As vendas em julho confirmaram a expectativa dos varejistas e tiveram um crescimento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a projeção para este e os próximos dois meses é moderadamente otimista.
O executivo da Associação de Supermercados do Triângulo Mineiro (Assuper), José Albino Pereira de Sousa, explica que, segundo estudo realizado mensalmente pelo Índice Antecedente de Vendas (IAV-IDV) com os associados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), a projeção de alta para agosto foi de 8,3%, para setembro, 10,1%, e para outubro, 11,7%, em comparação com os mesmos meses do ano passado. “Apesar do aumento da preocupação dos agentes econômicos com o forte crescimento do endividamento das famílias com o Sistema Financeiro Nacional, a confiança do consumidor, a manutenção das baixas taxas de desocupação e a expansão da renda e do consumo das famílias ainda têm impulsionado as vendas no varejo, principalmente no segmento de bens duráveis. Assim, o varejo estima taxas de crescimento semelhantes às do ano passado, porém, está mais precavido e atento ao cenário externo”, ressaltou.
José Albino observa que, na análise por categoria, entre agosto e outubro, o varejo de bens não-duráveis estima altas entre 6,6% e 13,6%. Já o setor de bens semiduráveis (vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos) projeta um crescimento de 8,5% a 10%, devido, em menor escala, à chegada das coleções primavera/verão. “No varejo de bens-duráveis (móveis, eletrodomésticos, material de construção), a previsão é de um crescimento entre 11,7% e 12,6% para o mesmo período, levando sempre em consideração os mesmos meses de 2011”, contabiliza.
O executivo da Assuper conta que o presidente do IDV, Fernando de Castro, afirmou que o indicador mantém as suas previsões de crescimento do varejo brasileiro entre 6,5% e 7% neste ano. “A conjuntura econômica interna foi marcada pela decisão do Copom de novo corte de 0,5 ponto percentual, atingindo 8% ao ano. Apesar desse nível de taxas, o consumidor brasileiro tem reagido conservadoramente em suas decisões de consumo, seja pelo grau de endividamento das famílias ou pela intranquilidade gerada pelas notícias de crise externa e de reduções da criação de empregos no Brasil”, lembrou. (SN)

