Horário de funcionamento dos shoppings para o fim de ano

Cielo aponta crescimento do varejo em novembro

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Depois de dois anos em queda, setor registra alta nominal também nos dados do ano, com crescimento de 5% das vendas

Recuperação. Essa foi a tônica do ano para o varejo brasileiro que retomou o crescimento e voltou ao patamar de vendas e faturamento registrados antes dos anos de crise. Esse é o diagnóstico da Alshop – Associação Brasileira de Lojistas de Shopping – que divulgou na manhã de hoje, 26, o resultado das vendas do ano e do período de Natal.

Se as perspectivas já eram otimistas – com projeção de 4% de crescimento – o resultado foi ainda mais positivo. As vendas em shopping no Brasil em 2017 atingiram R$ 147,5 bilhões, correspondendo a um aumento nominal de 5,0% sobre 2016. Já o período de Natal 2017 movimentou R$ 51,2 bilhões em vendas, um crescimento de 6% em relação ao ano passado.

“Festejando ao longo do ano um crescimento nominal de 5%”, avaliou Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, ressaltando a inversão da curva de queda. "Ainda não é um crescimento vertiginoso, mas compensamos as perdas dos anos anteriores e chegamos a 2018 mais otimistas", reiterou.

Alguns fatores contribuíram para esse resultado, entre os quais se destacam:

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    os dados do mercado de trabalho mostram sinais de recuperação lenta e gradual, pois a taxa de desemprego vem caindo desde abril de 2017, embora tenhamos ainda cerca de 12,5 milhões de desempregados;

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    o programa da liberação das contas inativas do FGTS injetou R$ 44 bilhões na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores que puderam sanar dívidas, abrindo espaço para voltar aos financiamentos e consumir;

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    o saque do PIS/Pasep liberou, mais recentemente, R$ 15,9 bilhões de recursos do fundo para 7,8 milhões de cotistas, que poderá contribuir para o varejo,

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    o mercado de trabalho brasileiro no 3º trimestre de 2017 movimentou R$ 188 bilhões em salários, que representa R$ 7 bilhões a mais em circulação na economia no período de um ano, melhorando a expectativa de consumo e vendas para o natal;

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    a redução da taxa básica de juros para 7%, a menor taxa desde 1999 quando o Bacen adotou o sistema de metas de inflação, favorece a queda das taxas de financiamentos, instrumento importante para o consumo;

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    a redução da inflação tem sido fator fundamental para a evolução da massa de renda, levando mais consumidores ao mercado, fator positivo para maior dinamismo no varejo no fim de ano;

Nabil completa que, para 2018, "esperamos ter uma curva positiva de crescimento com a retomada do emprego e de grandes investimentos de redes varejistas". O presidente da Alshop também se posicionou favorável á Reforma da Previdência, que espera ver aprovada já em fevereiro.

Boletim Econômico – 18 a 22 de dezembro

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Destaques da Semana

– Na agenda doméstica, o Relatório Trimestral de Inflação deve trazer novas discussões sobre a trajetória prospectiva da inflação, assim como a atualização dos modelos do BC – que podem incorporar revisão baixista para 2017, mas devem se manter estáveis para 2018 e 2019. No relatório, o BC tende a reforçar a mensagem de baixos níveis de inflação observados em serviços e núcleos. O IPCA-15 de dezembro deve corroborar essa leitura benigna da inflação, com núcleos baixos e com alimentação ainda em deflação. Os dados de inflação nos EUA e na Área do Euro serão os destaques da semana na agenda internacional. Nos EUA, o PCE de novembro deve reforçar a visão de cenário de inflação em trajetória ascendente lenta em direção à meta, ao passo que o CPI da Área do Euro deve mostrar núcleo bem comportado, mesmo que o índice cheio possa vir mais pressionado por conta dos preços de energia mais elevados. Assim, o binômio atividade aquecida e inflação bem comportada nas economias avançadas deve continuar sendo destaque nesta semana.

Atividade

– Avanço do IBC-Br em outubro reforça cenário de retomada gradual da atividade

O IBC-Br, proxy mensal do PIB, subiu 0,3% na passagem de setembro para outubro, ajustado para os efeitos sazonais, conforme divulgado há pouco pelo Banco Central. O resultado superou a mediana das projeções do mercado que indicavam estabilidade do indicador. Na comparação interanual, houve alta de 2,9%. Esse resultado corrobora nossa expectativa de retomada gradual da atividade econômica, com crescimento do PIB no quarto trimestre. Já para 2018, esperamos uma aceleração do crescimento ao longo do ano, com expansão de 2,8% do PIB.

