Excelência em Varejo

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Alshop faz parceria com GH e Associados, Serasa Experian, TOTVS Consulting e Vecchi Ancona para auxiliar o varejo brasileiro a evoluir e atingir a excelência

O Programa de Excelência em Varejo da Alshop chega para ser uma ferramenta de avaliação do negócio, seja comparado à concorrência ou ao mercado e tem como objetivo auxiliar as empresas de varejo na sua evolução de performance.

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rá avaliar as empresas varejistas em quatro pilares: Finanças, Tecnologia, Design e Operações. Cada pilar será avaliado por uma empresa especializada no segmento, a saber: Serasa Experian, TOTVS Consulting, GH & Associados e Vecchi Ancona.

Cada chancela irá gerar um relatório com a avaliação da empresa, fornecendo uma nota de 1 a 10. Além disso, cada especialista fará um relatório de performance e fornecerá orientações, sugestões e dicas para o empresário melhorar o desempenho do seu negócio. Para receber o certificado, a empresa precisa obter, no mínimo, nota 7.

Todos os vencedores do Prêmio Lojista Alshop ganham um ponto adicional, já que o prêmio revela a admiração e chancela do consumidor pela marca.

“Esse programa não é fixo: pode haver alterações da análise, porque as coisas evoluem, o varejo é muito dinâmico. Assim, a tecnologia necessária hoje talvez já esteja ultrapassada daqui um ano”, alerta o Diretor de Internacionalização e Franquias da Alshop, Ricardo Camargo. “Na área financeira, temos muita conexão com os fatos atuais, então numa recessão de três anos seguidos não vamos esperar que as empresas tenham os melhores índices do mercado de adimplência, e assim por diante”, reitera.

Parâmetros e Sugestões

“A beleza que eu vejo no Programa é essa capacidade que nós temos de poder fazer essas avaliações, oferecermos um parâmetro de performance no mercado, ter uma avaliação versus o grupo. Então, se forem 30 empresas e eu sou uma delas, como eu estou em relação às outras 29?”, declara o diretor da Alshop. De posse dessas informações, cada empresário terá que se ater às suas avaliações e chegar às conclusões que serão despertadas pelo relatório de cada área.

A vantagem de participar do Programa de Excelência é ganhar um reforço para a marca, já que ao fazer parte dessa certificação e conseguir a chancela de profissionais e empresas tão renomadas, a marca passa a ser mais valorizada, além de receber uma avaliação em relação ao mercado que pode contribuir para a evolução. E, com os relatórios gerenciais, consegue trabalhar mais assertivamente em seu plano estratégico.

BOLETIM ECONÔMICO SEMANAL

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Os destaques econômicos da semana são:

  • Mercado revisou para baixo as expectativas de inflação e juros. Por outro lado, o crescimento do PIB teve ajuse para cima.

De acordo com o Relatório Focus do Banco Central, com dados coletados até 22 de setembro, espera-se que o IPCA de 2017 tenha alta de 2,97% e para 2018 de 4,08%.

Já a mediana de projeções para o PIB ficaram em 0,68% em 2017 e para 2,3% em 2018.

A taxa de câmbio deve encerrar 2017 em R$/US$ 3,16 e ficar estável em R$/US$ 3,30 em 2018.

  • Dados fiscais e do mercado de trabalho serão o foco no cenário doméstico. No exterior, as atenções estarão voltadas para os dados de inflação.

Nessa semana, haverá a divulgação primária do resultado da dívida públia em agosto. Espera-se um déficit primário em torno de R$ 20 bilhões. O BNDES deverá intervir positivamente na razão dívida/PIB pois devolverá recursos ao Tesouro.

A semana também contemplará adivulgação da taxa de desemprego e a sondagen da FGV a diversos setrores da economia.

Na agenda internacional, veremos a divulgação dos dados de bens duráveis de setembro e inflação de agosto dos EUA. Ambos devem reforçar o cenário de bom ritmo de crescimento, com inflação comportada. A Área do Euro e o Japão também divulgarão a inflação.

