Nesta época do ano, achar uma vaga de estacionamento nos shoppings de São Paulo é uma tarefa árdua. E cara. O preço nas primeiras duas horas varia até 140%. Até três horas, pode custar 275% a mais, dependendo do shopping escolhido. Nas quatro primeiras horas, a diferença chega a 350%. A maior variação foi constatada para quem passa entre cinco e seis horas nos centros de compras. Nesse caso, estacionar pode custar até 460% mais dependendo da escolha.
As primeiras horas mais caras são nos estabelecimentos localizados em bairros nobres da cidade, como o Pátio Paulista, no Paraíso, o Cidade Jardim e o JK Iguatemi, na região da Vila Olímpia, o Market Place, no Morumbi, e o Villa-Lobos, na região do Alto de Pinheiros.
Segundo a pesquisa do DIÁRIO, apenas dois shoppings na capital ainda mantêm o estacionamento gratuito: o Interlagos, na Zona Sul, e o Aricanduva, na Zona Leste. Ambos fazem parte do mesmo grupo, que inclui ainda o Central Plaza e o União de Osasco, que não cobram as duas primeiras horas.
“O nosso negócio são as vendas. Enquanto não houver mau uso do estacionamento, ele continuará gratuito”, afirma Marcos Sergio de Oliveira, superintendente do Complexo Aricanduva. “No Central Plaza, a cobrança foi motivada porque tem um Metrô perto (Estação Tamanduateí). As pessoas estacionavam e iam trabalhar. Então, decidimos manter só as duas primeiras horas gratuitas”, diz. Segundo Marcos, não cobrar pela vaga deixa os clientes mais satisfeitos.
No site Reclame Aqui há dezenas de consumidores insatisfeitos com os preços praticados. O Center Norte, um dos maiores shoppings da capital, passou a cobrar o estacionamento em janeiro deste ano. Em resposta a um usuário do site, o shopping disse que a cobrança “visa eliminar o uso inadequado das vagas dos estacionamentos, principalmente por pessoas em passagem para a rodoviária ou Metrô”.
Na 25 de Março, motorista paga até R$ 20 pela 1 hora
Muitos consumidores trocam os shoppings pelas lojas da Rua 25 de Março, no Centro de São Paulo, atraídos pelos preços mais baixos praticados no comércio dessa região, mas é preciso ficar atento. Quem vai de carro até a 25 de Março, além de disputar o espaço apertado das ruas com outros veículos e com o excesso de consumidores, pode desembolsar até R$ 20 por uma hora de estacionamento.
Esse valor é 66,6% maior se comparado com a primeira hora mais cara dos shoppings pesquisados – o Pátio Paulista, que cobra R$ 12 por duas horas.
Na Avenida Prestes Maia, um dos acessos à Rua 25 de Março, quanto mais próximo às lojas, mais caro fica para estacionar.
No número 312 da avenida, 30 minutos custam R$ 5. Pela primeira hora é cobrado R$ 10. A segunda hora sai por R$ 5 e as demais, R$ 3. Já no número 468 da via, a primeira hora custa R$ 10 e as demais, R$ 8.
Chegando à Rua Carlos de Souza Nazaré, pouco antes da esquina com a 25 de Março, a primeira hora custa R$ 20 e as demais, R$ 10. Todos esses valores são para carros pequenos. Os maiores, como as pick-ups, chegam a pagar R$ 25 pela primeira hora e R$ 10 pelas demais.
Passando a entrada da Carlos Nazaré, na altura do número 430 da Prestes Maia, o motorista gasta de R$ 12 a R$ 15 por hora.
Uma opção para economizar é ir de Metrô. A 25 de Março, por exemplo, está ao lado da Estação São Bento, da Linha Azul. Vários shoppings também são próximos a paradas tanto do Metrô como da CPTM e todos são atendidos pelo sistema de ônibus. O valor da passagem é R$ 3.

