Com chuvas em São Paulo, varejo paulistano muda projeções de desempenho, diz Alshop

Há mais de um mês sofrendo com as chuvas, o varejo de São Paulo teve suas perspectivas de crescimento no fluxo de vendas alteradas. Alguns segmentos do comércio têm apresentado desempenhos positivos, apesar de abaixo da média esperada, como é o caso das redes de fast-food, registrando um avanço de aproximadamente 10%, ao contrário da previsão inicial de 18% mantida por seus representantes em período anterior aos transtornos causados pelas enchentes.

Situação distinta ocorre nos demais nichos varejistas, como o setor calçadista, de moda, entre outros, que viram suas expectativas de incremento abaladas. Mesmo aqueles lojistas que atuam no interior de shoppings, a princípio beneficiados por um fluxo maior de consumidores que escolhem os centros de compras para protegerem-se do mau tempo, não obtiveram retornos extremamente positivos na evolução de vendas de seus produtos.

A partir de coleta de informações feita pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) junto aos seus associados, os ramos calçadistas e de moda viram suas previsões de vendas para o mês de janeiro ficarem 30% abaixo da meta estipulada no meio do mês. Ainda segundo pesquisa da entidade, outros segmentos como o de perfumaria e óculos também tiveram seu volume de vendas cerca de 40%, abaixo do projetado para janeiro.

Para o presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyoun, é necessário que os lojistas tenham calma na hora de projetar suas expectativas, pois há uma tendência do índice de chuvas diminuir com a proximidade do fim do verão, e assim espera-se uma amortização no abalo das vendas, fazendo o varejo se recuperar rapidamente.