– CNI: Confiança do consumidor fica estável em novembro

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ficou praticamente estável entre outubro e novembro, alcançando 101 pontos. Esse resultado corresponde a uma alta de 0,1 ponto do indicador, descontados os efeitos sazonais. A estabilidade na margem refletiu movimentos opostos de seus componentes, com recuo dos índices de endividamento e expectativa de renda, e melhora dos indicadores de expectativa de desemprego e de compras de bens de maior valor. Esses resultados heterogêneos corroboram nossa expectativa de uma retomada gradual da atividade ao longo dos próximos meses.

– IBGE: setor de serviços recuou na passagem de setembro para outubro

O volume de serviços prestados às famílias e empresas recuou 0,8% entre setembro e outubro, descontada a sazonalidade, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços divulgada na última sexta-feira pelo IBGE. Na comparação interanual, a queda foi de 5,0%, mais intensa que a retração esperada pelo mercado, de 0,8%. Esse movimento foi explicado pelo recuo de quatro das cinco categorias que compõem o índice, com destaque para a queda de 2,3% do volume de serviços prestados às famílias. A receita nominal, por sua vez, recuou 0,2% na margem e subiu 5,0% na comparação interanual. Apesar dessa surpresa negativa, mantemos expectativa de retomada da atividade do setor, ainda que de forma gradual.

Análise de Conjuntura

– O BC sinalizou que cortará os juros até 6,75%, mantendo a possibilidade de ir além se cenário for mais favorável do que o esperado. Na ata da última reunião, o Copom manteve o tom muito semelhante ao do comunicado da sua última decisão, sinalizando que na próxima reunião uma redução moderada do ritmo de corte parece adequada se o cenário evoluir como esperado. Ao mencionar que alguns componentes da inflação estão comportados, ou baixos, e que a atividade se recupera gradualmente, o BC reconhece que as condições requerem juros abaixo do neutro. A posição expansionista da política monetária sugere, entretanto, cautela daqui em diante. Mantemos nosso cenário de Selic caindo para 6,75% em fevereiro, mas caso o cenário evolua com surpresa baixista nos dados de inflação ou retomada fraca da atividade, não podemos descartar que ocorram cortes adicionais de juros.

– A atividade doméstica continua com ritmo bastante gradual de recuperação. As vendas no varejo recuaram 0,9% em outubro, após terem mantido bom ritmo desde o 2° trimestre. O volume de serviços também recuou, 0,8% no mês, ainda sem registrar um movimento continuado de recuperação. Entretanto, com a melhora incipiente no mercado de trabalho, confiança em patamares elevados, redução da taxa de juros e concessão de crédito melhorando para pessoa física, esperamos resultados melhores nos próximos meses. Ainda assim, vale a ressalva de que o ritmo de recuperação tem ficado ligeiramente aquém da nossa expectativa. Os indicadores antecedentes da indústria apontam também para um resultado fraco em novembro, caracterizando um quarto trimestre abaixo do esperado.

Tendências de Mercado

Os mercados acionários iniciam a semana em alta, impulsionados pelo otimismo em torno da votação da reforma tributária dos Estados Unidos nesta semana. As bolsas asiáticas fecharam o pregão no campo positivo, com destaque para a alta de 1,5% do índice de Tóquio, impulsionada pelas ações do segmento financeiro. As bolsas europeias operam em alta, assim como os índices futuros das bolsas dos Estados Unidos. No mercado de divisas, o dólar deprecia ante as principais moedas dos países desenvolvidos, com exceção do iene, que segue praticamente estável à espera da reunião de política monetária do Banco do Japão, nesta quinta-feira.

No mercado de commodities, as cotações do petróleo avançam, após a divulgação dos dados semanais dos EUA, na última sexta-feira, que mostraram recuo da perfuração de novos poços. As principais commodities agrícolas são negociadas em alta, com exceção da soja e do algodão, enquanto os preços dos metais industriais apresentam leves ganhos.

No Brasil, o mercado deve reagir ao resultado do IBC-Br de outubro e às projeções contidas no relatório Focus, divulgados há pouco pelo Banco Central.

