Consolidação desafia redes do Sul do país

Desde a última quarta-feira (23/06), o Sul é a única região brasileira que não tem lojas da novíssima Máquina de Vendas, o segundo maior conglomerado varejista do país. Com a recente entrada da mato-grossense City Lar, o grupo criado em março por Insinuante, da Bahia, e Ricardo Eletro, de Minas Gerais, controla agora 754 lojas espalhadas por 24 unidades da federação. Um time ambicioso que vem reduzindo a distância que o separa do líder do mercado, formado pela união das mais de mil lojas de Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Eletro.

É de se esperar que cedo ou tarde a Máquina de Vendas tente entrar na Região Sul. Também não se descarta um eventual contra-ataque da Magazine Luiza, que até agora ficou à margem da onda de consolidação do varejo e segue à procura de empresas para comprar. Em resposta a esse movimento, a palavra de ordem nas principais redes regionais que atuam no Paraná é continuar avançando para não virar caça. Bem ao estilo “a melhor defesa é o ataque”, a catarinense Salfer e a paranaense MM Mercadomóveis mantêm uma alucinante rotina de abertura de novas lojas.

A MM, que há pouco mais de três anos tinha 75 unidades no Paraná e em Santa Catarina, quer fechar o ano com pelo menos 140 e chegar à marca de 200 em 2012. “Essas fusões e aquisições que temos visto apenas dão razão à estratégia que adotamos nos últimos anos, de nos fortalecermos regionalmente. Alcançamos a liderança no Paraná no ano passado, hoje estamos entre as seis maiores varejistas com sede no Sul, e até 2016 queremos estar entre as três”, diz Márcio Pauliki, superintendente do Grupo MM. Segundo ele, a rede já prepara o terreno para ingressar em 40 cidades paranaenses e 27 catarinenses nos próximos anos.

A Salfer não fica para trás. Tem três inaugurações marcadas apenas para esta semana – em Prudentópolis, Criciúma e Blumenau – e terminará o mês de junho com seis novos pontos comerciais. “Hoje temos 175 lojas nos dois estados, e o plano é fechar o ano com 210”, conta o diretor comercial da rede catarinense, Sérgio Bittencourt. “Esse movimento de consolidação é natural e não vai parar já, cedo ou tarde ele chega ao Sul. Ou a gente cresce ou é vendido, e vender a empresa não é a intenção de nossos acionistas.”

Salfer e MM afirmam que podem cumprir suas metas apenas com crescimento orgânico, mas nenhuma descarta comprar grupos menores. Pauliki, da MM, revela já estar à caça de redes com 20 a 30 lojas na faixa oeste do Paraná e de Santa Catarina. “Não vou dizer que estamos em processo avançado de negociação, mas já estamos fazendo levantamentos de algumas empresas. A capacidade ‘fuçativa’ ficou muito importante nos últimos tempos”, brinca o superintendente.

Embalado pelo aumento do emprego, da renda e do crédito, o mercado de móveis e eletrodomésticos cresce há sete anos seguidos no Brasil e há oito no Paraná – em 2010, a expansão das vendas chega à casa dos 20%. Mas isso não tem bastado para saciar o apetite das varejistas. Para sobreviver, não basta vender mais: é preciso lucrar mais, explica Cláudio Felisoni, coordenador do Pro­­gra­ma de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Admi­nistração (Provar/FIA). “Os produtos e serviços estão cada vez mais parecidos uns com os outros, particularmente nesse mercado de bens duráveis. O consumidor é cada vez mais bem informado e os preços de venda, mais parecidos. Isso quer dizer que as margens de lucro das varejistas estão baixando. Ao multiplicar o número de unidades, você consegue aumentar os volumes vendidos e, como os custos operacionais não crescem na mesma proporção, pode elevar os lucros.”

Opções de compra para as gigantes do varejo parecem não faltar no Sul do país: considerando-se apenas as que têm sede no Paraná, há pelo menos seis varejistas com redes entre 40 e 100 lojas. O que não quer dizer que elas tenham interesse em negociar, nem que a vida de uma gigante possa ser fácil por aqui.

Ônibus interestadual vai ficar mais caro a partir de julho

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou nesta sexta-feira (25/06), por meio da Resolução 3.538, publicada no Diário Oficial da União (DOU), o reajuste de 2,134% para as passagens de ônibus interestaduais e internacionais de longa distância. O reajuste passará a valer a partir da zero hora do dia 1º de julho.