Crescimento do Comércio

O Boa Vista SCPC apurou, via Indicador Movimento do Comércio, uma alta de 2,2% no desempenho das vendas em agosto, em comparação com o mês de julho. Na avaliação acumulada em 12 meses (setembro de 2016 até agosto de 2017 frente ao mesmo período do ano anterior) houve queda de 2,7% frente aos 12 meses, aumentando 0,1 p.p. com relação aos valores obtidos em julho, mantida a base de comparação. Já na avaliação contra agosto do ano passado, houve aumento de 1,9%.

O relatório afirma que desde novembro passado, o indicador do varejo vem se recuperando gradualmente, quando observada a medição acumulada em 12 meses. Acredita-se que as próximas medições sejam ainda mais otimistas, em reação positiva a redução de juros, a melhoria dos níveis de renda e à continuidade da redução do nível de preços.

A confiança da micro e pequena empresa também registrou crescimento de 2,1 pontos em julho, segundo informações do Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa, realizados pelo SPC Brasil em parceria com a CNDL.

Já na comparação com julho do ano passado, a alta é de 4,3 pontos percentuais – naquele mês o índice estava em 44,7 pontos. Apesar da leve alta observada no período, a confiança do micro e pequeno empresário dos ramos do comércio e serviços segue em baixo patamar. O indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.

Mesmo com essa melhora, 59% dos micro e pequenos empresários acreditam que a economia piorou nos últimos 6 meses.

Tendencias de Mercado

Os mercados acionários iniciaram a semana em baixa e ainda absorvem as notícias do cenário político, como a vitória de Angela Merkel na Alemanha e a convocação antecipada de eleições legislativas no Japão. No mercado de divisas, o dólar ganha valor ante as principais moedas.

As cotações das principais commodities agrícolas recuam enquanto os peços dos metais industriais se recuperam. A cotação do petróleo apresenta leve alta após a reunião da Opep, realizada na sexta-feira 22.

Fique de olho

De acordo com o economista Roberto Indech, é necessário ficar atento aos acontecimentos da semana, que deve acompanhar o recebimento na Câmara da denúncia contra o presidente Temer. Além disso, a agenda de quarta-feira concentra as atenções, pois é quando o governo dará a largada a uma série de leilões bilionários, a começar pela venda de quatro usinas hidrelétricas da estatal mineira Cemig além de um conjunto de 29 áreas para exploração de óleo e gás em mar e em terra.

No mesmo dia, o governo quer colocar em votação a Medida Provisória do Refis (parcelamento de débitos tributários) na Câmara.

COMO EXPANDIR A SUA EMPRESA COM FRANQUIAS?

~O franchising brasileiro possui atualmente 2979 redes com mais de 140 mil unidades em funcionamento, sendo que no acumulado dos últimos 12 meses o crescimento do faturamento do setor foi de 8,4%, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). O avanço do setor traz perspectivas otimistas para quem já possui uma empresa e pensa em expandir por meio de franquias. Porém, é importante avaliar essa decisão com cuidado, para que o crescimento dessa nova rede seja feito de forma responsável e assertiva.

Quem quer ser franqueador deve começar buscando compreender o que é o franchising e seu funcionamento, obtendo desde informações abrangentes sobre o setor até as suas particularidades, como a constituição da empresa franqueadora e os documentos jurídicos essenciais para a franquia, de acordo com a Lei de Franchising 8.955/94.

Posteriormente, a análise de franqueabilidade do negócio, uma avaliação de acordo com as informações da empresa que busca compreender se o negócio é franqueável e se será vantajoso, tanto para o franqueador quanto para o franqueado. É preciso ter um olhar cauteloso para a situação atual da empresa e as projeções de crescimento. Além disso, é essencial que o negócio tenha um diferencial competitivo, seja nos seus produtos e serviços, ou mesmo na qualidade e atendimento, afim de justificar mais uma rede no mercado de forma atrativa para os franqueados e para o consumidor final. Também é fundamental que o negócio possua uma marca estruturada e tenha atingido um ponto de maturidade de processos e operações até esse momento do negócio, já que o franchising tem como uma de suas bases o aluguel de marca e a transferência de conhecimento.