Malhação e boa comida: as novas âncoras dos shoppings

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Grandes redes de departamento perdem espaço na ancoragem de shoppings; tendência confirma mudanças no perfil do consumidor

Nos shoppings do mundo e no Brasil inteiro é possível notar que as âncoras já não são mais as mesmas. A busca do público por espaços diferenciados, que possibilitam muito mais do que a experiência de comprar, tem feito com que a indústria se reposicione. “No passado recente o público buscava conforto e segurança para consumir produtos e serviços. Há alguns anos passou a exigir entretenimento também. Vieram os cinemas e os teatros. Agora chegou a vez das academias e espaços gourmet”, conta Filipe Vasconcelos, Diretor da Brookfield Gestão de Empreendimentos, que administra o Pátio Paulista e o RIOSUL, entre outros shoppings no Brasil.

“Os empreendimentos estão se tornando mais do que grandes centros de convivência e conveniência. Devem refletir o estilo de vida dos seus públicos. Assim como é importante promover eventos e ofertar marcas nacionais e internacionais, tornou-se imperativo para um shopping ter academia, delicatessem, além de bons restaurantes”, revela Vasconcelos.

Queimando calorias…

Para se ter uma ideia, a BodyTech inaugurou, em setembro, no Pátio Paulista, em São Paulo, uma unidade com uma área de 1,5 mil m². A academia deve atender 2 mil clientes mensais, que terão estacionamento gratuito por até 3 horas no Shopping. O grande diferencial da operação é um espaço dedicado exclusivamente ao treinamento funcional – tendência mundial fitness, com o crescimento de áreas destinadas às atividades do gênero integradas ao salão de musculação.

Para o sócio proprietário da unidade, Vinícius Buckton, uma academia complementa a oferta de serviços do shopping e fideliza os clientes, pois eles frequentam o espaço, em média, entre 3 e 4 vezes por semana. A Bodytech Pátio Paulista ainda terá outros atrativos, com oaulas coletivas e modeladides em alta, como Yoga, Funcional e danças.

Também em São Paulo, o Raposo Shopping, na zona oeste, já está com contrato assinado com a rede de academias Smart Fit. Em junho do ano passado, o Shopping inaugurou o Teatro Raposo – Sala Irene Ravache, consolidando essa nova abordagem do conceito de ancoragem.

No Rio de Janeiro, a Bodytech do Shopping RIOSUL foi a primeira academia-clube na Zona Sul carioca. “A academia ocupa todos os quatro andares de um prédio anexo ao shopping totalizando 3 mil m², uma área superior às ocupadas por âncoras, como Saraiva MegaStore, Zara, Forever 21, Renner e o complexo Kinoplex que possui seis salas de cinema com capacidade para mais de 670 espectadores”, revela.

O ambiente da Bodytech RIOSUL oferece ainda spa, piscina, espaço para crianças, iluminação natural e até octógono (para lutas). O investimento consumiu R$ 49 milhões, sendo R$ 33 milhões do RIOSUL, com a compra do terreno, e R$ 16 milhões do próprio grupo Bodytech, gerando cerca de 300 novos empregos.

… para consumir mais

De acordo com a Associação Brasileira de Academias (ACAD), o Brasil já é o segundo País do mundo e o maior da América Latina em número de academias, com 33.157 unidades. São quase 8 milhões de alunos, movimentando cerca de US$ 2,5 bilhões. O País está entre os 18 com maior número de academias por habitante, segundo a pesquisa Global Report 2015, realizada pelo International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA). “A indústria não pode fechar os olhos para essas tendências. Se frequentar a academia é importante para o consumidor, temos que proporcionar esse conforto para ele”, afirma Filipe Vasconcelos.

As lojas de vestuário representam atualmente cerca de 11% da área comercial dos shopping centers, mas as lojas de alimentação já respondem por 7%. Entre 2012 e 2016, o espaço dedicado à alimentação nos shoppings cresceu 20%, conforme dados da Abrasce. No ano passado, as vendas das operações de alimentação em shopping centers cresceram nominalmente 5,8%, enquanto as de vestuário amargaram contração de 6,3%.

