vez que se aumenta a taxa de juros, há impacto sobre o capital produtivo, quem quer investir.

Só favorece quem especula com o dinheiro.

Por isso, sou o maior defensor das mais baixas taxas de juros para alimentar o crescimento da economia”, afirmou Lupi, no Rio de Janeiro.

Embora alguns produtos apresentem variação de preços, como material escolar, em fevereiro, o ministro disse que não há risco de pressão inflacionária.

“O País está produzindo bem”, afirmou citando o desempenho do setor industrial em janeiro.

O consumo interno e a retomada das exportações, segundo o ministro, são sinais claros de recuperação depois da crise financeira mundial e favorecem a indústria, que registrou recorde em janeiro, com a criação de 68.920 vagas.

O setor industrial puxou a alta do emprego no mês, que bateu recorde histórico com a geração de 181 mil postos no primeiro mês do ano.

Para Lupi, o resultado também deve ser positivo em fevereiro, refletindo o desempenho do setor de serviços e a movimentação em hotéis e restaurantes por causa das férias e do carnaval.

“Ainda não tenho os dados, mas os indicativos são todos muito positivos”, disse o ministro.

Durante a divulgação do Caged, o ministro voltou a estimar a geração de 2 milhões de empregos até o final do ano – a estimativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é de geração de cerca de 1,6 milhão de vagas – e previu que a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve ficar em 7,4% no ano, contra o índice de 8,1% registrado em 2009.