As vendas do comércio varejista paranaense tiveram um aumento real, descontada a inflação, de nove e meio por cento no mês de julho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Na média do País, o aumento foi de dez por cento. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e se referem ao conceito ampliado de varejo, que inclui os segmentos de veículos, motos e material de construção.
Oito dos dez ramos acompanhados tiveram alta nas vendas em julho, com destaque para artigos farmacêuticos e de perfumaria, artigos de uso pessoal e doméstico, veículos, motos, partes e peças, combustíveis e lubrificantes, e tecidos, vestuário e calçados.
O presidente do Ipardes, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Gilmar Mendes Lourenço, diz que o aumento nas vendas do comércio tem uma íntima relação com o crescimento da massa salarial no Estado. Dados divulgados nesta semana pelo IBGE mostram que em julho a indústria paranaense ampliou em 1,5 por cento o número de vagas e em 6,7 por cento a renda proveniente dos salários.
Segundo Lourenço, também contribuem para o bom desempenho do comércio a performance da construção civil, por conta da reativação dos investimentos públicos e dos empreendimentos habitacionais, e a recuperação dos níveis de renda do agronegócio, em virtude da alta das cotações internacionais das commodities alimentares.
No índice anual, que leva em conta o período de doze meses encerrado em julho deste ano, o comércio paranaense teve alta de 8,7 por cento nas vendas, contra 5,9 por cento para o País. Os dados também conferem ao Paraná o primeiro posto entre as unidades consideradas mais desenvolvidas do Brasil.
Pelo conceito restrito de varejo, que não inclui a comercialização de veículos, motos e material de construção, o comércio varejista do Estado contabilizou acréscimo de 7,1 por cento no mês, 12,5 por cento neste ano e 10,9 por cento em doze meses.