A nova área do Shopping Pátio Paulista aumentou em mais de 50% a Área Bruta Locável (ABL) do empreendimento, ao agregar 14 mil m². No novo espaço, além da academia e um teatro (previsto para o próximo ano), foi dado destaque à área de alimentação com a chegada do além do Empório Gourmet Varanda, cinco novos restaurantes: Andiamo, Outback (ambos em operação), Frutaria São Paulo, o inédito Wok Paradise (de comida asiática) e o Poke Poke (de comida hawaiana), esses três com previsão de abertura para o terceiro trimestre do ano, além de outras operações do ramo, como o Boali e a São Brigadeiros. O Shopping ainda passa a contar com uma unidade da rede belga Le Pain Quotidien.

Em julho, o Raposo Shopping recebeu seu primeiro grande restaurante fora da Praça de Alimentação: o Rock & Ribs! Em um espaço de 400 m², logo na entrada principal do Shopping, o restaurante segue o formato lounge da rede brasileira de steakhouse. Inspirado no conceito casual dining americano, traz a temática do rock clássico, por meio de instrumentos musicais, quadros com imagens icônicas da história do rock, clipes musicais, além de diversos detalhes em seu projeto arquitetônico e música ao vivo.

No cardápio, a grande estrela é o prato que dá nome ao espaço – a Rock Original Barbecue Ribs – uma costelinha suína assada por mais de 3 horas e coberta com molho barbecue. Outros clássicos da gastronomia norte-americana, assim como carnes nobres, porções, steaks, hambúrgueres, massas, saladas e iguarias mexicanas também fazem parte do menu, além de pratos executivos a preços especiais no almoço.

Esses são apenas alguns entre tantos exemplos de como os shopping centers estão reformulando o mix. Quem sai ganhando é o consumidor, com mais opções de alimentação – segmento já tradicional dentro do mall – lazer, entretenimento e bem estar.

Fluxo de visitantes a shopping cresce 8,13% durante Black Friday 2017

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Segunda data mais importante do varejo brasileiro tem aumento de 10,94% no movimento em relação a uma semana comum

A Black Friday 2017 proporcionou um aumento de 8,13% no número de pessoas nos shoppings do Brasil em busca de descontos na comparação com a edição do ano anterior. Os dados são do índice de visitantes em Shopping Centers – IVSC, realizado pela ABRASCE (Associação Brasileira de Shopping Centers), em parceria com a FX Retail Analytics, empresa especializada no monitoramento de fluxo de visitantes para o varejo. Já na comparação com a média de semana comum, o crescimento foi de 10,94%.

"Realidade no e-commerce, os números mostram que a Black Friday está se consolidando no mundo físico, com um aumento proporcionado não só pelas ofertas dos varejistas mas, também, por outros tipos de comércio que aderiram ao movimento na tentativa de aumentar faturamento", afirma Walter Sabini Junior, sócio fundador da FX Retail Analytics.

Nada de cartões: meios de pagamento em roupas!

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VISA mostra os Wearables criados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos

Parceira de tecnologia de pagamento exclusiva dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2018, a VISA apresentou três dispositivos de pagamento já disponíveis comercialmente. Pensando nos Jogos Olímpicos de Inverno, a empresa criou luvas, adesivos comemorativos e broches com motivos olímpicos equipados com tecnologia NFC, que permitem que fãs e atletas façam pagamentos totalmente integrados e seguros com um simples toque em um terminal de pagamento sem contato (contacless).

“Estamos ansiosos para transformar a experiência de pagamento de todos os que vierem aos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang”, diz Iain Jamieson, country manager da Visa na Coreia. “Na Visa, trabalhamos incansavelmente para que as arenas olímpicas estejam equipadas com as mais modernas tecnologias de pagamento, a fim de proporcionarmos a melhor experiência possível a todos os que estão no local.”

A Visa fez uma parceria com a Lotte Card, o braço financeiro da gigante do varejo sul-coreano Lotte Department Store, para produzir e vender os novos wearables de pagamento pré-pago na Coreia a partir de 9 de novembro. Sobre os produtos:

  • Broche comemorativo das Olimpíadas: Inspirada pela tradição de colecionar broches comemorativos dos Jogos Olímpicos, a Visa está lançando quatro broches de lapela com motivos exclusivos de PyeongChang 2018; com isso, está oferecendo wearables de pagamento colecionáveis para fãs e atletas usarem nas arenas olímpicas.
  • Luvas de pagamento: A temperatura média em PyeongChang será de -4.8°C[1], o que faz das luvas um item indispensável. Com essa luva de pagamento, os fãs pagarão de forma segura sem precisarem ficar com as mãos geladas. As luvas contêm um chip de interface dupla, equipado com uma antena com tecnologia sem contato, apto a completar transações de compras nas Arenas Olímpicas oficiais; além disso, ele é compatível com terminais contactless do mundo todo.
  • Adesivo: Essas microetiquetas de design fino, flexível e adesivo contêm uma antena e um chip NFC de interface dupla e podem ser coladas em quase qualquer objeto para fazer pagamentos integrados em alguns instantes.

