Os varejistas que trabalham com diferentes tipos de loja registram maiores taxas de crescimento e lucratividade, segundo o estudo “Os Poderosos do Varejo Global”, desenvolvido pela Deloitte, em parceria com a revista especializada Stores Magazine.
A pesquisa, que tem como base o ano fiscal de 2008 e o encerrado em junho de 2009, mostra que mais da metade dos 250 maiores varejistas do mundo operam com alguma diversificação de formato. “Essa tendência se consolida, à medida que o varejo procura entender melhor o consumidor para retê-lo, principalmente depois da crise”, diz Reynaldo Saad, sócio da Deloitte responsável por indústria, varejo e bens de consumo.
Lojas de material para construção, reforma e decoração vêm se destacando no mercado global, diz o estudo. Drogarias e farmácias, no entanto, estão entre os formatos que perdem fôlego para competir frente ao aumento da oferta de produtos farmacêuticos em supermercados, hipermercados e varejistas de produtos de massa. No Brasil, essa prática é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que procura restringir inclusive a facilidade de acesso a medicamentos sem prescrição nas farmácias.
As vendas on-line significaram 6,6% da receita de cem grandes varejistas globais que trabalham com esse canal, diz a pesquisa. Nesse sentido, o Brasil em nada fica devendo ao principais competidores do mundo, diz Saad. “Em 2009, cerca de 8% das vendas do varejo brasileiro vieram da internet”, afirma o consultor.
Três brasileiras estão entre os 250 maiores do varejo global: Grupo Pão de Açúcar (92ª posição), Casas Bahia (131º lugar) e Lojas Americanas (200ª). No on-line, apenas o Pão de Açúcar aparece entre os cem maiores. Como não inclui 2009, o ranking não considera dois grandes movimentos recentes do Pão de Açúcar: a compra do Ponto Frio em junho e a fusão com a Casas Bahia em dezembro. Esta última operação, porém, ainda está sendo revista pelos sócios.