Outro ponto de atenção é a postura desse futuro franqueador e a capacidade de suas habilidades gerenciais. É importante realizar uma autoanálise para entender se existe o perfil necessário para ser franqueador. O franqueador deve estar disposto a compartilhar seu conhecimento, todos os seus segredos empresariais e sobretudo, estar presente, atuando próximo aos franqueados, provendo o suporte, além de treinamentos e manuais que assegurem a manutenção dos padrões da rede e o sucesso de cada franqueado.

É interessante observar que a formatação de uma franquia envolve um grande número de processos e é altamente recomendável procurar profissionais qualificados que tenham experiências com franquias e que ofereçam esse tipo de consultoria. Só quem conhece em profundidade esses processos vai conseguir identificar os pontos de atenção na hora de estruturar todas as análises essenciais.

A importância de uma formatação cuidadosa é refletida no crescimento sustentável da rede, já que os futuros franqueados precisarão a ter segurança e confiança plena no negócio. Outro ponto importante é uma boa seleção de franqueados. A partir de uma rede bem estruturada a expansão dessa franquia acontecerá de forma saudável e responsável, mantendo o alto padrão estabelecido e desejado.

Shopping Metrô Tucuruvi inagura loja da Bacio di Latte

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Os gelatos produzidos de forma artesanal diariamente são a referência da marca italiana que está instalada no Piso 2 do shopping center

Quer incrementar os passeios no shopping com uma opção refrescante e deliciosa? Conheça a nova loja da Bacio de Latte no Shopping Metrô Tucuruvi. A gelataria chegou ao piso 2 do mall com seu tradicional sorvete italiano oferecendo mais de 30 sabores! A inauguração aconteceu o dia 11 e alegrou os frequentadores do mall.

“Os dias com temperatura alta pedem uma pausa na rotina para experimentar essa novidade. Fortalecemos o nosso mix gastronômico, trazendo marcas especiais para que famílias e amigos possam provar novos sabores juntos”, destaca Laís Marques, gerente de Marketing do Shopping Metrô Tucuruvi.

Os gelatos têm tamanho pequeno, médio e grande, na casquinha ou no copinho, e agradam todos os paladares. Para quem deseja dividir um gelato com alguém especial, a Bacio di Latte conta com as opções extra-grandes, na versão massimo. Há potes de até um 1 kg para viagem, ideal para levar em encontros com a família ou os amigos. É possível experimentar os sabores do dia antes de escolher o seu preferido.

Mas essa não é a única novidade do Shopping Metrô Tucuruvi. Nos próximos meses, o mall também receberá o Los Mex, restaurante premiado por sua culinária mexicana, além da nova opção para saborear, o Café Estádio. As marcas Desbravadores Airsoft e Alianças Gold completam a previsão de inaugurações, reforçando a variedade em compras, lazer e serviços.

Domino´s Pizza busca recorde no Rock in Rio

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Mais uma edição do popular festival de música está acontecendo! De 15 a 24 de setembro, milhares de pessoas passarão pelo Parque Olímpico do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca. E o evento também é uma boa oportunidade para as redes varejistas mostrarem seu talento e potencial, além de conquistarem o reconhecimento da marca.

A Domino's Pizza, por exemplo, está com quatro pizzarias instladas na Cidade do Rock. Essa é a maior operação da rede em eventos desse nível.

Em 2015, a Domino's vendeu 75 mil redondas! Agora, busca a superação desse record com a venda de 90 mil pizzas. E o destaque do cardápio são duas brotinhos com os sabores mais pedidos da rede: mussarela e pepperoni (R$ 21 cada).

As lojas serão montadas nas áreas Rock Africa, Rock District e Rock Lounge.

A rede, pertencente ao Grupo Trigo, é pareceria do Festival desde 2001.