Além de lançar os wearables, como parceira de pagamento exclusiva dos Jogos Olímpicos, a Visa está facilitando e gerenciando toda a infraestrutura do sistema e rede de pagamento de todas as arenas olímpicas. Isso inclui a instalação de mais de 1.000 terminais contactless, aptos a aceitar pagamentos móveis e com wearables.

Com a indústria de pagamento migrando cada vez mais do plástico para o digital, a Visa e seus parceiros estão oferecendo experiências de compra simples e seguras aos consumidores por meio de novos avanços tecnológicos que logo estarão disponíveis para todo o mundo.

Boletim Econômico – 11 a 15 de dezembro

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Semana contará com decisões de política monetária dos principais bancos centrais. Na agenda doméstica, os dados de vendas no varejo e a pesquisa mensal de serviços referentes a outubro, que serão divulgados na quarta-feira e na sexta-feira, respectivamente, deverão mostrar ligeira acomodação, compatível com nossa aceleração do crescimento no 4º trimestre. Além disso, a ata da reunião da última decisão do BC, a ser conhecida amanhã, trará detalhes adicionais sobre as próximas decisões do Copom. As decisões de política monetária do Fed, Banco Central Europeu e Banco Central da Inglaterra serão os principais destaques da agenda internacional desta semana.

O Departamento de Estudos e Pesquisas Econômios do Bradesco aposta em elevação de 0,25 p.p. na taxa de juros dos EUA, na quarta-feira, e manutenção das taxas dos demais países, na quinta-feira. Além disso, sugerem um tom mais duro do BOE com a inflação elevada e o anúncio da decisão do fim do QE em setembro de 2018 pelo BCE. Também serão conhecidos ao longo da semana os dados de inflação ao consumidor da Alemanha e dos EUA.

Inflação

O IPCA registrou alta de 0,28% em outubro, de acordo com os dados divulgados na última sexta-feira pelo IBGE. O resultado veio abaixo da projeção do Bradesco e da mediana das expectativas do mercado, ambas em 0,35%. Em relação ao número do banco, a surpresa concentrou-se nos itens de alimentação, que apresentaram deflação maior que a esperada. A desaceleração em relação a outubro refletiu a menor variação de sete dos nove grupos que compõem o índice, com destaque para os preços de alimentos, que passaram de uma queda de 0,05% para outra de 0,38%. Destacou-se também a desaceleração dos preços de vestuário, que passaram de uma alta de 0,71% para outra de 0,10%. Os núcleos continuaram bem comportados, dando suporte ao ciclo de flexibilização monetária em curso. Com esse resultado, o IPCA acumulou elevação de 2,8% nos últimos doze meses, ligeiramente acima dos 2,7% observados na leitura anterior. As surpresas recentes com a inflação nos levaram a reduzir nossa projeção de IPCA para deste ano de 3,1% para 2,8%. Para 2018, continuamos projetando alta de 3,9%.

Internacional

Os dados de novembro do mercado de trabalho norte-americano apontaram criação de 228 mil vagas de emprego, conforme divulgado na última sexta-feira, acima da mediana das expectativas do mercado, de criação de 195 mil vagas no mês. A taxa de desemprego se manteve em 4,1% no período, sinalizando ainda que o mercado de trabalho norte-americano permanece aquecido. Por outro lado, os salários continuam bem comportados, registrando alta de 2,5% na comparação interanual, o que implica baixas pressões inflacionárias. Com isso reforça-se a expectativa de normalização gradual da política monetária nos EUA, com elevação dos juros em dezembro e mais quatro altas ao longo de 2018.

