Varejo no RS: 2013 será um bom ano para comprar e vender, segundo especialista.

Nesta quarta-feira (13), a economista chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, afirmou que “2013 vai ser um ano bom”. A afirmação foi feita durante o evento Café com Lojistas, que teve como tema “O que o varejo vai encontrar na economia de 2013” e foi realizado pelo Sindilojas Porto Alegre.

A especialista explicou que este ano será positivo para a economia. “As famílias continuarão aumentando o consumo devido a sua expansão da renda real. Ou seja, os salários continuarão crescendo acima da inflação, principalmente nas faixas de renda mais baixas”, disse.

Isso também se deve ao baixo índice de desemprego no RS. “Nossa taxa de desemprego está em 4%, o que consideramos um número baixo. O Estado criou muito mais empregos do que pessoas entraram na população ativa como desempregadas”, explicou. O cenário está se desenhando de forma que a mão de obra qualificada está escassa, o que fomenta a exigência do colaborador qualificado por ganhar mais.

O cuidado que o empresário precisa tomar nessa situação é não permitir que a produtividade continue a mesma enquanto os salários aumentam. “Esse processo exige mais produção, pois se salários crescem sem aumento na produtividade, o custo do lojista sobe implicando maior preço final para consumidor”, disse.

Cabe ao lojista e às entidades auxiliarem na educação da sociedade. “O lojista pode criar um material informativo sobre as compras a crédito, por exemplo. Entregar ao consumidor essa informação e ajudá-lo a planejar o tipo de crédito que utiliza é de grande valia para a economia”, exemplifica. Outro fator debatido por Patrícia foi a inadimplência e a importância em combatê-la. “Estabilizamos em meados de 2012, o que é ótimo para os empresários que precisam de consumidores que consigam pagar o que compram”, contou.

Outro tema muito discutido na palestra foi justamente os perigos desse aumento generalizado no valor dos preços. “A inflação deteriora a renda das famílias. Os consumidores não cortarão a alimentação ou o transporte, mas certamente deixarão de comprar outras coisas. Aí entra o prejuízo do lojista”, acrescentou. A especialista indica que os empresários estejam muito atentos a essa questão e exijam que o Governo e o Banco Central controlem a situação.