Abertura de Capital, Venda ou Fusão?

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Você sabe o que um IPO? Ou qual é o trâmite? Nesse momento, o melhor para a sua empresa é abrir capital, fazer uma fusão, receber aporte financeiro de um Fundo de Investimos ou continuar como está? Ana Vecchi, da Vecchi Ancona, abordou todos esses tópicos na manhã de 21 de setembro na 2ª eidção do Bom Dia, Alshop.

O evento, restrito aos associados Alshop, foi lançado em 24 de agosto e será realizado mensalmente, sempre abordando temas relevantes às diversas áreas de uma empresa de varejo.

O Diretor de Franquias e Internacionalização da Alshop, Ricardo Camargo, recebeu os convidados e fez a introdução do tema. Em seguida, passou a palavra para Ana Vecchi. A consultora pediu aos participantes que se apresentassem e falassem sobre a expectativa em relação à palestra.

Em seguida, Ana explicou alguns termos utilizados no meio e que muitas vezes geram confusão – como compliance, stakeholders e IPO. "Todo mundo fala sobre IPO e não sabe, ao certo o que significa. Pois eu explico: IPO é a abertura de capial em Bolsa de Valores com o objetivo de captar recursos para a empresa", resumiu.

Durante 60 minutos, a consultora de estratégia e gestão de negócios comentou as vantagens e desvantagens em cada uma das escolhas: abrir o capital da empresa, vendê-la ou partir para fusões. "O IPO, por exemplo, leva a uma mudança de cultura da empresa que passa a ter um relacionamento com investidores", alertou Ana.

Após apresentar cases referentes a cada um dos tópicos, a especialista iniciou o debate entre os presentes e respondeu às questões apresentadas por eles.

Perdeu a oportunidade de participar desse café da manhã especial? Clique aqui e acesse o material apresentado por Ana Vecchi.

A próxima edição do Bom Dia, Alshop acontece em 5 de outubro com a participação de Raquel Campos e Paulo Teixeira e terá como tema o Impacto da Modernização Trabalhista no cotidiano do varejo.

Crianças ganham gratuidade na alta temporada

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CVC dá pacote de incentivos para consumidores que anteciparem a escolha da viagem de fim de ano e férias 2018

Até 26 de setembro a CVC promove a “Quinzena de Resorts”, que concede Gratuidade de Hospedagem para Crianças e descontos de até 40% nas diárias de hospedagem em mais de 50 Resorts parceiros da companhia em todo o Brasil.

A promoção é válida para embarques nacionais até Janeiro de 2018, incluindo o período da alta temporada de Natal, Réveillon e Férias de Verão, em acomodações com 2 adultos pagantes, nas reservas feitas até o final da promoção.

Os resorts parceiros da CVC nesta ação estão em destinos turísticos como Fortaleza e Cumbuco (CE), Porto de Galinhas (PE), Porto Seguro, Costa do Sauipe, Salvador, Praia do Forte, Ilhéus e Imbassaí (BA), Foz do Iguaçu (PR), Olímpia e Lins (SP), Rio Quente (GO), Chapada dos Guimarães (MT), Natal (RN), João Pessoa (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL).

Com a redução de preços e as vantagens aos viajantes mirins, a economia chega até R$ 2 mil ao bolso das famílias, que ainda podem parcelar as viagens em até 12 vezes sem juros no boleto ou cartão de crédito.

Abióptica divulga projeção de crescimento do setor óptico

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A Abióptica (Associação Brasileira da Indústria Óptica) apresentou no início de setembro novos números do setor, referentes ao fechamento de agosto deste ano. O mês fechou com faturamento de R$ 21 bilhões e crescimento de 7,4%, dados referentes aos 12 últimos meses (de agosto de 2016 a agosto de 2017).

