Categorias
Notícias

Monitor da FGV aponta crescimento de 2,9% do PIB em 2022

Conforme divulgado ontem, o resultado foi influenciado principalmente pelo forte avanço do consumo das famílias (+4,0%), especialmente no setor de serviços, refletindo a plena reabertura da economia ao longo do ano.

A formação bruta de capital fixo (FBCF), por sua vez, registrou expansão de 1,1%, a despeito do desempenho negativo do segmento de máquinas e equipamentos.

Nas rubricas de setor externo, as exportações e importações registraram crescimentos de 6% e 0,9%, respectivamente.

Em linhas gerais, esses resultados são compatíveis com nossa estimativa de crescimento de 3,0% do PIB no ano passado. Para 2023, esperamos expansão de 1,5%, refletindo o juro real ainda em patamar elevado.

Fonte: Bradesco – DEPEC

Categorias
Notícias

Ata do Copom reforçou atenção à desancoragem das expectativas

No documento divulgado nesta manhã, o BC reforçou as mensagens contidas no comunicado da última reunião, com atenção especial às causas da desancoragem das expectativas no Focus.

O comitê reforçou o compromisso em conduzir a política monetária para atingir as metas estipuladas pelo CMN.

Em relação aos estímulos fiscais, o BC enfatizou que seus impactos dependem do estágio do ciclo econômico e, ainda, podem ser atenuados pela execução do pacote de ajuste anunciado pelo Ministério da Fazenda.

Em relação à conjuntura econômica, o comitê chamou atenção para a desaceleração da atividade econômica, que, em sua avaliação, deve se intensificar nos próximos trimestres.

Em nossa avaliação, embora o tom de maior preocupação com a ancoragem das expectativas, a comunicação segue compatível com nosso cenário de Selic permanecendo no atual patamar pela maior parte do ano, com redução gradual para 12,25% até o final de 2023, que incorpora também um contexto de desaceleração da atividade econômica e da inflação.

A consolidação desse cenário, no entanto, dependerá dos debates estruturais em curso, principalmente das sinalizações sobre o novo arcabouço fiscal e a sobre a meta de inflação.

Fonte: Bradesco- DEPEC

Categorias
Notícias

Copom subiu o tom para desancoragem das expectativas, indicando que deverá manter a taxa de juros em patamar elevado por um longo período

O Banco Central optou em manter inalterada a taxa Selic em 13,75% a.a., conforme comunicado divulgado ontem à noite.

Na atualização de conjuntura, cabe destacar a avaliação mais positiva do colegiado para o ambiente externo, influenciada pela reabertura da economia chinesa e pelos sinais de resiliência da atividade global, a despeito do ciclo de aperto monetário e dos ainda elevados índices de inflação.

Em seu cenário de referência, que considera a trajetória de Selic extraída do Focus e a taxa de câmbio partindo de R$/US$ 5,15, as projeções do Copom para a inflação de 2023 e de 2024 encontram-se em torno de 5,6% e 3,4%, respectivamente.

A principal inovação desta última comunicação foi o sinal de alerta que o BC trouxe para as incertezas fiscais e para o desvio das projeções de inflação em relação às metas para horizontes mais longos.

O comitê avaliou que essa conjuntura eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas do CMN e reafirmou que conduzirá a política monetária que for necessária para o seu cumprimento.

Em uma simulação com a Selic estável em 13,75% durante todo o horizonte de projeção, o IPCA fica apenas marginalmente abaixo do centro da meta em 2024.

Em nossa avaliação, embora o tom seja inequivocamente de maior preocupação com a ancoragem das expectativas de inflação, a comunicação segue compatível com nosso cenário de Selic permanecendo no atual patamar pela maior parte do ano, com redução gradual para 12,25% até o final de 2023, que incorpora também um contexto de desaceleração da atividade econômica e da inflação.

A consolidação desse cenário, no entanto, dependerá dos debates estruturais em curso, principalmente das sinalizações sobre o novo arcabouço fiscal e a sobre a meta de inflação.

 

Categorias
Notícias

Ritmo de contratação formal perdeu força no quarto trimestre, refletindo a desaceleração da atividade econômica

Em dezembro, houve demissão líquida de 431 mil empregados com carteira assinada no Brasil.

O mês é tipicamente de fechamento líquido de postos de trabalho, refletindo, em grande medida, o encerramento dos contratos temporários criados para atender à demanda das festas de fim de ano.

