Casas Bahia e Pão de Açúcar terão de manter estruturas de crédito ao consumidor

SÃO PAULO – O Grupo Pão de Açúcar, que inclui as redes Extra e Ponto Frio, e as Casas Bahia deverão manter as atuais políticas de concessão de crédito ao consumidor, segundo determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

O Conselho reuniu-se nesta quarta-feira (03/02) e aprovou os termos do Apro (Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação) entre as duas empresas.

Outras determinações

Além das estruturas de crédito, a entidade determinou que as duas companhias mantenham em funcionamento todos os estabelecimentos nos municípios onde existam simultaneamente ao menos uma das lojas de cada empresa, assim como os centros de distribuição.

As marcas e outros direitos de propriedade intelectual a elas relacionados, a personalidade jurídica e os investimentos em propaganda e marketing devem ficar separados e em patamares compatíveis com exercícios anteriores.

As determinações valem até que o Conselho julgue o Ato de Concentração entre as duas empresas, sendo que as companhias deverão enviar relatórios bimestrais ao Cade, para que seja acompanhada a evolução do cumprimento das regras.

O primeiro relatório deverá ser entregue em 15 de maio.

Compra

A aquisição das Casas Bahia pelo Grupo Pão de Açúcar foi anunciada no início de dezembro do ano passado e ocorreu por meio da Globex, controlada do Pão de Açúcar.

Na ocasião, explicou-se que num primeiro momento, o Pão de Açúcar transferiria para a Globex todos os estabelecimentos de varejo de bens duráveis (Lojas Extra-Eletro), operação que movimentaria R$ 120 milhões.

Após isso, as Casas Bahia constituiria uma nova sociedade denominada Nova Casa Bahia, com a transferência de toda estrutura operacional, além da incorporação de dívidas de R$ 950 milhões e uma parcela da carteira de crédito de R$ 1,06 bilhão.