– O índice de preços ao consumidor da China registrou alta de 1,7% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, abaixo da variação observada em outubro (1,9%) e da expectativa do mercado (1,8%). Essa desaceleração decorreu em grande parte do recuo mais intenso dos preços dos alimentos, que passaram de uma queda de 0,4% para outra de 1,1%, o que mais que compensou a aceleração nos preços dos combustíveis. Já o núcleo, que excluí alimentos e energia, registrou elevação de 2,3%, mantendo o ritmo de outubro. O índice de preços ao produtor, por sua vez, apresentou avanço interanual de 5,8% em novembro, reduzindo o ritmo do mês anterior. Vale destacar que grande parte dessa desaceleração dos preços ao produtor refletiu uma base de comparação mais forte em novembro do ano passado, uma vez que a variação do índice em comparação com o mês anterior desacelerou de 0,6% em outubro para 0,5% em novembro.

– Em relação à atividade doméstica, a recuperação segue gradual. A produção industrial apresentou ligeiro crescimento em outubro, com destaque para a produção de bens de capital, que sinaliza nova alta dos investimentos do quarto trimestre (após expansão de 1,6% no terceiro). Os indicadores mais recentes apontam para uma aceleração gradual do crescimento: estimamos crescimento de 0,4% do PIB no 4º trimestre e de 2,8% em 2018.

– A queda dos juros segue favorecida pelo binômio atividade/inflação. O corte de 0,50 p.p. da taxa Selic, em linha com o esperado, levou-a para o menor patamar da história. Ademais, a sinalização do BC é de uma redução moderada no ritmo de corte na reunião de fevereiro, no cenário central. Embora tenha deixado em aberto a possibilidade de cortes adicionais, acreditamos que o BC encerre o ciclo em 6,75%.

– Por fim, o ambiente global seguiu expansionista, com indicadores reforçando visão de crescimento disseminado. Os índices de novembro para o PMI da Zona do Euro mantiveram a sensação de crescimento robusto na região, impulsionado pelo setor manufatureiro. Já os dados de mercado de trabalho nos EUA continuaram mostrando proximidade do pleno emprego. Apesar do aquecimento no mercado de trabalho, os salários ainda não mostram sinais de aceleração e devem continuar contribuindo positivamente para o cenário de inflação baixa no curto prazo.

Tendências de Mercado

Os mercados acionários iniciam a semana em alta, mantendo a tendência positiva do fechamento da semana passada, após surpresa altista com os dados do Payroll. As bolsas asiáticas fecharam o pregão no campo positivo, com destaque para Shanghai, cujo índice subiu 1,65%. As bolsas europeias operam em alta, mesma direção sinalizada pelos índices futuros das bolsas dos Estados Unidos. No mercado de divisas, o dólar apresenta leve depreciação ante as principais moedas dos países desenvolvidos, com exceção da libra.

No mercado de commodities, as cotações do petróleo recuam, após alta significativa na última sexta-feira, quando os dados de importação da China mostraram um aumento da demanda pelo produto. As commodities agrícolas são negociadas em queda, com exceção do açúcar, enquanto os preços dos metais industriais não apresentam tendência única, com ligeira queda do preço do cobre e alta do zinco.

No Brasil, o mercado de juros deve reagir às projeções contidas no relatório Focus, divulgado há pouco pelo Banco Central. Este será o primeiro relatório após o comunicado do Copom, na semana passada, quando o Banco Central reduziu a taxa de juros e sinalizou novo corte em fevereiro.

UNECS: última reunião de 2017

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O presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, participou hoje (11) da última reunião da União Nacional de Entidades de Comércio e Serviços (UNECS) em 2017. O encontro entre os presidentes das entidades que compõem a UNECS aconteceu em São Paulo, na sede da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD). Em pauta, a estruturação organizacional do Instituto UNECS e o relacionamento com a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo para 2018. Também foi realizada a prestação de contas da UNECS e discutidas as metas da entidade para o próximo ano.

UNECS_Dezembro 2018

Tendências

A reunião foi aberta com a apresentação da Associação Brasileira de desenvolvimento Industrial (ABDI). O coordenador de Comércio e Serviços, Eduardo Tosta, falou do trabalho da entidade na formação do Laboratório do Varejo para o próximo ano, com o objetivo de contribuir para a melhoria do ecossistema de inovação do varejo brasileiro. Costa destacou o laboratório como uma ferramenta para lidar com os novos desafios do varejo como: diferente perfil do consumidor, integração loja física e e-commerce, novos modelos de negócio, entre outros.

O presidente da ABDI, Luiz Augusto Ferreira, que também esteve presente, falou das novas tendências tecnológicas do varejo, com foco no comércio online, e ressaltou a importância do setor de comércio e serviços de se digitalizar.

