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TENDÊNCIAS
A escolha dos materiais é uma das tarefas mais árduas para
os profissionais. Além da beleza, da novidade, do inusitado,
deve também garantir uma facilidade de manutenção, limpeza
e durabilidade. Por essa razão que muitos profissionais
trabalham hoje com recobrimentos metálicos – e outros de
durabilidade semelhante – ou tintas especiais. Para Moro
Jr., “o projeto deve procurar destacar-se criando condições
de mistério, transparência e identidade. Não há nada mais
agradável, tanto para o público, como para os profissionais
arquitetos e designers, do que uma reforma qualificadora de
um espaço deficiente”.
Marton lembra que o profissionais que fazem as marcas
também têm buscado soluções mais cenográficas, opção
utilizada pela Marton Estúdio. “Procuramos alinhar estética,
plano de negócios e economia de energia ao longo prazo,
tornando o projeto mais longo e flexível, como é o caso da
Luigi Bertolli”. O designer revela que o projeto da grife foi
criado há oito anos e continua atual por permitir a adaptação
às coleções, que mudam constantemente. “Ter espaço flexível
é o desejo de muitos empresários”, acredita ele. “Aplicadas
todas essas premissas teremos um projeto mais econômico ao
longo dos anos, unindo sustentabilidade, flexibilidade e, muitas
vezes, economia”, ressalta.
Outro elemento indispensável é a cor. Os especialistas
concordam que ela comunica idade, gênero, classe social...
Marton até arrisca um diagnóstico: “as cores primárias são
utilizadas em negócios mais populares, por ser de fácil leitura
e comunicação rápida”, revela. Ele reitera que, no Brasil, as
marcas populares estão fazendo adequações em seus projetos,
atentas ao poder de compra das novas classes.
Já o acadêmico Moro Jr. considera o uso da cor fundamental.
“Deve atrelar-se ao produto com personalidade ou negá-
lo veementemente”, recomenda. Ele conta que no livro
“Doutrina das Cores”, Goethe desenvolve a ideia de que as
sensações das cores não são só físicas, mas também moldadas
por nossa percepção, ou seja, como nosso cérebro processa
essas informações. “Assim, nossa formação cultural, artística e
social é fundamental para vivenciarmos o mundo das cores. Se
conseguirmos compreender nossa sociedade ou nosso público-
alvo, a utilização das cores será um sucesso!”, decreta.
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