Desde 2007, o percentual de reajuste é calculado por meio da fórmula paramétrica.Os coeficientes tarifários máximos a serem aplicados aos diferentes serviços interestaduais e internacionais de longa distância devem ser expressos em R$/pass.km. De acordo com a agência, o valor de cada passagem é calculado por passageiro. Para se chegar ao montante final, deve-se multiplicar a distância da linha pelo valor constante, considerando o tipo de pavimento (pavimentado, implantado ou leito natural) e o tipo de serviço (convencional, executivo, semi-leito ou leito). Após esse cálculo devem ser adicionados: a tarifa de embarque específica do terminal, o ICMS estadual incidente sobre a tarifa e o rateio do pedágio, quando houver, por passageiro.

Os itens de custo constantes da fórmula de reajuste adotada para o serviço de transporte rodoviário internacional e interestadual de passageiros de longa distância são os seguintes: Combustível: 23,12%; Lubrificantes: 0,26%; Material de Rodagem: 3,173%; Pessoal: 36,952%; Peças e Acessórios: 3,813%; Veículos e outros ativos: 28,971% e Despesas Gerais: 3,711%.Os itens de custo são reajustados de acordo com índices de inflação setoriais, fornecidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este reajuste não se aplica ao serviço rodoviário interestadual e internacional semiurbano de passageiros (até 75 km), que é concedido em julho.

Novas regras mudam dia-a-dia das drogarias

O varejo farmacêutico espera a definição sobre a Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamenta a prestação de serviços nas farmácias do País e retira de gôndolas e prateleiras medicamentos vendidos sem receita. O assunto volta à tona com o julgamento do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), previsto para as próximas semanas. Assim, redes do varejo farmacêutico terão de investir mais em mão de obra qualificada e infraestrutura das lojas para continuarem a ser competitivas e não perderem as vendas por impulso.

Segundo Sérgio Mena Barreto, presidente da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogaria (Abrafarma), de acordo com a Lei, as farmácias e drogarias ficam proibidas de comercializar medicamentos isentos de prescrição (MIP) fora do balcão. Estes equivalem a 20% do faturamento do setor. Com a restrição, redes como a Drogaria São Paulo temem perder vendas. “A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC pode impactar negativamente as vendas. Vai demandar mais trabalho ao balconista”, afirmou Ronaldo de Carvalho, presidente da Drogaria São Paulo, que agora se tornou a líder do setor, em termos de faturamento, depois de adquirir, na semana passada, a rede paulista Drogão. A Drogaria São Paulo, com esta estratégia, passa a projetar um faturamento médio de R$ 2,5 bilhões para este ano.

Ano passado, o varejo farmacêutico como um todo movimentou cerca de R$ 15 bilhões, e a expectativa deste ano é de um incremento de 25%. Números tão atrativos como esses mobilizam ações como as da Feira do Setor Farmacêutico (Econofarma), que para auxiliar as empresas varejistas organizou o fórum sobre a RDC- 44/09, em parceria com a Roche, a maior empresa de biotecnologia do mundo, que em 2009 registrou vendas de 49,1 bilhões de francos suíços.

Com as mudanças das regras do setor, buscar alternativas para a adequação no canal de venda é a palavra de ordem do mercado. Uma das estratégias que as redes usarão para fidelizar clientes agora é a de oferecer serviços como medição de pressão e temperatura, teste de glicemia e aplicação de brincos, antes proibidos pela Anvisa. Segundo Valdemir Skirgaila, consultor de varejo, a cobrança é facultativa.

Outra medida exposta no evento para garantir a rentabilidade das redes é a “Farmácia Modelo” que oferece ao empresário, uma loja, com os balcões todos de vidro, até a parte de baixo, garantindo assim a exposição dos MIP. Em um espaço de 50 metros, o custo da reforma com esse tipo de mobiliário gira em torno de R$ 15 mil. “Pensamos na farmácia, acima de tudo, como um ponto comercial. Sem a exposição, vai diminuir a venda por impulso”, afirma Skirgaila.

