Em junho, o percentual de famílias paulistas que possuem algum tipo de dívida caiu para o menor nível da série para o mês. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça-feira (22/06) pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), 42,1% das famílias do estado de São Paulo estão endividadas. Na comparação com o mês passado, a parcela de famílias nessas condições caiu 2,3 pontos percentuais. Já em relação a junho de 2009, a queda foi de sete pontos percentuais. Segundo a Federação, 82 mil famílias conseguiram quitar suas dívidas.
A pesquisa também mostra que 13,4% das famílias estão com contas em atraso, seja no cheque especial, cartão de crédito, empréstimo pessoal ou com prestações em geral. Na comparação com o mês de maio, houve queda de 0,6 ponto percentual.
“Estamos vivendo um período de endividamento saudável, com baixos níveis de inadimplência e consumo acelerado”, afirmou, por meio de nota, a assessora econômica da federação, Adelaide Reis. Para ela, o aumento dos níveis de empregabilidade, da massa de rendimentos e da oferta de crédito ajudaram os paulistas a quitarem os débitos.
“Vivemos em um momento econômico bastante positivo”, considera Adelaide. “As famílias têm mais dinheiro no bolso, crédito fácil e farto, baixa inadimplência e alta confiança do consumidor. Esse fatores permitem que as famílias comprem mais e, ao mesmo tempo, mantenham equilibrado o orçamento financeiro”, completa a assessora.
A inadimplência, representada pelas famílias que declaram não ter condições de pagar total ou parcialmente suas contas nos próximos meses, também registrou queda. Hoje, 4,3% dos lares paulistas estão inadimplentes, contra 5% apurados em maio. Entre os tipos de dívidas, o cartão de crédito continua liderando, com 67,8% das indicações, seguido pelas dívidas de carnês (28,3%), pelo crédito pessoal (16,4%) e pelo cheque especial (5,3%).
Com relação ao prazo médio de comprometimento da renda, a maior incidência é verificada no período superior a 90 dias (47,9%), seguida pelo período de até 30 dias (21,5%). O levantamento mostra que os paulistas atrasam o pagamento de suas contas em 65 dias.
A maioria das famílias (54%) compromete de 11% a 50% do orçamento com o pagamento de dívidas, enquanto 20,7% delas reservam até 10%, e 17% dos paulistas têm mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas.