Estiveram presentes, Honório Pinheiro (coordenador da Unecs e presidente da CNDL), Emerson Destro (Abad), Claudio Conz (Anamaco), George Pinheiro (CACB),João Sanzovo Neto (ABRAS), Paulo Solmucci Jr (Abrasel) e João Sanzovo Neto (Abras). Os executivos das entidades também acompanharam o encontro.

QUI!CARD: solução eficiente que devolve dinheiro das compras

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Além do “plástico”, Qui!Group oferece uma solução de pagamento eficiente que contribui para a educação financeira e devolve parte das compras – em dinheiro!

No Brasil desde 2014, a Qui!Group tem uma missão especial: oferecer a melhor opção de cartão pré-pago para os seus clientes e parceiros. Mas não é tão simples quanto parece, até porque cartão é cartão e muitas empresas e organizações já têm essa oferta.

O grande "plus" dos cartões emitidos pela QUI!CARD é o conjunto de soluções que vêm junto com eles. Além da possiblidade de incrementar o relacionamento e a fidelização de clientes, promover a inclusão financeira de uma grande fatia da população que ainda não tem conta corrente e acesso ao crédito, atuar na educação financeira da população e a eliminar custos (com mensalidades ou anuidades) a Qui!Group têm uma rede de 20 mil conveniados – entre lojas, oficinas , postos de gasolina, locadoras, restaurantes, profissionais liberais e outros serviços – que participam da Rede VoltaQUI!.

QUI!CARD

Ao utilizar o cartão nessa rede de afiliados, o consumidor obtém o "cashback". Ou seja: recebe, de volta, em dinheiro, uma parte do valor gasto – que pode ser utilizado em uma nova compra (que originará mais cashback, se realizada na Rede VoltaQUI!) ou sacado em um caixa eletrônico.

“Na verdade nossa proposta de valor não tem um paralelo no mercado com o mesmo conjunto de benefícios”, avalia Massimo Tiso, CEO da Qui!Group, que considera a Receita Federal, com a “nota fiscal paulista”, seu principal concorrente.

A empresa nasceu na Itália, em 1989, operando o segmento de ticket refeição. Com a expansão no negócio, chegaram ao universo das soluções de pagamento. Em seguida, entraram também no segmento de fidelização. A vinda para o Brasil surgiu como mais uma etapa dessa expansão.

Para saber mais sobre o modelo de negócios, serviços e produtos, conversamos com Tiso ao telefone. Confira os principais trechos dessa entrevista.

Por que escolheram o Brasil para a expansão da empresa?

O Brasil é um continente. Se compararmos com a Itália, essa percepção fica ainda mais evidente: lá, são 58 milhões de pessoas enquanto no Brasil são 207 milhões de pessoas. Mas não foi só isso. Nosso estudo de expansão detectou um grande número de brasileiros "desbancarizados" (aqueles que não possuem conta corrente em um banco) enquanto existe uma oportunidade importante de contribuir com a educação financeira da população. Isso pode ser detectado, inclusive, com dados como o de cartões de crédito cancelados no país. Só em 2017, foram 15 milhões. Esses cancelamentos aconteceram principalmente pelo alto endividamento que ocasiona a inadimplência dos consumidores. Nesse sentido, vimos a oportunidade de oferecer produtos e serviços diferenciados: o cartão pré-pago contribui para o controle financeiro e permite que esses e outros milhões de consumidores possam fazer parte da digitalização do mercado.

Massimo Tiso

Quais são os diferenciais da Qui!Group em relação ao mercado?

O Cash Back é a nossa principal vantagem e diferencial em relação à concorrência. Nosso produto, o cartão pré-pago white label co-branded, é apenas uma parte da solução integrada de pagamento. Com ele, o consumidor pode realizar compras em qualquer lugar do mundo – pois é um cartão Mastercard Internacional – mas, se optar por utilizar o cartão em um dos 20 mil estabelecimentos conveniados ao nosso circuito VoltaQUI!, ele recebe uma parte do valor da compra de volta. Esse dinheiro é incorporado ao saldo existente no cartão e pode ser reutilizado onde o cliente quiser, quantas vezes quiser.

Não é um voucher promocional ou um daqueles cupons, que só podem ser utilizados em determinado período de tempo, em uma loja específica, numa única compra. Não! O dinheiro é reintegrado ao saldo e, se a nova compra for realizada em um dos pontos do “VoltaQUI!”, irá gerar mais cashback. O valor também pode ser sacado em um dos caixas da rede Banco24horas.