A Abrafarma tem como associadas 28 redes de farmácia e vê a medida como perda para o consumidor, que passa a depender do auxílio do profissional da drogaria para efetuar a compra. Outro destaque é o aumento de preços, que, caso aconteça a diminuição da demanda, pode ocasionar também menos oferta. Segundo Barreto, presidente da entidade, o setor cresceu nos últimos quatro anos a taxas médias de 25%, atraindo fundos de investimentos nacionais e internacionais, mas agora, com as restrições, este cenário pode mudar.

Lançado durante a Econofarma em São Paulo, o site www.espaçoude.far.br surge como nova opção de informações ao mercado. Esta parceria entre a Roche, a distribuidora Santa Cruz e a Omron foi criada para oferecer um treinamento on-line para os estabelecimentos que desejam prestar serviços de atenção farmacêutica, e deverão necessitar de mais informações e orientações.

O fórum teve participação de 200 farmacistas e destacou que, com a determinação da agência regulatória, os estabelecimentos passaram a ser considerados centros de atenção farmacêutica. A ideia foi mostrar que a área de atuação desses estabelecimentos foi ampliada: além de vender medicamentos, as farmácias podem agora prestar serviços.

Lojas Renner expande atuação com loja em SP

Considerada a segunda maior rede de lojas de departamentos de vestuário do País, o conglomerado Lojas Renner mantém planos de crescimento regional para alcançar novos consumidores. Prova disso é que a empresa vai inaugurar nesta semana a sua 18ª operação na capital paulista, além de ter aberto canais de apoio aos consumidores em unidades no nordeste do País, para ajudar regiões que tenham sido afetadas pelas recentes enchentes que assolaram algumas cidades brasileiras este mês.

No caso da nova loja na capital paulista, está prevista no dia 30 de junho a abertura da unidade que foi instalada no Raposo Shopping e agregou 2 mil m² de área de venda. Segundo a empresa, esta unidade responde como a 39ª no Estado de São Paulo. “A abertura no Raposo Shopping é mais uma parceria com o grupo Brookfield que tem tudo para trazer ótimos resultados. Com sortimento diversificado, localização privilegiada e concentração populacional, o empreendimento é uma ótima oportunidade para a Lojas Renner ampliar sua presença em São Paulo”, afirma o diretor de Operações, Paulo Soares.

No nordeste, a ação da empresa assume enfoque social. Na última sexta-feira (25/06), as lojas da Renner localizadas nas cidades de Maceió, Recife e Jaboatão dos Guararapes tornaram-se postos de coleta de roupas, calçados e alimentos não perecíveis para ajudar as vítimas das chuvas. Estas unidades estão localizadas no Maceió Shopping (AL), no Shopping Recife (PE), na Rua Imperatriz Teresa Cristina, na capital pernambucana, e no Shopping Guararapes (PE). Para as famílias desabrigadas, a Renner doará o total de 7 mil peças de vestuário e dez toneladas de alimentos.

Consumo das famílias cresce 7,1% em abril, frente a igual mês de 2009

O consumo das famílias apresentou expansão de 7,1% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo revelam dados do Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), divulgado nesta segunda-feira (28/06). Frente ao mês imediatamente anterior, o consumo das famílias, entretanto, apresentou queda de 0,9%, após acréscimo de 1,3% em março. Em 12 meses, a alta acumulada é de 6,3%, e no ano é de 8,7%.

De acordo com o relatório, considerando a oferta agregada, os destaques do quarto mês de 2010 ficaram com os setores de Indústria e Agropecuária, que avançaram, nesta ordem, 13,6% e 11,6%, frente a igual período do ano passado. No que diz respeito ao setor de Serviços houve alta de 5,5% no período analisado.

Seu inverno fica mais quente com a programação musical do Shopping Butantã

Muita alegria, descontração e calor humano em junho com o happy hour pra lá de animado no Shopping Butantã, na capital paulista. Talentosos artistas estarão mostrando o melhor da música nacional e internacional na praça de alimentação do shopping. As apresentações acontecem de segunda a sexta, das 20h00 às 22h00. Confira a programação:

SEGUNDAS: Jorge Canti (MPB, Pop) – Desde os quatro anos de idade Canti já se interessava pela música influenciado por sua mãe que tocava acordeom. Com isso, foi crescendo e experimentando vários instrumentos de corda e percussão até se apaixonar pelo violão e passar a tocar nas noites de Sampa, consagrando-se como artista profissional. Nos estúdios aprendeu a versatilidade de gravar vários estilos, do forró ao R&B, ao lado de artistas famosos como Eliana de Lima, Guarabyra e outros. Com uma voz doce e repertório variado, influenciado por Djavan, Cláudio Zolly e Zé Ramalho, Canti conquistou seu espaço no cenário musical.

