O Banco Central publicou a ata da reunião do Copom da semana passada, quando manteve a taxa básica inalterada em 15,00% por unanimidade, interrompendo um ciclo de sete altas consecutivas que durou de setembro de 2024 a junho de 2025.
O Comitê reforça que a taxa deve permanecer em patamar “significativamente contracionista por período bastante prolongado” e “não hesitará em retomar o ciclo” se julgar apropriado.
A política comercial americana segue sendo fruto de incerteza para o cenário, em especial para o Brasil.
Para o Copom, o aumento das tarifas de importação sobre produtos brasileiros deve ter “impactos setoriais relevantes”, no entanto, o efeito agregado ainda é incerto.
A atividade econômica dá sinais de moderação. Na avaliação do BC, o mercado de crédito dá sinais mais evidentes de desaceleração. Em contrapartida, o mercado de trabalho ainda tem desempenho robusto.
O Copom nota que esse descompasso entre setores e indicadores é usual em momentos de “inflexão do ciclo econômico”. E que o cenário está caminhando conforme o esperado e é compatível com o nível atual de juros.