Qual é a porcentagem “devolvida” ao consumidor?

Essa porcentagem varia de 1% a 20%, de acordo com o tipo de estabelecimento. Estudo feito pela Defesa ao Consumidor Itália, onde atuamos em co-brand com 270 marcas, diz que quem utiliza de 40 a 45% da renda mensal na rede VoltaQUI!, ao final do ano terá recebido valor c ompatível a um salário em cashback. Ou seja: aumenta a própria potência econômica em 10 ou 15%, faz o próprio dinheiro valer mais.

O sistema faz parte de um projeto maior para melhorar o orçamento do consumidor e educação financeira, já que permite ao consumidor escolher onde comprar de olho nos benefícios que receberá depois. Uma das minhas funcionárias diz que o resumo da nossa solução é: mais arroz e feijão no final do mês. E essa expressão faz todo sentido, especialmente se olharmos para a população média do Brasil, que recebe salários em torno de R$ 1500 .

Qual é o custo para ter acesso ao Cashback? E em quanto tempo o cliente recebe esse “estorno”?

Não cobramos mensalidade ou anuidade. O único investimento são os R$ 14,90 na aquisição do cartão. O cliente paga apenas pelos serviços que utilizar do cartão. Assim que o cliente acumula R$ 30 reais em cashback, o dinheiro é disponibilizado imediatamente no saldo do cartão.

Se comparado às taxas praticadas, é um valor baixo. Imagine que alguém paga de R$ 5 a R$ 7 mensais da taxa de anuidade, chegará ao final do ano com uma despesa de R$ 60 a R$ 84. Nós não queremos lucrar com essas pequenas taxas. Queremos promover o uso, estimular os consumidores a resgatarem o bônus do cashback e terem uma ferramenta que auxilie no controle de gastos. Nossa solução traz empoderamento para aqueles que estão desbancarizados ou com restrição de crédito.

A digitalização do mercado – internet, carteira digital, e-commerce e etc – convida os consumidores a fazerem parte desse universo. Como ele faz para comprar uma viagem em promoção na internet se não tem cartão de crédito? Poderia utilizar o boleto bancário, porém a transação precisa ser confirmar em dois dias – se houver algum imprevisto no meio, a pessoa perde a reserva.

Ao adquirir o cartão aQUI! CARD o consumidor faz o download do nosso aplicativo e pode acompanhar todas as transações. Nosso app é muito semelhante aos aplicativos bancários, permite transferência entre cartões, pagamento de contas e outros.

E para os empresários – lojistas e de shopping centers: quais as vantagens na parceria com o Qui!Group?

Nossa atuação no B2B2C possibilita fornecer aos clientes dos shoppings ou dos lojistas o cartão com a marca deles – o que contribui para a divulgação da marca e estreita o relacionamento com o cliente. Ele também pode utilizar os benefícios da nossa solução integrada para engajar os clientes por meio das plataformas web/app pelo sistema de geolocalização. Também ganha a fidelização do consumidor, pela frequência do uso espontâneo.

No caso dos shopping centers, será possível incrementar o relacionamento com os lojistas, propondo ações de marketing e vendas customizadas. Se o shopping lança uma promoção, por exemplo, pode incentivar os consumidores a fazerem compras ou utilizarem serviços daquelas marcas que toparem ser parte da Rede Volta aqui.

Outro exemplo interessante: os cartões pré-pagos podem ser utilizados no pagamento de comissões, premiações, bônus e outros benefícios para os funcionários.

E as empresas tem duas opções distintas: uma é fornecer um cartão "pessoa física", em nome do colaborador, e creditar esses valores – nesse caso, o funcionário ganha recebe o cash back.

Já nos cartões corporativos, é possível fornecer aos colaboradores um valor para gastos esporádicos ou indeterminados (o caso do "caixa", presente em quase todas as empresas). Esse valor pode ser creditado facilmente pelo aplicativo em apenas sete segundos. Mas, o cashback retorna para a empresa. O cartão corporativo, além de mitigar fraudes, também irá otimizar o tempo de conferência, reembolsos e outros.

Nossa verdadeira meta é entrar no mercado em parceria com diversas marcas sendo que a nossa marca não irá aparecer – apenas a dele.