TERÇAS: Luciano Ricetto (MPB, POP Rock e Internacional) – Cantor com 27 anos de carreira, apresenta-se sozinho ou com mais dois músicos, às terças-feiras, e faz o maior sucesso, graças à sua voz de qualidade singular. Seu estilo é USA Rock e canta Elvis, U2 e The Police, The Beatles, Legião Urbana, Capital Inicial, entre outros.

QUARTAS: Vinícius Roncato (MPB, Pop Rock Nacional) – No formato voz e violão Roncato vem fazendo shows pela noite de São Paulo desde 1998. Dono de um timbre suave e agradável, o músico conquista fãs por onde se apresenta, interpretando canções de Djavan, João Bosco, Ed Motta, Caetano Veloso, Lenine e outros.

QUINTAS: René Nunes (MPB) – Compositor, cantor e instrumentista nascido em São Paulo tomou gosto pela música ainda na infância. Em 1993 ingressou na Cia. Os Menestréis tocando e atuando no Espetáculo Noturno, de Osvaldo Montenegro, até o final de 94. De lá pra cá passou a ser convidado para tocar em eventos, casas noturnas, shoppings, bares e bandas de bailes.

SEXTAS: Juliana Frassati (MPB e Internacional) – A cantora e compositora nascida em São Paulo é considerada uma artista amante da música brasileira contemporânea. Autodidata, Juliana começou aos 15 anos cantando em bares e hotéis. Participou do concurso “Nova Cantora do Domingão do Faustão” e ficou entre as semifinalistas.

Procura por emprego cai até 20% em SP durante a Copa

A paixão do brasileiro pelo futebol aumenta ainda mais em época de Copa do Mundo e, entre os “sacrifícios” que algumas pessoas fazem para assistir aos jogos, está deixar a busca por um emprego para depois da competição. Em três centros de apoio ao trabalhador localizados na cidade de São Paulo, o número de pessoas que semanalmente vão a procura de uma vaga caiu. Em um deles, a queda chegou a 19%.

Para medir a queda das pessoas atendidas pelos centros, foram comparadas três semanas:

•De 24 a 28 de maio (última semana com cinco dias úteis antes do início da Copa)
•De 7 a 11 de junho (semana de abertura, que teve jogos em apenas um dia útil)
•De 14 a 18 de junho (segunda semana, que teve jogos todos os dias)

A semana compreendida entre os dias 31 de maio e 4 de junho não foi considerada por causa do feriado de Corpus Chisti (03/06), que normalmente provoca um redução no número de pessoas que buscam esses centros.

Entre as instituições de atendimento consultadas pela reportagem, a que registrou a maior queda foi o Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat). O número de pessoas atendidas semanalmente pelo centro passou de 6.179 antes da Copa para 5.006 na primeira semana com jogos (entre 7 e 11 de junho), queda de 19%.

O movimento de procura caiu depois do início da Copa e se manteve assim. Na segunda semana da Copa, o número de pessoas à procura de uma vaga (5.075) manteve a redução verificada na primeira semana.

No Centro de Solidariedade ao Trabalhador (CST) localizado no bairro da Liberdade, região central da cidade de São Paulo, o número de pessoas atendidas passou de 5.645 (antes da Copa) para 4.655 (na segunda semana da competição), uma queda de 17,5%.

A mesma situação foi observada nos 11 postos do Centro de Apoio ao Trabalho (CAT), mantidos pela Prefeitura de São Paulo. No total, o número de atendimentos caiu de 14.120 (antes da Copa) para 12.819 (na segunda semana), redução de 9,2%.

Shopping Penha promove Campanha “Seu Lixo vale prêmios”

Em tempos de alerta máximo com o meio ambiente e suas interferências, bem como o retorno à discussão sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Shopping Penha, de São Paulo, em parceria com a Bazza Produções Sustentáveis, realizam neste mês a Campanha “Seu lixo vale prêmios”.

