Com a previsão de ficar pronto até o começo de um dos maiores eventos esportivos do mundo, as Olimpíadas de 2016, no Brasil, o trem de alta velocidade (TAV), que ligará a cidade de São Paulo, e a cidade de Campinas, no interior paulista, ao Rio de Janeiro, terá o edital divulgado no dia 2 de março.
O leilão deverá acontecer dois meses depois, dia 2 de maio, conforme afirmou a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, ontem (04/02), durante evento para falar do balanço dos três anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A ministra também comentou o interesse de empresas de diversos países asiáticos, como China e Coreia do Sul: “O desenvolvimento de um trem de alta velocidade representa um desafio de engenharia, e há casos em que a construção se deu em tempo menor, como na China, na Coreia.
Os asiáticos têm prática de fazer em tempo menor”, comentou.
Dilma reafirmou que a obra do trem veloz não deve ser concluída a tempo para os jogos da Copa do Mundo de 2014 que serão realizados no País, mas acredita que, dependendo de quem ganhar a disputa, em 2015 estará tudo pronto.
“Para as Olimpíadas de 2016, temos certeza.
Na Copa pode ser que tenhamos só trechos, não o trem inteiro”, disse ela.
A transferência de tecnologia da empresa que ganhar a licitação será um dos critérios de escolha do consórcio.
Para absorvê-la, o governo estuda criar a Empresa de Pesquisas Ferroviárias (EPF), com a proposta de ser a responsável por gerir e coordenar o processo de transferência de tecnologia.
O edital da licitação do TAV, que foi publicado em dezembro do ano passado, prevê um prazo de cinco anos para que a empresa vencedora do projeto de R$ 34,6 bilhões conclua as obras.
O superintendente executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Hélio Mauro França, afirmou recentemente ao DCI que os estudos realizados para a implementação do TAV comprovaram que o empreendimento tem sustentabilidade financeira e é economicamente viável, tornando desnecessário o aporte de mais recursos do governo além dos R$ 34,6 bilhões estimados.
Deste total, 60% serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A previsão é de que o trem comece a operar com capacidade de transportar 32,6 milhões de passageiros por ano, capacidade esta que deve subir para 46,1 milhões de passageiros até 2024.