Shoppings minimizam impacto energético de decoração natalina

Tradição nos meses de novembro e dezembro, a iluminação complementar voltada para as festas de fim de ano está presente em praticamente todos os shoppings do Brasil. Com o objetivo de atrair mais visitantes, a decoração extra impacta no consumo de energia, criando um problema para os administradores e também para o meio ambiente.

Para minimizar este tipo de problema, o Uberlândia Shopping (MG) investiu no uso de itens reciclados. “Teremos um Natal sustentável com 80% do material usado na decoração readaptado do último ano e uma economia de até 90% no gasto de energia”, afirma o gerente de marketing Antônio Augusto Eloy. Já no West Plaza (SP), a decoração natalina será 100% feita com lâmpadas de LED. “Investimos na tecnologia tanto na parte interna quanto na externa, contemplando também o entorno com mais de 150 árvores iluminadas”, o gerente de marketing Alessandra Tiraboschi. “A expectativa é que, com essa alternativa, tenhamos uma economia de 80%”.

Além de consumirem menos energia elétrica, reduzindo a conta de luz em até 50%, as lâmpadas de LED também não geram calor para o ambiente, o que diminui a necessidade de uso de ar-condicionado. Por isso, mesmo custando mais do que as lâmpadas comuns, este tipo de iluminação compensa no final. Outro fator importante é que a tecnologia LED é mais ecológica porque não usa mercúrio e pode ser descartada no lixo comum.

Economia de energia o ano inteiro
Muitos empreendimentos comerciais já estão sendo construídos baseados em projetos que preveem menor uso de energia. É o caso do SuperShopping Osasco, arquitetado para usufruir de luz natural em seus pavimentos. “Temos um skylight que nos permite aproveitar a luminosidade do dia, o que contribui para a redução do consumo de eletricidade”, explica a gerente de operações Vanuza Crema. Entre as ações sustentáveis, no início de 2011 toda iluminação do espaço, composta por lâmpadas halógenas HQI, foi substituída por uma opção mais econômica: as compactas PL. O impacto no consumo de energia foi de 18,2%. Este tipo de lâmpada tem vida útil maior, consome menos energia elétrica e possui luminosidade superior comparada a uma incandescente de mesma potência.

Mesmo os shoppings que já existem há mais tempo, como é o caso do Pátio Paulista (SP), fundado em 1989, podem fazer esforços em prol da redução do consumo. “Temos investido na compra de energia no mercado livre e na substituição dos sistemas de ar condicionado, o que gera economia”, explica o gerente de marketing Silvano de França.