A ação tem como objetivo promover a destinação adequada de toneladas de lixo que são geradas diariamente no empreendimento. Para isso, o público alvo da campanha são os proprietários e funcionários das lojas do Shopping Penha, que serão premiados, não só pela quantidade de lixo levada ao posto de coleta, mas também pelo tipo de recicláveis e pela frequência. De segunda a sábado, durante três horas diárias, haverá um promotor para receber e pesar o lixo de cada lojista.

Para incentivar ainda mais a participação de todos os lojistas, foi criado um blog exclusivo, seulixovalepremios.blogspot.com onde será possível a consulta dos pontos acumulados e o ranking atualizado. Os três primeiros lugares com maior número de “Vales Verdes” ganham prêmios: uma máquina digital, um celular e um MP4.

Com o desenvolvimento desta ação, além do incentivo à coleta seletiva e à conscientização sobre a importância da reciclagem, o Shopping Penha estará estimulando a mudança de atitude e a formação de novos hábitos em relação a utilização dos recursos naturais, favorecendo a reflexão sobre a responsabilidade ética do ser humano consigo mesmo, com o outro e com o planeta.

Todo o material reciclável do Shopping Penha será retirado por empresas recicladoras certificadas, que ficarão responsáveis pela destinação ambiental adequada, o que contribui também para a questão social e econômica, apoiando o desenvolvimento de empresas com atividade recicladora no país.

Alguns dos aspectos mais importantes desta iniciativa é que a matéria-prima que seria retirada da natureza para produção de novos produtos será poupada e que novos focos de contaminação do meio ambiente serão evitados.

Prejuízo de enchentes em Alagoas ultrapassa os R$ 700 milhões

O primeiro relatório de danos encaminhado pelo estado de Alagoas após as chuvas que devastaram várias cidades nesta semana indica um prejuízo inicial de R$ 732 milhões com a destruição de casas, rodovias, pontes, pavimentos urbanos e sistemas de abastecimento de água. O documento foi requerido pelo gabinete civil da Presidência da República. Ainda estão fora da lista os gastos com as reformas dos prédios públicos.

De acordo com o relatório, a reconstrução de 19 mil casas consumirá a maior fatia do dinheiro, com gasto estimado em R$ 575 milhões. Já a reforma nas rodovias e pontes deve custar R$ 137 milhões. Os sistemas de abastecimento de água comprometidos dos municípios deram um prejuízo calculado em R$ 12 milhões, enquanto o da pavimentação urbana gira em torno de R$ 8 milhões.

Segundo o secretário de Estado de Planejamento, Sergio Moreira, o documento enviado a Brasília é apenas uma prévia, e os valores ainda devem aumentar. Para Moreira, ainda é cedo para cravar valores da destruição causada pelas enchentes em 28 municípios o Estado. “Nós estamos tendo muito cuidado para não superfaturar nada, para que possamos ter credibilidade nos dados. É preferível neste momento que erremos para menos o que para mais”, disse. Ainda segundo o secretário, a reconstrução dos municípios não deverá ser imediata por ter atingido “níveis catastróficos”. “Foi uma calamidade, que acredito que Alagoas nunca viveu antes. Precisaremos pelo menos de dois anos para voltarmos a ter um a certa normalidade”, afirmou.

O secretário adjunto de Infraestrutura, Fernando Nunes, afirma que, antes de iniciar a reconstrução das casas, será preciso fazer um levantamento das áreas afetadas para que a tragédia causada pelas águas dos rios não se repita. “Já estamos fazendo esse estudo, porque há áreas que não poderão ser reconstruídas. É preciso que identifiquemos locais seguros, possíveis de receber construções. E isso pode levar um certo tempo, mas é necessário”, disse Nunes. Os danos causados às escolas e unidades de saúde serão levantados pelas secretarias de Educação e Saúde. Os municípios ainda devem contabilizar a destruição dos seus prédios públicos.

Nesta quinta-feira, o Serviço de Engenharia do Estado de Alagoas (Serveal) começa a realizar um cadastro de todos os prédios públicos atingidos pelas enchentes e saber quantos irão necessitar de obras e qual será o orçamento da reconstrução. A ideia do Estado é que os prédios que não foram abalados pelas chuvas possam receber, num primeiro momento, os cerca de 74 mil desabrigados e desalojados.