Descontando esses efeitos sazonais, as demissões líquidas caem para 32 mil, segundo nossas estimativas, com destaque para a desaceleração da geração de empregos no comércio e no setor de serviços.

Em 2022 como um todo, foram criadas liquidamente cerca de 2 milhões de vagas, após o quarto trimestre fechar com saldo negativo de 136 mil vagas. Para este ano, o ritmo de contratação deve permanecer abaixo dos níveis observados entre 2020 e 2022, mas ainda em território positivo. Projetamos criação líquida de 500 mil empregos em 2023.

Fonte: Bradesco-DEPEC

Categorias
Economia Notícias

Crédito desempenhou papel fundamental na expansão da atividade econômica em 2022

As operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional encerraram o ano passado com saldo de R$ 5,3 trilhões, um crescimento de 14% ante 2021.

A principal contribuição positiva para o resultado veio das operações às pessoas físicas, que deram suporte ao consumo das famílias ao longo do ano. Para 2023, esperamos crescimento de 9% da carteira de crédito SFN, com maior participação relativa das pessoas jurídicas.

Fonte: Bradesco – DEPEC

Categorias
Economia Notícias

Ata do Copom reforçou mensagens contidas no comunicado

Segundo o comitê, a inflação corrente não apresentou surpresas relevantes e não alterou as suas percepções de dinâmica futura, reforçando que seguirá atento à trajetória corrente e esperada da inflação.

Em relação à atividade econômica, os dados recentes confirmaram as expectativas do BC de desaceleração do ritmo de crescimento. O copom avaliou ainda os impactos de diferentes cenários fiscais sobre a inflação, destacando os efeitos sobre a demanda agregada, preços de ativos, grau de incerteza na economia, expectativas de inflação e taxa neutra de juros.

Repetiu que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste de juros caso o cenário de desinflação e ancoragem de expectativas não se confirme. Em nossa avaliação, a ata reitera que o cenário base do comitê ainda não possibilita a reversão do patamar restritivo da política monetária dentro dos próximos meses.

Fonte: Bradesco-DEDPEC

Categorias
Economia Notícias

Com arrecadação forte, governo central registrou superávit primário de R$ 30,8 bilhões em outubro

Ontem, 29 de novembro, foram conhecidos os dados fiscais de outubro. A arrecadação federal, divulgada pela Receita, somou R$ 205 bilhões no mês, alta real de 8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Trata-se de um bom ritmo de crescimento, em cima de uma base de comparação já elevada. Os destaques permanecem os mesmos das últimas divulgações: tributos relacionados ao faturamento das empresas (IRPJ/CSLL) e à massa salarial (imposto de renda e receitas previdenciárias).

Assim, o governo central registrou superávit de R$ 30,8 bilhões no mês, também favorecido pelo recebimento de royalties e participações do setor de petróleo. Acreditamos que a arrecadação deve continuar apresentando crescimento real nos próximos meses, ainda que com alguma desaceleração.

Com isso, o governo central deve encerrar o ano com superávit próximo de R$ 60 bilhões.

Fonte: Bradesco-DEPEC

Categorias
Economia Notícias

Crédito total apresentou alta em outubro

Segundo dados divulgados pelo Banco Central, o volume de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN) avançou 1,0% em relação ao mês anterior. Trata-se de uma desaceleração em relação ao dado de setembro, que registrou alta de 2,2%.

A moderação no ritmo da contratação de crédito em outubro se justifica pelo recuo de 0,1% no crédito para empresas, compensada pelo aumento de 1,8% dos empréstimos para pessoas físicas.

Fonte: Bradesco-DEPEC

Categorias
Economia Notícias

Com a divulgação dos principais dados de atividade do terceiro trimestre, acreditamos que o PIB crescerá ao redor de 0,5%

 O IBC-BR apresentou alta de 1,4% no trimestre. Os dados do IBGE sugerem que a dinâmica ainda benigna da atividade tem sido explicada essencialmente pelo setor de serviços, ao passo que a indústria e o comércio perderam tração.

Essa acomodação do ritmo de crescimento é, em nossa visão, condizente com a fase atual do ciclo de aperto monetário e está alinhada com nossa projeção de crescimento de 2,7% no ano. Em 2023, a inércia positiva do mercado de trabalho deve garantir alguma sustentação ao consumo das famílias.

Por outro lado, os juros em nível restritivo, somados a um cenário global mais adverso, sugerem uma desaceleração do crescimento.

Fonte: Bradesco-DEPEC