Segundo o presidente da Abióptica, Bento Alcoforado, 2015 e 2016 foram anos de inúmeras dificuldades para a economia brasileira e no setor óptico não foi diferente. Este acumulou perdas de mercado que somam quase 18% em receita. “No entanto, os números de 2017 já nos trazem uma nova realidade econômica, felizmente. As projeções da Abióptica apontam um crescimento médio de mais de 6,8% até o final de 2017. Estamos certos que podemos contar com um segundo semestre de melhorias significativas. Para 2018, nossas projeções apontam que os números devem se manter estáveis. Não ocorrendo grandes instabilidades políticas, o setor óptico deve retomar crescimento de dois dígitos”, reforça, com otimismo, Alcoforado.

Depois da Expo Abióptica 2017 – maior evento do setor óptico da América Latina, o varejo renovou seus estoques, aproveitando promoções e descontos para reabastecer. “Assim, é a hora de consolidar de uma vez por todas a retomada do crescimento e aproveitar as vendas de 2º semestre que, historicamente, são sempre melhores”, completa o presidente.

A REGULAMENTAÇÃO DO INVESTIDOR-ANJO NO BRASIL

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Você com certeza já ouviu falar do investidor-anjo, certo? Mas considerando que anjo” por definição é ser espiritual que se supõe habitar no céu, pessoa de muita bondade", por que um investidor poderia ser considerado “anjo”?

Inquestionavelmente, o investidor-anjo não atua de forma filantrópica, pelo contrário, visa à obtenção de expressivas recompensas” a partir de investimento em empresas nascentes com alto potencial de retorno (startup).

O grande diferencial neste caso é que, além de atuar em negócios que estão iniciando e precisam de aportes financeiros, estes investidores também apoiam o empreendedor com conhecimentos específicos e rede de relacionamentos, elementos fundamentais para o crescimento de negócios embrionários.

Essa atuação torna-se ainda mais relevante quando consideramos a “taxa de mortalidade” das empresas no Brasil. De acordo com o IBGE, de cada 10 empresas, 6 não “sobrevivem”, após 5 anos de atividade.

Apesar da relevância do tema, apenas em 2016 o Brasil criou a primeira regulamentação dos investimentos anjo (LC 155/16), com a inclusão dos artigos 61-A a 61-D na Lei Complementar nº 123/2006 e, recentemente, a Receita Federal editou a Instrução Normativa 1719/2017 estabelecendo o seu tratamento tributário.

Quer conhecer as novidades sobre o tema? Confira abaixo 6 dicas sobre o investidor-anjo que preparamos para você!

1. A RESPONSABILIZAÇÃO

Os investidores-anjo não serão considerados sócios da empresa, não terão direito de voto ou poder de gerência dos negócios, tampouco terão responsabilidades por dívidas, inclusive em recuperação judicial.

Neste sentido, estabelece a Lei Complementar nº 123/2006 que a “atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente por sócios regulares, em seu nome individual e sob sua exclusiva responsabilidade. ” A medida atende aos anseios dos investidores que desejavam um mecanismo diverso de investimento – sem compartilhar a condição de sócio.

Apesar da previsão expressa, a efetividade da norma tem gerado preocupação, especialmente, com relação ao entendimento da Justiça do Trabalho sobre o assunto.

Será necessário esperar para ver!

2. A OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL

Os valores aportados pelo investidor-anjo não serão considerados como receita da sociedade para fins de enquadramento no Simples Nacional.

Importante destacar também que não é condição para recebimento dos investimentos que a sociedade seja optante pelo Simples Nacional, conforme previsão expressa da IN 1719/2017.

Neste sentido, pode não parecer, mas nem sempre o Simples Nacional será a opção mais vantajosa, já que no período inicial, são feitos investimentos consideráveis e raramente são obtidos lucros e as despesas não podem ser descontadas. Por outro lado, este é o modelo mais simples de tributação, permitindo, por exemplo, o recolhimento único e maior facilidade no cumprimento das obrigações acessórias.

Fica claro, portanto, a necessidade de verificação e estudo do caso específico para a definição da melhor escolha.

3. OS RENDIMENTOS

Os rendimentos do investidor-anjo ocorrerão de três formas: (i) resgate do aporte; (ii) alienação da titularidade dos direitos do contrato de participação para os sócios ou para terceiros; (iii) remuneração periódica, obtida ao final de cada período.

