GGP rechaça proposta de US$ 10 bilhões feita pelo grupo Simon

A General Growth Properties (GGP), segunda maior empresa de shopping centers dos Estados Unidos e sócia do grupo Alliansce no Brasil, disse ter recusado a proposta de US$ 10 bilhões feita pela Simon Property (maior do país no setor).

A proposta oferecia US$ 7 bilhões para os credores da GGP e US$ 3 bilhões aos acionistas, em uma transação que aumentaria brutalmente o nível de concentração no mercado de shoppings nos Estados Unidos.

A oferta foi feita pela Simon uma semana antes de uma audiência na qual a GGP deverá pedir mais tempo para apresentar seu plano de saída da concordata na qual se encontra desde abril do ano passado, depois de acumular dívidas bilionárias com a crise financeira global.

A GGP cresceu de forma acelerada nos últimos anos, comprando concorrentes menores, e para financiar sua expansão assumiu dívidas de curto prazo, que foram sendo roladas e usadas para continuar a financiar o crescimento.

A ciranda financeira acabou com o crash do mercado financeiro em setembro de 2008, que cortou o crédito disponível e deixou a GGP com dívidas bilionárias.

Na avaliação do mercado americano, a oferta da Simon foi o primeiro passo.

O grupo Brookfield, que tem adquirido ativos podres da GGP, também demonstrou interesse em assumir o controle da companhia, enquanto a Pershing Square Capital, maior acionista da GGP (25% de participação), diz que a empresa vale muito mais do que foi oferecido.

Se a Simon adquirir a GGP, passará a controlar cerca de 30% dos shopping centers americanos, segundo o Bank of America Merrill Lynch, mas assumirá cerca de US$ 21 bilhões em dívidas.

A empresa veio, ao longo do último ano, guardando reservas para aquisições.

A Simon diz que fará a aquisição com recursos próprios e créditos já existentes.

Qualquer transação, porém, depende de aprovação da Corte de Concordatas dos Estados Unidos.