Inflação nas capitais é segunda menor em 2010

A inflação medida pelo IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) da Fundação Getúlio Vargas, recuou para 0,68% na terceira quadrissemana de fevereiro, segundo dados divulgados pela instituição nesta segunda-feira (01/03). O período contabiliza as quatro semanas imediatamente anteriores. Este foi o menor resultado, desde a primeira quadrissemana de janeiro de 2010, quando o índice registrou variação de 0,51%. Na semana anterior, o indicador havia marcado 0,84%.

O acompanhamento de preços da FGV segue sete grupos, e seis deles tiveram inflação menor do que no período anterior. Os grupos que tiveram maior destaque foram transportes (2,46% para 1,74%) e educação, leitura e recreação (0,66% para -0,02%). As principais contribuições para os recuos partiram dos itens tarifa de ônibus urbano (4,55% para 2,50%) e cursos formais (1,49% para 0,12%), nesta ordem.

Isso mostra que a economia já absorveu os reajustes das mensalidades escolares e das tarifas de transporte público, que tradicionalmente acontecem em janeiro. Em São Paulo, por exemplo, a influência das tarifas de ônibus no indicador se explica porque, no final de 2009, o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, anunciou o aumento de quase 17% na passagem urbana, de R$ 2,30 para R$ 2,70.

Os grupos alimentação (1,22% para 1,16%), vestuário (-0,44% para -0,62%), saúde e cuidados pessoais (0,45% para 0,43%) e despesas diversas (0,46% para 0,37%) também contribuíram para o recuo da taxa do IPC-S. Os destaques em cada uma destas classes de despesa foram: frutas (2,12% para 1 %), roupas (-0,81% para -1,28%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,49% para 0,40%) e alimento para animais domésticos (1 % para 0,30%). Mas morar continua sendo cada vez mais caro. O grupo habitação sentiu os preços subirem de 0,28% para 0,33%, e foi a única classe de despesa a registrar acréscimo em sua taxa de variação. Contribuíram para este movimento os itens condomínio residencial (0,48% para 0,62%) e empregados domésticos (1,77% para 2,11%). Habitação e saúde ficaram mais caros da primeira para a segunda semana de fevereiro na capital paulista