Apesar de simples, os detalhes merecem atenção!

O resgate só poderá ocorrer após 2 anos do aporte ou em prazo superior, caso haja previsão no contrato de participação. A remuneração periódica acordada pelas partes nunca poderá ultrapassar 50% dos lucros da sociedade e a alienação da titularidade depende do consentimento dos sócios da empresa, salvo disposição em contrário e poderá ocorrer mesmo antes do período de resgate.

4. A TRIBUTAÇÃO

Em julho de 2017 a Receita Federal editou a Instrução Normativa 1.719/2017 tratando da tributação das operações de aporte de capital do investimento anjo, o que gerou instabilidade e preocupação aos investidores.

De acordo com esta norma, os rendimentos decorrentes de remuneração periódica, ganho no resgate e alienação de titularidade sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda, calculado mediante a aplicação de alíquotas regressivas de acordo com o prazo de vigência do contrato de participação. Vejamos:

Prazo

Alíquota

até 180 dias

22,50%

de 181 – 360 dias

20%

de 361 – 720 dias

17,50%

mais de 720 dias

15%

Tal regulamentação tem sofrido muitas críticas e vai de encontro ao objetivo da LC 155/16, em especial, pela ausência de tratamento favorecido a fim de estimular as atividades de inovação e os investimentos no setor.

Este ponto merece atenção!

Para a escolha “mais vantajosa” será fundamental realizar a análise detalhada do caso e contrato específico, comparando a tributação do investidor-anjo com outras alternativas, como: o contrato de mútuo e o aumento do capital social para aquisição de cotas sociais, mas também avaliar as condições de negociação e as pretensões societários (participação na gestão, compartilhamento de “riscos” da sociedade).

5. A EMPRESA SERÁ VENDIDA, E AGORA?

Caso os sócios optem pela venda da empresa, o investidor-anjo terá direito de preferência na aquisição das ações e o direito de venda conjunta da titularidade, nos mesmos termos e condições que forem ofertados aos sócios regulares, conforme previsto no artigo 61-C da Lei Complementar 123/2006.

Neste caso, é possível notar uma clara “aproximação” do investidor-anjo com a regulamentação comumente dada aos sócios.

6. O CONTRATO DE PARTICIPAÇÃO: ATENÇÃO!

Todas as regras do investimento serão estabelecidas neste instrumento que terá como prazo máximo de vigência 7 anos e poderá incluir, entre outros aspectos, as regras de remuneração e resgate.

O tema ainda é bastante polêmico e tem gerado inúmeros questionamentos envolvendo a natureza jurídica do instrumento e seus reflexos tributários. Não restam dúvidas de que o contrato de participação tem natureza híbrida, ou seja, não pode ser considerado um simples empréstimo, mas também não confere ao investidor-anjo a condição de sócio.

De modo preliminar, é possível entender que se trata de relação mais próxima à ideia de “credor-devedor”, em que não existe o desejo por parte do investidor de assumir os riscos envolvendo o sucesso da empresa.

Contudo, o tema ainda precisa de maior “amadurecimento” e dependerá das condições específicas firmadas pelas partes.

“BALANÇO FINAL”

A regulamentação dos investidores-anjo no Brasil é bastante recente e tem sofrido inúmeras críticas, seja pela tentativa de regulamentar em excesso a matéria ou pela inexistência de tratamento tributário mais benéfico que efetivamente estimule as inovações.

Apesar de tal cenário, a regulamentação em questão deve ser considerada um importante passo para estimular as discussões societárias e tributárias sobre o tema e levar a evolução da norma.

Como vimos, a regulamentação não é tão simples quanto parece e existem diversos pontos que geram dúvidas e devem ser observados com cuidado, como: a correta formatação do contrato de participação, a observância de outras alternativas para a realização do investimento e a adoção do regime tributário mais vantajoso e adequado para o negócio. Fique atento!