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Quem consegue olhar para a embalagem azul com fitas brancas
da Tiffany e não associá-las, imediatamente, com as belas joias
da empresa americana? Sim, as Blue Boxes, criadas em 1837
e cuja cor foi patenteada como “Tiffany Blue”, fazem parte da
estratégia de marketing da joalheria, normalmente classificada
entre as 3 mais importantes do mundo.
Esse é apenas um de uma grande lista de exemplos. O que dizer
da garrafa “sensual” da Coca-lata, da lata de Leite Moça e do
frasco do perfume Chanel nº 5? “Quando estas embalagens se
tornam ícones, elas passam a fazer parte do valor emocional
do produto e pode ser considerado como uma vantagem
competitiva, já que tanto o comprador como o presenteado
valorizam mais o produto com a embalagem do que se ela não
estivesse presente. Esta é uma relação puramente emocional,
já que a caixa e pacote são rapidamente jogados fora, mas são
extremamente importantes no momento em que o presente
é entregue”, avalia Marcos Bedendo, professor de Gestão de
Marcas e Marketing Estratégico da ESPM.
“A relação é ainda mais forte caso o presente seja entregue numa
situação social, com numa festa de aniversário. É importante,
no caso de segmentos que são dados como presentes, que as
embalagens agreguem valor ao artigo que será dado. Uma
mesma caneta, por exemplo, se embalada numa caixa de couro
ou madeira, e colocada numa sacola com fita, pode ser percebida
como de valor maior pelo presenteado do que se a mesma caneta
for dada numa embalagem de papelão”, pondera o especialista.
“Atualmente, o design da embalagem deve considerar
também a sustentabilidade, levando em consideração a correta
identificação da embalagem, a eficiência dos processos de
produção e distribuição, otimização dos recursos naturais,
proteção eficiente do produto e a otimização do seu uso, entre
outros pontos”, finaliza Isabella.
Experiênciaemocional
fornecem pode ser incrementado com sugestão de consumo e
apelo de vendas imediatas caso elas sejam transformadas em
veículo de comunicação integrado ao esforço de marketing
da empresa. Nesta função, a sacola pode reproduzir imagens
e slogans da campanha de propaganda que estiver no ar, pode
anunciar a chegada de uma nova coleção, a mudança de estação,
e mesmo promover a venda de um produto que a empresa deseja
destacar. A sacola pode ser utilizada para vender o que tem na
loja, promovendo o consumo imediato a um público que está
praticamente à mão, com o carro estacionado ali mesmo.
“Não é fácil trazer o consumidor até o shopping, por isso
devemos aproveitar que ele está ali mesmo, para atraí-lo à loja
com imagens e mensagens que estimulem o desejo de compra”,
pontua Mestriner. “Vale lembrar que as embalagens são itens
obrigatórios nas lojas pelos quais a empresa já pagou, portanto
se ela for bem ou mal utilizada, seu custo já está embutido”, diz.